Bahia 'costura' duplo empréstimo com Atlético-MG para manter destaque do Brasileirão

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Felipe Oliveira/EC Bahia
Capitão do Bahia, zagueiro Tiago pertence ao Atlético-MG
Capitão do Bahia, zagueiro Tiago pertence ao Atlético-MG

O Bahia segue buscando manter um de seus principais jogadores no elenco para a sequência do Campeonato Brasileiro, e parece ter achado uma solução que irá, inclusive, aliviar as finanças do clube. O zagueiro Tiago, destaque da defesa tricolor na Série A, ainda é personagem de uma negociação que está próxima de um fim.

O presidente Marcelo Sant'Ana havia antecipado que Tiago seria contratado, em definitivo, por três temporadas. No entanto, o Atlético-MG, dono de seus direitos federativos, resolveu valorizar o negócio e se interessou no meia Gustavo Blanco, cria das divisões de base do Bahia e que vive boa fase no América-MG.

As negociações já duram algumas semanas. O Atlético quer Gustavo Blanco por empréstimo até o final de 2018, e em troca mantém Tiago em Salvador, também por empréstimo, até o fim deste ano. Nos dois negócios, os clubes terão opção de compra. O Bahia, no entanto, quer aumentar o vínculo com Blanco antes de repassá-lo ao Galo, com o objetivo de valorizar a multa rescisória, já que o contrato se encerra justamente no final da próxima temporada. A diretoria alvinegra já entrou em contato com o América e busca se acertar com os representantes do meia.

Divulgação/América Mineiro
Gustavo Blanco é um dos destaques do América na temporada
Gustavo Blanco é um dos destaques do América na temporada

Com tudo praticamente acertado, o Bahia vê com bons olhos o negócio. Com uma compra futura de Tiago praticamente acertada, o clube, com o valor que teria que ser desembolsado para a aquisição do zagueiro ainda este mês, pode investir em outros reforços ou até fazer o seu caixa respirar.

Tiago tem 26 anos e chegou ao Bahia em 2016. Com 44 jogos pelo tricolor, marcou três gols e levantou a Copa do Nordeste deste ano como capitão do time. O zagueiro, inclusive, faz parte da seleção do prêmio ESPN Bola de Prata Sportingbet após quatro rodadas do Campeonato Brasileiro.

Já Gustavo Blanco tem 22 anos e está no América-MG desde o início da temporada. Pelo Coelho atuou em 19 jogos, todos como titular, e não marcou nenhum gol.

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Bahia mostra que não será diferente com Jorginho. Intenso, mais uma vez foi impiedoso em casa

Elton Serra
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Felipe Oliveira/EC Bahia
Renê Júnior abriu o placar para o Bahia na Arena Fonte Nova
Renê Júnior abriu o placar para o Bahia na Arena Fonte Nova

É bem verdade que o Bahia não teve grandes dificuldades para vencer o Atlético-GO, mas os 3 a 0 na Arena Fonte Nova mostraram que a filosofia do clube conseguiu ser absorvida pelo elenco. Mesmo com a mudança de treinador, o tricolor manteve suas características dentro de casa e conquistou três pontos com muita autoridade.

Jorginho, experiente, já havia dito que mexeria pouco no time. Surpreendeu, porém, ao deixar Juninho no banco de reservas e escalar o estreante Vinícius no lugar do lesionado Régis. Manteve a estrutura da equipe, com dois volantes e um meia armador no meio-campo, e não tirou a criatividade necessária para a bola chegar aos três velozes homens de frente. Com 15 minutos o Bahia abriu o placar, mas poderia ter feito três gols no mesmo período. A intensidade entregue por Allione, Zé Rafael e Edigar Junio foram fundamentais para que o time baiano desmontasse a defesa do Atlético-GO em tão pouco tempo.

Veja os gols da vitória do Bahia sobre o Atlético-GO por 3 a 0

Com um sistema tático bem definido, coube a Jorginho apenas administrar o que vem dando certo. O Atlético-GO não tem sido referência técnica na Série A, mas serviu para que o Bahia mostrasse valores que podem fazer a diferença na competição. Com nove gols marcados em casa em apenas duas partidas, fica bem claro que a Fonte Nova será fator crucial nas pretensões do time no Campeonato Brasileiro. Organizado, intenso e sem grandes invenções, o tricolor mostra que o trabalho feito por Guto Ferreira deixou ótima herança ao seu sucessor.

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Quatro questões que o triunfo do Fluminense sobre o Vitória nos ensinou

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Assista aos gols da vitória do Fluminense sobre o Vitória por 2 a 1

O Vitória perdeu seu terceiro jogo em quatro jogos no Campeonato Brasileiro. A campanha é inversamente proporcional ao do seu adversário deste sábado - o Fluminense chegou ao seu terceiro triunfo na competição. Com dois times com situações totalmente diferentes, o que podemos aprender com os 2 a 1 do time carioca no Maracanã?

Marcação alta do Fluminense foi crucial

Abel Braga percebeu que o Vitória, nos últimos jogos, tentou sair jogando com seus defensores com a bola nos pés. No entanto, a qualidade técnica dos zagueiros e laterais comprometem uma saída de bola eficaz. O técnico do Fluminense subiu suas linhas, pressionou a defesa rubo-negra e criou as melhores chances do jogo - inclusive o primeiro gol, marcado por Richarlison.

Erros individuais determinantes para o resultado

No primeiro gol do Fluminense, o estreante lateral Thallyson foi pressionado por Gustavo Scarpa, tentou fazer um corte para dentro e perdeu a bola para o camisa 10 do tricolor carioca. Já no segundo gol, marcado por Henrique Dourado, o zagueiro Alan Costa errou na cobertura e na marcação do atacante do Flu, além de ter falhado ao tentar fazer com que a bola chegasse dentro da área. Os erros irritaram até o Vitória que, através do twitter oficial do clube, encontrou o motivo para a derrota.

Reprodução/Twitter
Vitória reclamou do próprio desempenho do time, mas depois apagou tweets
Vitória reclamou do próprio desempenho do time, mas depois apagou tweets

Petkovic hesitou em mudar postura do time

Quando optou por escalar Patrick como ponta no 4-2-3-1 do Vitória, Dejan Petkovic deixou os rápidos Gabriel Xavier e Neilton no banco de reservas. Sem opção de contra-ataque e sofrendo com a marcação alta do Fluminense, o rubro-negro demorou para se encontrar no jogo. Com a entrada da dupla no segundo tempo, o time baiano conseguiu diminuir o desequilíbrio técnico da partida e marcou seu primeiro gol na Série A de 2017, com assistência de Neilton para finalização de Kieza.

Fluminense tem a ‘maturidade tática' que o Vitória não tem

Os conceitos de jogo do time carioca estão muito bem definidos por Abel Braga. O Fluminense controlou a partida durante boa parte do confronto no Maracanã, fazendo pressão no campo do adversário e variando seu jogo entre a posse de bola e as transições ofensivas rápidas. Apesar das últimas duas derrotas seguidas na temporada, o encaixe do sistema implantado por Abel faz com que o Flu consiga recuperar a sua consistência e chegar a 75% de aproveitamento no Brasileirão.

O Vitória, que deverá ter um novo técnico na próxima rodada, perdeu tempo nos últimos três jogos. Como Petkovic não teve tempo de dar padrão ao time e deixará o cargo para ser diretor de futebol, caberá ao novo comandante, Alexandre Gallo, encontrar uma identidade tática para o rubro-negro - tudo isso com o campeonato em andamento.

