Quatro questões que a derrota do Bahia para o Vasco conseguiu nos ensinar
Pensando na final da Copa do Nordeste, o Bahia resolveu escalar um time alternativo no Campeonato Brasileiro e perdeu para o Vasco por 2 a 1, em São Januário. No entanto, a exibição ruim dos reservas de Guto Ferreira foi fator fundamental para a derrota, e a escolha ficou ainda mais escancarada no segundo tempo, quando alguns dos principais jogadores tiveram que entrar no em campo. A partir deste discutível desempenho, aprendemos quatro coisas que ficam cada vez mais claras na atual temporada.
Bahia não sabe ser um time reativo
O técnico Guto Ferreira ainda não encontrou alternativas táticas para tirar o Bahia da previsibilidade. Entrou em campo para jogar atrás da linha da bola, explorando os espaços deixados pelo Vasco, e praticamente não jogou no primeiro tempo. Quando mudou a equipe e colocou em campo o trio formado por Allione, Zé Rafael e Edigar Júnio, o time passou a ter mais a bola nos pés e criar melhores chances de gol. Maikon Leite, jogador que se encaixa bem nas características de um time que gosta de contra-atacar, não conseguiu mostrar serviço mais uma vez.
Pablo Armero um pouco atrapalhado
O lateral colombiano do Bahia convive com altos e baixos desde que chegou ao Fazendão. Contra o Vasco, foi um dos piores em campo, acumulando inúmeros passes errados, faltas e escorregões. Até sua principal característica, que é o jogo ofensivo, desapareceu no tricolor: na única vez em que se arriscou no ataque, Armero chutou forte para defesa de Martin Silva. No final do jogo, conseguiu ser expulso injustamente pelo árbitro.
Jean segue superando desconfianças
Apesar do gols sofridos, o goleiro do Bahia fez mais uma partida segura na temporada. Com duas grandes defesas no primeiro tempo, uma deles numa cabeçada à queima-roupa de Luís Fabiano, Jean foi um dos destaques do tricolor em São Januário. Seus 21 anos de idade vão ficando cada vez mais em segundo plano, e sua evolução é evidente.
Jean também foi importante da saída de bola do Bahia, mostrando mais uma de suas boas características: o jogo com a bola nos pés. Foram cinco passes certos, nenhum errado e quatro lançamentos no confronto. O goleiro tricolor é peça fundamental na característica de jogo do time, que gosta de sair do campo de defesa com toques curtos.
Matheus Sales e Gustavo travam o esquema do Bahia
A grande dificuldade dos clubes brasileiros é montar um elenco com mais de 11 boas opções. No Bahia, a situação não é diferente. O volante Matheus Sales, revelação do Palmeiras, é constantemente escalado para qualificar a saída de bola do tricolor, mas não consegue dar intensidade ao time, mostrando até certa preguiça em alguns momentos. Em São Januário, tocou apenas nove vezes na bola.
Já o atacante Gustavo, contratado pelo Corinthians ano passado, deixa o 4-2-3-1 de Guto Ferreira bastante previsível. Com pouca movimentação no ataque, o ‘Gustagol' engessa o esquema e facilita a marcação adversária, além de impedir a circulação mais intensa dos jogadores que formam a linha de três do meio-campo.
Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
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