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Os motivos que mostram que a escolha por Jorginho não foi por acaso

Elton Serra
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Felipe Oliveira/EC Bahia
Jorginho foi o escolhido pelo Bahia para substituir Guto Ferreira
Jorginho foi o escolhido pelo Bahia para substituir Guto Ferreira

O Bahia agiu muito rápido ao definir o substituto do técnico Guto Ferreira. Um dia após "Gordiola" acertar com o Internacional, o tricolor apresentou Jorginho como seu novo treinador. Uma escolha que mostra ter fundamento e não foi por acaso: o tetracampeão mundial tem o perfil que fará com que o elenco mantenha a evolução tática dentro da temporada.

Jorginho chegou ao Fazendão afirmando que não mexeria na estrutura do time. Para ele, a herança deixada por Guto Ferreira é positiva e o ajudará a aplicar o seu estilo de trabalho mais rapidamente. Analisando os dois treinadores e como o Bahia se comporta dentro de campo, é fácil entender a escolha da diretoria tricolor.

O Bahia de Guto Ferreira gostava da posse de bola. Time mais paciente, fazia transições ofensivas com os dois volantes e acelerava o jogo a partir do último terço do campo, dando total liberdade de movimentação para o quarteto de ataque. Sem a bola, o time fazia pressão apenas a partir da intermediária, tentando forçar o adversário a subir suas linhas e oferecer espaço para a velocidade na decisão das jogadas. Rafael Oliveira, com a ajuda do DataESPN, explica muito bem a ideia.

Rafa Oliveira analisa jogo do Bahia: São todos gols muito parecidos, os contra-ataques têm qualidade

Os conceitos de Jorginho são bem parecidos. O Vasco, em suas mãos, saía do campo de defesa valorizando a posse, mesmo com pressão alta do adversário. Como tinha jogadores mais lentos e veteranos, a saída da equipe cruzmaltina ficava por conta dos laterais. No entanto, como explica Paulo Calçade, também com a colaboração do DataESPN, as ideias casam com as que o Bahia tem aplicado nos últimos meses.

DataESPN analisa organização de Botafogo e Vasco sem a posse da bola

O grande desafio de Jorginho, talvez, seja fazer do Bahia um time mais equilibrado quando enfrenta equipes com propostas de jogo mais consistentes, sobretudo fora de casa, quando os adversários tomam a iniciativa das ações. Jogar de maneira reativa também é uma necessidade, e o tricolor tem sentido dificuldades em mudar taticamente sua forma de atuar - muito por conta das características dos jogadores que, na transição ofensiva, não apresentam a velocidade necessária para quebrar as linhas rivais. O jogo de posse de bola não tem funcionado na maioria dos confrontos longe de Salvador, o que obriga o Bahia a encontrar alternativas para surpreender seus oponentes.

De qualquer forma, a ação do Bahia parece ser correta e cirúrgica. No futebol brasileiro, onde dirigentes demitem e contratam treinadores com perfis totalmente opostos, a decisão mostra que o tricolor sabe o que quer dentro da Série A nacional. Caberá a Jorginho atender as expectativas de quem o contratou, e fazer com que o time siga seu curso evolutivo dentro da temporada.

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Diretor do Vitória pede demissão. Petkovic assume terceiro cargo diferente em um mês

Elton Serra
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Mauricia da Matta/EC Vitória
Petkovic deixa o cargo de treinador após três jogos; trocou a prancheta pela caneta
Petkovic deixa o cargo de treinador após três jogos; trocou a prancheta pela caneta

Dejan Petkovic chegou ao Vitória para ser gerente de futebol e auxiliar o diretor executivo, Sinval Vieira, na contratação de um treinador para o lugar de Argel Fucks. Sem sucesso, o sérvio optou por assumir o cargo à beira do gramado e acumulou funções no clube, sendo chamado de team manager. Agora, terá mais um desafio na turbulenta gestão do rubro-negro.

Sinval Vieira, pressionado por conselheiros, entregou carta de demissão ao presidente Ivã de Almeida. O dirigente, que contratou 18 jogadores, também ficou abalado com o apupo da torcida no jogo contra o Coritiba, quando foi xingado por boa parte dos que foram à Fonte Nova no último sábado. Com os resultados negativos no início do Campeonato Brasileiro e a discordância de ideias com membros da diretoria, resolveu deixar a Toca do Leão. O curioso é que Sinval foi peça fundamental para a eleição de Ivã de Almeida e de boa parte dos conselheiros que exigiram a sua saída.

Divulgação/EC Vitória
Com moral com a torcida, Sinval Vieira (figura à direita) virou até personagem do marketing do Vitória
Com moral com a torcida, Sinval Vieira (figura à direita) virou até personagem do marketing do Vitória

Sobrou no colo de Petkovic o cargo de diretor de futebol. Com isso, o ex-meia também será ex-treinador do Vitória, abrindo espaço para a contratação de um novo profissional. Ou seja: o gerente, que se efetivou como técnico, agora "demite" o professor e é promovido no clube.

Com apenas seis meses de gestão, o presidente Ivã de Almeida já enfrenta seus piores momentos no Vitória. Parte do conselho deliberativo protocolou um documento exigindo a saída do cartola. Muitos jogadores mostram-se insatisfeitos com o clima de instabilidade - o último triunfo aconteceu quando Argel ainda era o treinador. Com uma atmosfera bastante carregada, o atual campeão baiano tenta voltar aos trilhos para não viver uma temporada de pesadelos no Brasileirão.

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A última entrevista exclusiva de Guto Ferreira antes de procura do Internacional

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

Sexta-feira, 26 de maio. Este blog marcou entrevista com o técnico do Bahia, Guto Ferreira, para falar sobre o título da Copa do Nordeste e os planos do time para o Campeonato Brasileiro. Sorridente, o comandante tricolor se sentia tão à vontade no Fazendão que até havia descansado no final da manhã no centro de treinamentos do clube, onde tinha uma espécie de apartamento.

Talvez, Guto não imaginasse que receberia uma ligação do Internacional 48 horas depois. Com a demissão de Antônio Carlos Zago, seu nome ficou muito forte dentro do Beira-Rio. Como já havia passado pelas divisões de base do colorado e vivido por muitos anos em Porto Alegre, parece não ter pensado duas vezes em abrir negociações. Mesmo se sentindo em casa no Bahia.

Os indícios de que Guto Ferreira foi pego de surpresa estão neste bate-papo (veja no vídeo acima). O treinador contou sua intenção de amadurecer ainda mais o jovem goleiro Jean, a ideia de criar alternativas táticas para fugir da previsibilidade no Campeonato Brasileiro, e a projeção de tabela ao final da competição: "Queremos fazer a melhor campanha do Bahia nos pontos corridos", almejava Guto. Porém, apareceu o Internacional no meio do caminho.

Guto Ferreira repete o mesmo roteiro de 2016, quando deixou a Chapecoense, campeã catarinense e estabilizada na Série A, para treinar o Bahia na segunda divisão nacional. Ao sair da Chape, declarou que ""mesmo com o coração pedindo uma coisa, foi um desafio que mexeu comigo, de colocar no lugar onde merece um campeão brasileiro, que sempre foi uma estrutura grande no cenário nacional". Deve adotar o mesmo discurso para justificar o acerto com o Inter.

O quase ex-técnico do Bahia é um dos defensores da "Lei Caio Júnior", que busca regulamentar a sua profissão no país. Estabilidade no emprego é uma das bandeiras do projeto. No entanto, Guto Ferreira aceitando o desafio de treinar o Internacional, algo totalmente compreensível, mostra que instabilidade não parece ser algo que lhe incomode tanto.

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Derrota no Engenhão escancara problema do Bahia: a engrenagem não funciona sem Régis

Elton Serra
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GazetaPress
Edigar Junio, do Bahia, em lance contra Igor Rabello, do Botafogo, no Engenhão
Edigar Junio não conseguiu repetir a atuação da final da Copa do Nordeste

Estádio Nilton Santos, 18 minutos do primeiro tempo. Régis leva mão à coxa direita, cai no gramado e pede substituição. Começa o desespero de Guto Ferreira para tentar manter o bom rendimento do Bahia contra o Botafogo sem o protagonista do time na temporada. No final das contas, o de sempre: o tricolor não conseguiu fugir do lugar-comum e foi derrotado no Rio de Janeiro.

Guto sabe que o Bahia precisa de um meia armador para o time funcionar. Atuando muitas vezes no 4-3-3, depende de um jogador que faça a bola chegar ao trio de ataque. Com Régis, o Bahia tem o meia criativo, mas também tem um homem capaz de fazer infiltrações na área e marcar gols. Com menos de 20 minutos de jogo, o tricolor perdeu sua principal peça, por lesão.

O Bahia ainda sente falta de um substituto para Régis. Guto já tentou Zé Rafael e Allione atuando centralizados, mas o desempenho de ambos não foi satisfatório e, além disso, a equipe perdeu qualidade pelos lados do campo. Contra o Botafogo, Juninho foi mais uma vez usado como armador, mas fez uma partida muito ruim. O Botafogo abriu o placar com Bruno Silva, ainda na etapa inicial, e só foi efetivamente ameaçado no segundo tempo, quando Gatito Fernandez fez grandes defesas - tudo por conta de um Bahia pouco objetivo dentro da área.

Veja o gol da vitória do Botafogo sobre o Bahia por 1 a 0

A organização já conhecida do técnico Guto Ferreira se esbarrou nas limitações que seu elenco oferece. Desde a saída de Renato Cajá, o Bahia não contratou um jogador para concorrer com Régis. O time também tenta encontrar variações táticas para sair da previsibilidade, mas encontra um certo limite na versatilidade de seus atletas. No Engenhão, tentou propor o jogo, buscou transições ofensivas rápidas, usou os dois laterais para dar profundidade, mas não conseguiu empatar a partida por faltar opções para suprir a queda de rendimento de seus principais nomes. O Botafogo, por outro lado, também mostrou uma maturidade tática capaz de segurar o resultado que lhe interessou.

O Campeonato Brasileiro é longo. Daqui para frente, o Bahia só terá a Série A para se concentrar. Se quiser fazer uma campanha digna na competição, terá que dar mais opções ao seu treinador.

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Vitória perde mais uma em casa no Brasileiro. Experiência e idolatria de Petkovic são colocadas à prova

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Mauricia da Matta/EC Vitória
Coritiba conquistou três pontos importantes fora de casa no Brasileirão
Coritiba conquistou três pontos importantes fora de casa no Brasileirão

O Vitória, contra o Coritiba, completou sua quarta partida consecutiva na temporada sem marcar um mísero gol. No Brasileirão, ainda não balançou as redes adversárias. Vivendo uma situação de instabilidade, o rubro-negro vai colocando à prova a capacidade de Dejan Petkovic à beira do gramado.

Pet mostra conhecimento tático e conceitos de jogo, e isto fica bem claro quando o Vitória começa as partidas. Organização, busca da posse de bola, tranquilidade nas transições e disciplina tática. Diante do Coxa, foi pouco ameaçado no primeiro tempo, anulando o jogo dos paranaenses nos primeiros 45 minutos. Assim como na partida contra o Corinthians, foi minimamente organizado. Porém, muito pouco para vencer um confronto.

Quando Pachequinho mudou taticamente a estrutura tática do seu time, dando velocidade ao ataque com a entrada de Rildo e buscando o passe vertical com o meiaTiago Real em lugar do volante Alan Santos, o Coritiba desestruturou o Vitória. Chegou ao gol do triunfo justamente com a dupla, e levou Petkovic a tentar buscar alternativas no calor do jogo.

Assista ao gol da vitória do Coritiba sobre o Vitória

O técnico do Vitória mostra ainda algo que é comum em treinadores inexperientes: leituras táticas equivocadas ao fazer substituições. As mudanças feitas pelo sérvio desmontaram a organização rubro-negra em campo, e manteve o time incapaz de ameaçar o goleiro Wilson.

Falta ao time baiano poder de decisão. Falta a Petkovic a experiência necessária para mudar as características de sua equipe, sobretudo quando precisa voltar a controlar o jogo. Vaiado pela torcida e pressionado por bons resultados e com pouco lastro à beira do granado, Pet vai colocando em xeque sua idolatria no Vitória.

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Bahia foi campeão do Nordeste na bola e no planejamento

Elton Serra
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EDSON RUIZ/Coofiav/GazetaPress
Jogadores do Bahia com a taça da Copa do Nordeste
Goleiro Jean, de apenas 21 anos, levanta a taça da Copa do Nordeste

O Bahia, campeão do Nordeste, foi contra o Sport o time que todos já conhecem. Superior durante boa parte do confronto, criou inúmeras chances de gol na Fonte Nova, apesar de apenas uma delas ter encontrado as redes do goleiro Magrão. Um time que tem sua intensidade de jogo facilmente entendida quando nos debruçamos nos seus detalhes.

Bahia e Sport chegaram ao último jogo da Copa do Nordeste em situações bem diferentes. O tricolor com 29 jogos na temporada e o rubro-negro com 35. Guto Ferreira, prevendo um primeiro semestre desgastante, adotou o esquema de rodízio de atletas e utilizou equipes alternativas durante boa parte do Campeonato Baiano. Ney Franco, que chegou ao Recife sem tempo para trabalhar, não abriu mão de seus principais jogadores para tentar encontrar a formação ideal de uma maneira mais rápida. Pagou um preço caro.

Guto Ferreira, sobre conquista: 'Entre Baiano e Copa do Nordeste, Copa tem um sabor especial'

O técnico do Bahia pôs em campo um time com média de idade de 26 anos. O mais experiente foi o zagueiro Lucas Fonseca, com 31 - jogador que se tornou titular graças à contusão de Jackson, 27. Dos 11 titulares, o que mais atuou na temporada foi o jovem Zé Rafael, 23 anos, que fez 26 partidas em 2017. O tricolor chegou mais inteiro ao mês de maio, e isso ficou evidente nos dois confrontos da final contra o Sport, sobretudo na criação de chances de gol, transições ofensivas e defensivas e movimentações próximas à área.

Mesmo com todo o risco que a temporada desgastante lhe impôs, Ney Franco entrou em campo no sistema 3-5-2, com uma defesa muito cansada. Magrão, 40 anos e o grande destaque do Sport nas finais, chegou ao seu trigésimo jogo na temporada. Durval, 36 de idade, completou 29 partidas no ano. No gol do Bahia na Fonte Nova, o zagueiro perdeu para Edigar Junio na velocidade, antes de levar um drible desconcertante do atacante de 26 anos e de 16 jogos em 2017.

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É lógico que o peso da temporada influencia, mas o Bahia foi campeão muito por conta de uma organização que o Sport não teve. Mesmo perdendo muitos gols, o tricolor não abriu mão de jogar no 4-2-3-1, marcando a partir dos volantes adversários, buscando rápidas transições ofensivas na recuperação da bola e mantendo a posse para construir seu jogo a partir do campo de defesa. A ideia de Ney Franco, por outro lado, não foi feliz: com três zagueiros, a ideia era que os alas Raul Prata e Mena preenchessem o meio-campo e criassem maior volume de jogo para o rubro-negro, mas o que se viu foram enormes espaços na defesa pernambucana, algo que os atacantes do Bahia sabem explorar muito bem.

Não surpreende o título do Bahia se olharmos o que os dois times têm produzido na temporada. O planejamento de Guto Ferreira, rodando o elenco e dando padrão à equipe, deu certo. O Sport, mergulhado em inúmeras competições, não se planejou para o desgaste excessivo da temporada. Contratou um treinador em meio a um turbilhão de jogos, e que não conseguiu encontrar um padrão por falta de tempo. Enquanto tricolores vislumbram um Campeonato Brasileiro mais tranquilo, os rubro-negros entram pressionados a não decepcionarem após tantos investimentos.

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Três zagueiros no Sport? Bahia recuado? A 'tática do mistério' na final da Copa do Nordeste

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Felipe Oliveira/EC Bahia
Allione e Everton Felipe duelaram no primeiro jogo da final do Nordestão
Allione e Everton Felipe duelaram no primeiro jogo da final do Nordestão

O grande clássico desta quarta, na Arena Fonte Nova, coloca frente a frente dois dos clubes mais tradicionais do Brasil. Bahia e Sport decidem a Copa do Nordeste em meio a dúvidas dos dois lados, sobretudo na composição tática de ambos. O que os torcedores tricolores e rubro-negros podem esperar esta noite?

Tudo irá depender do que Ney Franco apronte contra o Bahia. O técnico do Sport sinalizou por mudanças no time, reforçou a necessidade de marcar o rival mais forte e até ensaiou escalar três zagueiros. No treinamento feito na terça-feira, reuniu Matheus Ferraz, Henríquez e Durval no mesmo time. A dúvida é: um dos zagueiros fará a lateral direita, ou os pernambucanos entrarão em campo no 3-5-2, utilizando o meia Everton Felipe como ala pela direita?

As formações causam um trevo na cabeça de Guto Ferreira. O treinador do Bahia, que viveu situação semelhante quando enfrentou o Atlético-PR, pela primeira rodada do Brasileiro, só conhecerá a distribuição tática do Sport quando a bola começar a rolar. Assim como no jogo do Furacão, é bem provável que o time só comece a entender o jogo depois de 15 minutos. O resultado do confronto todos já sabem: 6 a 2 na Fonte Nova, com o Atlético atuando com três zagueiros.

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Com três zagueiros, Sport força o Bahia a recuar atacantes para marcar na intermediária
Com três zagueiros, Sport força o Bahia a recuar atacantes para marcar na intermediária

O 3-5-2 do Sport, porém, traz elementos diferentes. Everton Felipe dá profundidade ao rubro-negro, enquanto Mena qualifica a saída de bola pela esquerda. Isto força o Bahia a deslocar seus atacantes para acompanhar os alas adversários até a intermediária; ou a marcar a partir do meio-campo, ao invés de pressionar no último terço. É pouco provável que Guto Ferreira modifique o time e comprometa a estrutura que tem dado certo: Edson e Renê Júnior serão os volantes, com Allione e Zé Rafael nas extremas e Régis centralizado na linha de três do 4-2-3-1, com Edigar Junio se movimentando no ataque.

É bem provável que Ney Franco comece a partida com dois zagueiros e Raul Prata na lateral direita. Com pouco tempo para treinar, o técnico do Sport não deve modificar drasticamente a formação tática do Leão da Ilha. Além disso, não parece querer comprometer Everton Felipe com a marcação dos atacantes do Bahia, quando na fase defensiva o seu time precisar de cinco jogadores na primeira linha. A ideia deve ser mesmo manter o 4-2-3-1, dando equilíbrio ao time e explorando a capacidade ofensiva do quinteto formado por Everton Felipe, Diego Souza, Rogério e André.

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Se atuar no 4-2-3-1, Sport dá mais liberdade a Everton Felipe; atacantes do Bahia ganham mais espaço
Se atuar no 4-2-3-1, Sport dá mais liberdade a Everton Felipe; atacantes do Bahia ganham mais espaço

O técnico do Sport deu um tom de mistério ao clássico, mas sabe que precisará ser ofensivo ao extremo para vencer o Bahia na Arena Fonte Nova. Um risco necessário, diante de um time que pouco decepciona o seu torcedor em casa. O tricolor, que precisa apenas não levar gol para ser campeão do Nordeste, deve fazer seu jogo de posse de bola e controle da partida. Muitos ingredientes que fazem do jogo desta quarta um dos mais esperados da temporada.

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A derrota para o Corinthians e a 'transição de ideias' do Vitória no Campeonato Brasileiro

Elton Serra
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Mauricia da Matta/EC Vitória
Rubro-negro baiano sofreu sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro
Rubro-negro baiano sofreu sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro

O Vitória já dá mostras de que começa a se desfazer do estilo de jogo de Argel Fucks. Com Petkovic, o rubro-negro fez um jogo seguro contra o Corinthians, apesar da derrota por 1 a 0 na Fonte Nova. Resultado que se potencializou graças a um defeito que o time baiano tem convivido nos últimos jogos: o poder de decisão no terço final do campo.

Não à toa, o Vitória não marcou gol nos últimos três jogos. Sem um atacante de referência, já que Kieza e André Lima seguem lesionados, Petkovic tem apostado no jovem Rafaelson, que não dá a dinâmica necessária ao ataque. Com Paulinho e David em fases ruins, o rubro-negro não consegue incomodar os goleiros adversários.

Em compensação, já se nota um time mais frio, entendendo a pressão do jogo. O Vitória trocou os lançamentos longos por uma saída de bola mais limpa, tocando a bola a partir do campo de defesa e buscando transições rápidas com Willian Farias e Uillian Correia. Uma frieza que será importante num campeonato tão competitivo como o Brasileirão.

Veja o gol da vitória do Corinthians sobre o Vitória por 1 a 0

Petkovic encontrou um Corinthians já acostumado em ser gelado. O time paulista começa sofrendo pressão no início, controla o jogo num segundo momento e decide a partida num terceiro. Foi assim na Fonte Nova. Com Marquinhos Gabriel e Jadson decisivos, Jô fez o único gol do confronto.

O time do Vitória ainda está distante do ideal que o Campeonato Brasileiro exige. É natural que muitas correções sejam feitas pelo caminho. Porém, o rubro-negro parece ter superado uma etapa importante para a construção de sua equipe: a de trocar a ansiedade e o desgaste mental pela frieza e entendimento do jogo.

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Quatro questões que a derrota do Bahia para o Vasco conseguiu nos ensinar

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Divulgação/CR Vasco da Gama
Bahia jogou com time alternativo e perdeu para o Vasco em São Januário
Bahia jogou com time alternativo e perdeu para o Vasco em São Januário

Pensando na final da Copa do Nordeste, o Bahia resolveu escalar um time alternativo no Campeonato Brasileiro e perdeu para o Vasco por 2 a 1, em São Januário. No entanto, a exibição ruim dos reservas de Guto Ferreira foi fator fundamental para a derrota, e a escolha ficou ainda mais escancarada no segundo tempo, quando alguns dos principais jogadores tiveram que entrar no em campo. A partir deste discutível desempenho, aprendemos quatro coisas que ficam cada vez mais claras na atual temporada.

Bahia não sabe ser um time reativo

O técnico Guto Ferreira ainda não encontrou alternativas táticas para tirar o Bahia da previsibilidade. Entrou em campo para jogar atrás da linha da bola, explorando os espaços deixados pelo Vasco, e praticamente não jogou no primeiro tempo. Quando mudou a equipe e colocou em campo o trio formado por Allione, Zé Rafael e Edigar Júnio, o time passou a ter mais a bola nos pés e criar melhores chances de gol. Maikon Leite, jogador que se encaixa bem nas características de um time que gosta de contra-atacar, não conseguiu mostrar serviço mais uma vez.

Pablo Armero um pouco atrapalhado

O lateral colombiano do Bahia convive com altos e baixos desde que chegou ao Fazendão. Contra o Vasco, foi um dos piores em campo, acumulando inúmeros passes errados, faltas e escorregões. Até sua principal característica, que é o jogo ofensivo, desapareceu no tricolor: na única vez em que se arriscou no ataque, Armero chutou forte para defesa de Martin Silva. No final do jogo, conseguiu ser expulso injustamente pelo árbitro.

Veja os gols da vitória do Vasco sobre o Bahia por 2 a 1 

Jean segue superando desconfianças

Apesar do gols sofridos, o goleiro do Bahia fez mais uma partida segura na temporada. Com duas grandes defesas no primeiro tempo, uma deles numa cabeçada à queima-roupa de Luís Fabiano, Jean foi um dos destaques do tricolor em São Januário. Seus 21 anos de idade vão ficando cada vez mais em segundo plano, e sua evolução é evidente.

Jean também foi importante da saída de bola do Bahia, mostrando mais uma de suas boas características: o jogo com a bola nos pés. Foram cinco passes certos, nenhum errado e quatro lançamentos no confronto. O goleiro tricolor é peça fundamental na característica de jogo do time, que gosta de sair do campo de defesa com toques curtos.

Matheus Sales e Gustavo travam o esquema do Bahia

A grande dificuldade dos clubes brasileiros é montar um elenco com mais de 11 boas opções. No Bahia, a situação não é diferente. O volante Matheus Sales, revelação do Palmeiras, é constantemente escalado para qualificar a saída de bola do tricolor, mas não consegue dar intensidade ao time, mostrando até certa preguiça em alguns momentos. Em São Januário, tocou apenas nove vezes na bola.

Já o atacante Gustavo, contratado pelo Corinthians ano passado, deixa o 4-2-3-1 de Guto Ferreira bastante previsível. Com pouca movimentação no ataque, o ‘Gustagol' engessa o esquema e facilita a marcação adversária, além de impedir a circulação mais intensa dos jogadores que formam a linha de três do meio-campo.

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Quatro questões que a derrota do Bahia para o Vasco conseguiu nos ensinar

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Empate na Ilha dá boa vantagem ao Bahia e força Sport a tentar quebrar tabus no clássico

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Felipe Oliveira/EC Bahia
Juninho abriu o placar para o Bahia na Ilha do Retiro; jogo terminou 1 a 1
Juninho abriu o placar para o Bahia na Ilha do Retiro; jogo terminou 1 a 1

Sport e Bahia entregaram o jogo que se esperava na Ilha do Retiro. Intensidade, verticalidade e muita emoção fizeram parte do confronto que começou a decidir a Copa do Nordeste de 2017. Porém, um componente voltou a fazer parte de forma decisiva num jogo do tricolor na competição: a arbitragem.

Guto Ferreira iniciou a partida com Matheus Sales no meio-campo com Diego Rosa no banco de reservas. Uma aposta arriscada pela falta de ritmo do volante, mas uma decisão que proporcionou a Juninho uma liberdade para chegar ao ataque. A estratégia deu certo e o camisa 5 do Bahia abriu o placar na Ilha, no segundo tempo, aproveitando a segunda bola ganha pelo time baiano.

O Sport, ao contrário dos últimos jogos, não se expôs. Especulou, investiu nas transições velozes com o surpreendente Raul Prata, e na intensidade dada por Rogério no último terço do campo. Porém, com atuações apagadas de Diego Souza e André, ameçou muito mais nas bolas aéreas. Com a defesa do Bahia muito bem organizada, chegou ao empate com o garoto Juninho, numa cabeçada que venceu o goleiro Jean. O detalhe é que o gol teve como origem um escanteio que não existiu.

O arbitro piauiense Antônio Dib Moraes de Sousa, que não apitou nenhum grande jogo na temporada, anulou um gol legítimo do Bahia ainda no primeiro tempo. É bem verdade que foi mal auxiliado pelo assistente alagoano Pedro Jorge Santos de Araújo que, além de marcar impedimento no gol de Zé Rafael, validou o escanteio que resultou no gol do Sport.

O rubro-negro pernambucano não soube aproveitar o seu mando de campo, e agora terá que decidir o título na Arena Fonte Nova, onde o Bahia tem 100% de aproveitamento na Copa do Nordeste. O tricolor, além disso, nunca foi derrotado pelo Sport na história da competição - aliás, a equipe baiana não perde em casa para o Leão da Ilha desde 1989. Um retrospecto favorável ao time de Guto Ferreira, mas que não entra em campo. O que entra, porém, é uma vantagem que não deve ser desconsiderada: um 0 a 0 em Salvador dará o título ao Esquadrão de Aço.

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Empate na Ilha dá boa vantagem ao Bahia e força Sport a tentar quebrar tabus no clássico

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O que Bahia e Sport podem apresentar no primeiro jogo da final do Nordestão?

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Felipe Oliveira/EC Bahia
Bahia e Sport se encontraram nas semifinais da Copa do Nordeste de 2015
Baianos e pernambucanos se encontraram nas semifinais da Copa do Nordeste de 2015

Bahia e Sport começam a decidir a Copa do Nordeste nesta quarta, na Ilha do Retiro, em meio a uma temporada desgastante. Estamos no mês de maio, mas o rubro-negro pernambucano já fez 33 partidas, enquanto o tricolor baiano entrou em campo 27 vezes - seis jogos que fazem toda a diferença para o time de Guto Ferreira, que encontrou mais rápido seu padrão tático em relação a Ney Franco, ainda com dificuldades em encaixar sua equipe em 2017.

Os momentos distintos refletem nos resultados. Enquanto o Bahia convive com um equilíbrio tático que lhe deu a oportunidade de iniciar o Campeonato Brasileiro com uma goleada contra o Atlético-PR, o Sport vive numa gangorra de atuações medianas e ruins, culminando em derrotas incontestáveis para Danúbio-URU e Ponte Preta: foram sete gols sofridos e nenhum marcado nos últimos dois jogos. O momento do Bahia é melhor, mas não faz dele o favorito absoluto no clássico.

Rafa Oliveira analisa jogo do Bahia: São todos gols muito parecidos, os contra-ataques têm qualidade

Este equilíbrio tático, é bem verdade, dão mais tranquilidade ao time de Guto Ferreira. Nos últimos jogos, o Bahia tem atuado com Edigar Júnio fazendo o papel de atacante referência com muita movimentação, transformando o 4-2-3-1 num 4-3-3 muito veloz no último terço do campo. O tricolor trocou o jogo dos passes curtos por um estilo mais vertical, buscando transições ofensivas mais rápidas e explorando o bom "um contra um" de Régis, Allione, Zé Rafael e do próprio Edigar. Nos dois últimos jogos contra o Vitória e no confronto contra o Furacão, no último domingo, conseguiu criar inúmeras oportunidades graças à movimentação intensa do quarteto, algo impensável com um centroavante de pouca mobilidade como Hernane ou Gustavo, por exemplo.

Por outro lado, Ney Franco ainda busca dar uma identidade tática ao Sport. Também orbita entre o 4-2-3-1 e o 4-3-3, mas busca marcação alta e comete um pecado crucial para os maus resultados nos últimos jogos: tem uma primeira linha defensiva formada por dois zagueiros lentos, que são facilmente batidos na recomposição e nos duelos individuais com atacantes de velocidade. Depois que Ney assumiu o rubro-negro, o time fez 15 jogos e sofreu gols em 13 deles - a defesa foi vazada 25 vezes neste período. Na maioria das partidas, a dupla de zaga foi formada por Matheus Ferraz e Durval, que sofrem com a transição defensiva quando o Sport faz marcação pressão.

Veja os gols de Ponte Preta 4 x 0 Sport

As coisas mudam de figura quando os treinadores olham para o elenco e buscam um cara capaz de decidir o jogo num detalhe. Enquanto Guto Ferreira não poderá contar com Régis, que cumprirá suspensão automática, Ney Franco terá a volta de Diego Souza, recuperado de contusão. Régis, com 11 gols e cinco assistências, é responsável direto por 30% dos gols marcados pelo Bahia na temporada. Diego, com 46 gols em 138 partidas pelo Sport, tem sido o diferencial do Leão da Ilha há algum tempo. Com a volta do camisa 87, Ney ganha força ofensiva, um jogador que funciona como um segundo atacante, bom nas bolas paradas e que dá liberdade de movimentação para o jovem Everton Felipe, jogador que atua com mais eficiência caindo pelos lados do campo, assim como o veloz Rogério.

Além de não contar com Régis, Guto Ferreira não terá o também suspenso Edson. Com isso, Renê Júnior deve ser o encarregado de vigiar os passos de Diego Souza, enquanto Diego Rosa assume o papel de articulador do meio-campo, dando suporte à movimentação do trio de ataque. No Sport, com a ausência de Mena, lesionado, Raul Prata deve ser improvisado na lateral-esquerda e terá a difícil missão de parar a dupla Allione-Eduardo, muito forte pelo lado direto do ataque do Bahia. No meio-campo, o 'motorzinho' Rithely, também ausente por supensão, dá lugar ao combativo Ronaldo. Espera-se um jogo em que o rubro-negro não ceda tantos espaços nas costas de sua linha defensiva, e que o tricolor tente neutralizar as jogadas fortes pelos lados, com Rogério e Everton Felipe.

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Prováveis formações de Sport e Bahia para confronto desta quarta-feira
Prováveis formações de Sport e Bahia para confronto desta quarta-feira

Bahia e Sport sempre fizeram jogos imprevisíveis, e as finais da Copa do Nordeste de 2017 são as mais equilibradas dos últimos anos. Porém, pelo que se desenha, será o duelo do padrão tático contra o poder de decisão do talentoso Diego Souza.

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A incontestável goleada do Bahia e o lucrativo empate do Vitória em suas estreias no Brasileirão

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Felipe Oliveira/EC Bahia
Edson foi um dos destaques do massacre tricolor na Arena Fonte Nova
Edson foi um dos destaques do massacre tricolor na Arena Fonte Nova

O Bahia mostrou um pouco de tudo na partida contra o Atlético-PR, na Arena Fonte Nova. Foi o time dos primeiros quatro meses, que controla o jogo e perde muitas oportunidades, mas também apresentou um lado letal, capaz de resolver uma partida em poucos minutos. Nos 6 a 2 diante do Furacão, a equipe de Guto Ferreira transformou os 55% de posse de bola no primeiro tempo em cinco gols.

Paulo Autuori, com uma equipe alternativa, montou seu time no 3-4-3. Guto Ferreira, ao perceber a formação, saiu do seu 4-2-3-1 tradicional a partiu para o 4-3-3, fazendo seus atacantes duelarem individualmente com os zagueiros do Atlético-PR. O Bahia sofreu dois gols em falhas defensivas e marcou um de cabeça, com o zagueiro Tiago, mas depois dos 2 a 1 passou a dominar o jogo com o trio formado por Régis, Zé Rafael e Edigar Junio. No um contra um, os três venceram quase todos os duelos na Fonte Nova.

Além do trio, destaque para Edson, volante que teve liberdade para construir o jogo no meio-campo tricolor. O resultado foi uma assistência para o gol de Edigar, mais três para finalizações do ataque, além do gol marcado no segundo tempo. Edson errou apenas um passe no jogo inteiro e não fez nenhuma falta. Partida impecável do ex-jogador Fluminense e do Bahia de Guto Ferreira. O Bahia mostrou que pode melhorar bastante, sobretudo na definição das jogadas no último terço do campo, mas também apresentou a Fonte Nova para seus rivais: um palco onde o time baiano é difícil de ser batido.

Veja os gols da goleada do Bahia sobre o Atlético-PR por 6 a 2 

No mesmo horário, em Florianópolis, Dejan Petkovic estreava como treinador na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. É claro que a equipe foi basicamente montada pelo auxiliar Wesley Carvalho, mas o foi sérvio quem assumiu as rédeas do confronto contra o Avaí. Teve o cuidado de não mexer na estrutura do time em tão pouco tempo, e manteve o 4-2-3-1, incluindo o centroavante Rafaelson para manter um homem de referência no ataque. Foram 12 oportunidades criadas, duas bolas na trave e um domínio do confronto, mas faltou aquele atacante que sempre faz muita diferença numa Série A. O rubro-negro, porém, também contou com erro da arbitragem, num pênalti a favor do Avaí não marcado pelo paranaense Felipe Gomes da Silva.

O Bahia não estreava vencendo na Série A desde 2002, quando bateu o Gama por 1 a 0. Pela primeira vez, marcou seis gols numa mesma partida. Já o Vitória que, nas últimas duas edições que disputou, estreou com derrota, larga 2017 com um ponto importante fora de casa. Não dá para ter noção de como os dois se comportarão no Brasileirão, mas começam a construir um cenário que pode ser favorável para ambos.

Assista aos melhores momentos do empate por 0 a 0 entre Avaí e Vitória
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Gerente de futebol é o novo técnico do Vitória. Falta de convicção do clube e pressão em Petkovic

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Mauricia da Matta/EC Vitória
De gerente a treinador: Petkovic assume o Vitória no Campeonato Brasileiro
De gerente a treinador: Petkovic assume o Vitória no Campeonato Brasileiro

Dejan Petkovic chegou ao Vitória para assumir a gerência de futebol e, em seu discurso, a palavra de ordem era "filosofia". Para ele, o clube precisava conhecer sua própria essência, criar metodologias de trabalho e deixar o rubro-negro ainda mais profissional. Além disso, coube ao sérvio buscar um novo treinador para assumir o time, baseando-se nas premissas da tal "filosofia".

Pet, em sua chegada, afirmou que tinha dado uma pausa em sua carreira de técnico. Desde o final do ano passado, se aperfeiçoava em técnicas de gestão esportiva, e desembarcou no Vitória disposto a colocar em prática o seu conhecimento. Porém, duas semanas depois, após não conseguir fechar com um novo treinador, será o comandante vermelho e preto à beira do gramado na Série A do Campeonato Brasileiro.

A "filosofia" ficará para depois.

A diretoria do Vitória, que desde a demissão de Argel Fucks demonstrou falta de convicção no perfil do novo treinador, resolveu mudar a função de Petkovic no clube. Os conhecimentos de gestão servirão agora para compor a personalidade do técnico, ausente dos bancos de reservas desde que deixou o Sampaio Corrêa, em maio do ano passado. Não há certeza de que Pet fracassou na tentativa de contratar um comandante para o time baiano, mas fica bem claro que ele não estava preparado para assumir a função tão precocemente. O sérvio, inclusive, antes de aceitar o desafio, recusou por duas vezes a proposta do presidente Ivã de Almeida e do diretor Sinval Vieira.

No 'Bola da Vez', Petkovic explicou por que largou Real Madrid em 1997 para jogar no Vitória

‘Manager inglês'

Vieira, alías, tentou explicar a efetivação de Petkovic relembrando as funções executadas por treinadores no exterior. Fez um paralelo com os managers ingleses que, além de comandar as equipes dentro de campo, participa das decisões da diretoria fora dele, como contratações de atletas, comando do "centro de inteligência" e controle do orçamento do departamento de futebol. O ex-jogador do Vitória terá dupla responsabilidade e, por consequência, uma pressão duplicada - Pet não teve tempo de se aprimorar nas duas funções após treinar três clubes e ocupar o cargo de gerente de futebol por apenas duas semanas.

Não deu para o estudioso interino

Com a decisão de entregar a função de treinador para Petkovic, Wesley Carvalho permanece como auxiliar técnico. Com 20 anos dedicados ao futebol, o ex-interino trabalhou em praticamente todos os times das divisões de base do Vitória, além de ter assumido provisoriamente a equipe principal também em 2015, após saída de Claudinei Oliveira. No início do ano passado, Wesley tirou a "Licença B" no curso promovido pela CBF, que qualifica treinadores das categorias de base. Em dezembro, partiu para a "Licença A", ganhando a qualificação para comandar equipes profissionais. Estudioso, constantemente é visto assistindo vídeos de treinos de clubes europeus, além de acompanhar palestras e ler diversos livros sobre o tema. Na prática, conseguiu organizar o rubro-negro nos dois jogos da final do Campeonato Baiano, conquistando o estadual diante do Bahia.

Wesley Carvalho tinha a esperança de ser efetivado, por se considerar preparado para assumir o desafio. Apesar da vontade, terá a missão de auxiliar o ídolo e pressionado Dejan Petkovic a partir deste domingo, contra o Avaí, em Florianópolis, na estreia do Vitória no Campeonato Brasileiro.

Maurícia da Matta/EC Vitória
Campeão baiano, interino Wesley Carvalho será auxiliar de Petkovic no Brasileirão
Campeão baiano, interino Wesley Carvalho será auxiliar de Petkovic no Brasileirão
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Pressa de cartolas antecipa Copa do Nordeste de 2018 para o fim deste mês

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Rafael Ribeiro/CBF
Copa do Nordeste terá fase preliminar que definirá quatro participantes para 2018
Copa do Nordeste terá fase preliminar que definirá quatro participantes para 2018

É estranho, mas você não leu errado. É verdade. A Copa do Nordeste de 2018 começará no final de maio. Presidentes de federações da região se reuniram na última terça, na sede da CBF, para discutir a próxima edição da competição, e chegaram a um consenso: o torneio precisa começar o mais rápido possível. A informação foi confirmada pela Federação Cearense de Futebol.

A ideia é que a fase preliminar, que reunirá as oito equipes que brigarão por quatro vagas na fase de grupos (não sabia que a fórmula irá mudar? Entenda neste post), seja disputada no embalo do final dos estaduais. Estarão na briga os vice-campeões de Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, além dos terceiros colocados da Bahia e de Pernambuco. As federações definiram que essa fase será realizada nos dias 24 e 31 de maio.

O curioso é que a Copa do Nordeste de 2018 ainda não tem seu regulamento ajustado oficialmente pela Liga do NE, com anuência da CBF. Não se sabe ao certo quais critérios serão utilizados na fase preliminar, se haverá vantagem para algum clube e se será feito sorteio para definir os confrontos. Para alguns cartolas, muitos clubes ficarão sem calendário no segundo semestre, o que dificultaria as montagens dos times no fim do ano - argumento que cai por terra quando analisamos os times já classificados para este "pré-Nordestão": apenas o Treze-PB terá "férias" na segunda parte de 2017.

É importante ressaltar que a fase preliminar é considerada pela CBF como "Copa do Nordeste - Edição 2018", algo também citado nos regulamentos de todos os estaduais da região.

Outra curiosidade é que os jogos de volta dessa seletiva acontecerão no mesmo dia da grande final da Copa do Nordeste deste ano, disputada por Bahia e Sport, na Arena Fonte Nova.

Os times já classificados para a fase de grupos, que terá 16 participantes, são ABC, Bahia, Botafogo-PB , CRB, Ceará, Confiança, Ferroviário-CE, Salgueiro, Sport e Vitória. Para esta fase, restam apenas os campeões do Maranhão e do Piauí. No pré-Nordestão estão garantidos CSA, Fluminense-BA, Globo-RN, Itabaiana-SE e Treze-PB. Os outros três serão os vices maranhense e piauiense, e o terceiro colocado de Pernambuco, todos ainda indefinidos.

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No Campeonato Baiano, a simplicidade venceu o pragmatismo

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Mauricia da Matta/EC Vitória
Vitória comemora seu 29º título estadual após empate no Ba-Vi
Vitória comemora seu 29º título estadual após empate por 0 a 0 no Ba-Vi

As finais do Campeonato Baiano não foram tecnicamente brilhantes. Como o regulamento favorece (justamente, diga-se) o time de melhor campanha, é natural que a vantagem seja utilizada nos 180 minutos. E foi o que fez o técnico interino do Vitória, Wesley Carvalho: abriu mão do jogo bem jogado para garantir um título importantíssimo na sua carreira.

É bem verdade que o pouco tempo que teve Wesley não era suficiente para fazer mudanças substanciais no rubro-negro. Mesmo assim, o treinador arriscou alterar a postura da equipe, valorizando a bola e evitando as ligações diretas da defesa para o ataque. Não significa que o time passou a ser convincente, mas recuperou algo básico no futebol, que é a organização. Os conceitos foram executados com um pouco mais de fidelidade ao que prega seu técnico.

Elton Serra analisa título do Vitória: 'Final premiou o time de melhor campanha'

No 0 a 0 no Barradão, o Vitória foi o time que criou as melhores oportunidades - não à toa, o goleiro Jean foi o destaque do Bahia no confronto. O time de Guto Ferreira, que às vezes mostra um irritante pragmatismo, mas que preza pela organização tática, sofreu como poucas vezes na temporada. Mesmo assim, teve chances de abrir o placar, assim como no jogo de ida, quando dominou boa parte do clássico. Porém, não conseguiu fugir do óbvio e perdeu a grande chance de ser campeão quando seu rival mostrou a fragilidade defensiva dos tempos de Argel.

Essa fuga do óbvio foi o que mostrou Wesley Carvalho. Do óbvio para o básico: compactou suas linhas, negou espaços ao Bahia e sofreu menos que o normal. Olhou para o regulamento e percebeu que o mínimo necessário era não sofrer. Conseguiu.

O Vitória precisa melhorar muito para disputar a Série A. Mesmo com o título invicto no estadual, merecido por tudo o que fez na competição, sabe que as referências serão outras. Porém, já sabe perfeitamente que o caminho é organizar um time que foi exigido muito mais psicologicamente do que taticamente nos primeiros quatro meses do ano.

Veja os melhores momentos de Vitória (campeão) 0 x 0 Bahia 
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Elton Serra analisa título do Vitória: 'Final premiou o time de melhor campanha'

Felipe Oliveira/EC Bahia
Capitão do Bahia, zagueiro Tiago pertence ao Atlético-MG
Capitão do Bahia, zagueiro Tiago pertence ao Atlético-MG

O Bahia segue buscando manter um de seus principais jogadores no elenco para a sequência do Campeonato Brasileiro, e parece ter achado uma solução que irá, inclusive, aliviar as finanças do clube. O zagueiro Tiago, destaque da defesa tricolor na Série A, ainda é personagem de uma negociação que está próxima de um fim.

O presidente Marcelo Sant'Ana havia antecipado que Tiago seria contratado, em definitivo, por três temporadas. No entanto, o Atlético-MG, dono de seus direitos federativos, resolveu valorizar o negócio e se interessou no meia Gustavo Blanco, cria das divisões de base do Bahia e que vive boa fase no América-MG.

As negociações já duram algumas semanas. O Atlético quer Gustavo Blanco por empréstimo até o final de 2018, e em troca mantém Tiago em Salvador, também por empréstimo, até o fim deste ano. Nos dois negócios, os clubes terão opção de compra. O Bahia, no entanto, quer aumentar o vínculo com Blanco antes de repassá-lo ao Galo, com o objetivo de valorizar a multa rescisória, já que o contrato se encerra justamente no final da próxima temporada. A diretoria alvinegra já entrou em contato com o América e busca se acertar com os representantes do meia.

Divulgação/América Mineiro
Gustavo Blanco é um dos destaques do América na temporada
Gustavo Blanco é um dos destaques do América na temporada

Com tudo praticamente acertado, o Bahia vê com bons olhos o negócio. Com uma compra futura de Tiago praticamente acertada, o clube, com o valor que teria que ser desembolsado para a aquisição do zagueiro ainda este mês, pode investir em outros reforços ou até fazer o seu caixa respirar.

Tiago tem 26 anos e chegou ao Bahia em 2016. Com 44 jogos pelo tricolor, marcou três gols e levantou a Copa do Nordeste deste ano como capitão do time. O zagueiro, inclusive, faz parte da seleção do prêmio ESPN Bola de Prata Sportingbet após quatro rodadas do Campeonato Brasileiro.

Já Gustavo Blanco tem 22 anos e está no América-MG desde o início da temporada. Pelo Coelho atuou em 19 jogos, todos como titular, e não marcou nenhum gol.

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Controle, frustração, superação e uma final em aberto na Bahia

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Felipe Oliveira/EC Bahia
Bahia e Vitória empataram por 1 a 1 na primeira partida da final do Campeonato Baiano
Bahia e Vitória empataram por 1 a 1 na primeira partida da final do Campeonato Baiano

O quarto capítulo da saga de Ba-Vis em 2017 terminou com um interessante empate na Arena Fonte Nova. Um resultado que mantém o Vitória com a vantagem na decisão do Campeonato Baiano, mas que deixa o Bahia com a sensação de frustração após o desempenho da equipe durante boa parte do confronto.

O time de Guto Ferreira fez um primeiro tempo irretocável, com total controle do jogo, mas nos dois primeiros terços do campo. Saída de bola limpa, transição ofensiva eficiente, principalmente no corredor central, entre os volantes rubro-negros, mas com uma incrível falta de precisão nas finalizações. Falta ao Bahia decidir o jogo no último terço do campo. Chegou ao gol em lance de bola parada, muito bem aproveitada pelo zagueiro Tiago.

O Vitória, que teve 48 horas para juntar os cacos após a eliminação na Copa do Nordeste e a demissão de Argel Fucks, teve ousadia para mudar. Mesmo sofrendo os riscos, o interino Wesley Carvalho apostou num time sem centroavante, com três meias flutuando no ataque e com uma equipe capaz de fazer um jogo apoiado, valorizando a bola em detrimento às famosas ligações diretas dos últimos clássicos. O Bahia foi muito melhor que rubro-negro no primeiro tempo, mas o Vitória não abriu mão de sua ideia de jogo. Foi assim, inclusive, que chegou ao gol de empate no segundo tempo.

Saída de bola com os volantes, compactação ofensiva para pressionar os elementos de transição do Bahia e profundidade com os laterais: assim, o Vitória construiu o empate na etapa final, em gol contra de Armero, mas com participação efetiva do volante Uillian Correia e do lateral Patric, autores da jogada. Mesmo com um jogador a menos durante os minutos finais do confronto, Wesley Carvalho fechou o time com duas linhas de quatro - sacrificando, inclusive, o meia Pisculichi, que teve que ser substituído 11 minutos depois de ter entrado. Com a entrada do centroavante Rafaelson, muitos antes, o time ganhou referência, força na segunda bola e incomodou o Bahia de Guto, que perdeu o controle do jogo quando foi obrigado a substituir Régis e colocar o atacante ‘Gustagol' em campo, deixando o time sem a leveza que dominava as ações do tricolor durante grande parte do embate.

Não foi uma partida com dois tempos totalmente distintos, mas um clássico que mostrou elementos que deixa o título estadual em aberto para domingo, no Barradão. O Bahia que, após os últimos quatro confrontos, soube entender como encarar o Vitória, e um rubro-negro, fortalecido por um resultado conquistado graças à insistência de seu treinador em manter os conceitos de jogo durante quase 90 minutos. No quinto capítulo desta história, uma taça será levantada. O dono dela, porém, segue como uma instigante incógnita.

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No terceiro Ba-Vi do ano, prevaleceu a inteligência tática do Bahia, finalista do Nordestão

Elton Serra
Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
Felipe Oliveira/EC Bahia
Bahia disputará sua sexta final de Nordestão; tricolor tentará terceiro título
Bahia disputará sua sexta final de Nordestão; tricolor tentará seu terceiro título

O Bahia, neste domingo, venceu seu Ba-Vi mais importante na Arena Fonte Nova. Daqueles 5 a 1 sofridos em abril de 2013 até os 2 a 0 que o leva à final da Copa do Nordeste, foram sete triunfos do Vitória, dois empates e quatro triunfos. Com 100% de torcida tricolor dentro do estádio, afastou um fantasma que ronda o clube nos últimos quatro anos em jogos contra o maior rival.

O primeiro tempo se desenvolveu em cima de um elemento que enfeia qualquer jogo: as ligações diretas da defesa para o ataque. O Bahia, que se aproximou dos 60% de posse, mesmo assim, investiu nas bolas longas, tentando aproveitar a velocidade de Edigar Júnio, utilizado como atacante de referência no lugar de Hernane. Mesmo com argumentos limitados de jogo, o tricolor chutou oito vezes ao gol.

O único chute que conseguiu passar pela meta rubro-negra foi a mais bem trabalhada da primeira etapa. Num contra-ataque encaixado através de passes rápidos, o Bahia abriu o placar na Fonte Nova. Inteligência de Allione ao perceber a falha de marcação da defesa do Vitória que, ao invés de encurtar o espaço para a finalização, proporcionou uma visão invejável do gol de Fernando Miguel. Bola na gaveta.

Felipe Oliveira/EC Bahia
Patric, do Vitória, foi expulso durante o segundo tempo do clássico
Patric, do Vitória, foi expulso durante o segundo tempo do clássico

No segundo tempo, quando os dois times resolveram colocar a bola no chão, o jogo fluiu. Régis marcou o segundo numa jogada característica da equipe de Guto Ferreira, com o meia armador infiltrando na área e tabela no último terço do campo. Argel, que havia respondido com a entrada de Gabriel Xavier e reposicionado Cleiton Xavier como um meia na linha dos volantes do Bahia, qualificando a saída de bola, buscou chegar ao ataque com jogadas mais trabalhadas. As expulsões de Régis e Patric, porém, mudaram o panorama do clássico: com mais espaço no campo, tricolores e rubro-negros partiram novamente para o jogo direto.

O Bahia, porém, mostrou mais inteligência nos 15 minutos finais. Criou superioridade numérica nos dois primeiros terços do campo e, com a entrada de Juninho em lugar de Zé Rafael, acelerou a saída de bola para aproveitar os espaços vazios deixados pelo Vitória, que subiu a marcação para tentar um gol que levasse o confronto para os pênaltis. Ao mesmo tempo, fechou os espaços de Paulinho, jogador que Argel Fucks colocou em campo para sobrecarregar o lado direito da defesa da equipe de Guto Ferreira.

Depois de 180 minutos de tensão, polêmicas e muitas reclamações, o Bahia chega à sua sexta final de Nordestão. Foi melhor que o Vitória durante grande parte do confronto, apesar do futebol ainda apresentar seus problemas. Quando se apresentou menos nervoso em campo, deixou prevalecer sua superioridade tática diante de um intenso Vitória.

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No terceiro Ba-Vi do ano, prevaleceu a inteligência tática do Bahia, finalista do Nordestão

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