No terceiro Ba-Vi do ano, prevaleceu a inteligência tática do Bahia, finalista do Nordestão
O Bahia, neste domingo, venceu seu Ba-Vi mais importante na Arena Fonte Nova. Daqueles 5 a 1 sofridos em abril de 2013 até os 2 a 0 que o leva à final da Copa do Nordeste, foram sete triunfos do Vitória, dois empates e quatro triunfos. Com 100% de torcida tricolor dentro do estádio, afastou um fantasma que ronda o clube nos últimos quatro anos em jogos contra o maior rival.
O primeiro tempo se desenvolveu em cima de um elemento que enfeia qualquer jogo: as ligações diretas da defesa para o ataque. O Bahia, que se aproximou dos 60% de posse, mesmo assim, investiu nas bolas longas, tentando aproveitar a velocidade de Edigar Júnio, utilizado como atacante de referência no lugar de Hernane. Mesmo com argumentos limitados de jogo, o tricolor chutou oito vezes ao gol.
O único chute que conseguiu passar pela meta rubro-negra foi a mais bem trabalhada da primeira etapa. Num contra-ataque encaixado através de passes rápidos, o Bahia abriu o placar na Fonte Nova. Inteligência de Allione ao perceber a falha de marcação da defesa do Vitória que, ao invés de encurtar o espaço para a finalização, proporcionou uma visão invejável do gol de Fernando Miguel. Bola na gaveta.
No segundo tempo, quando os dois times resolveram colocar a bola no chão, o jogo fluiu. Régis marcou o segundo numa jogada característica da equipe de Guto Ferreira, com o meia armador infiltrando na área e tabela no último terço do campo. Argel, que havia respondido com a entrada de Gabriel Xavier e reposicionado Cleiton Xavier como um meia na linha dos volantes do Bahia, qualificando a saída de bola, buscou chegar ao ataque com jogadas mais trabalhadas. As expulsões de Régis e Patric, porém, mudaram o panorama do clássico: com mais espaço no campo, tricolores e rubro-negros partiram novamente para o jogo direto.
O Bahia, porém, mostrou mais inteligência nos 15 minutos finais. Criou superioridade numérica nos dois primeiros terços do campo e, com a entrada de Juninho em lugar de Zé Rafael, acelerou a saída de bola para aproveitar os espaços vazios deixados pelo Vitória, que subiu a marcação para tentar um gol que levasse o confronto para os pênaltis. Ao mesmo tempo, fechou os espaços de Paulinho, jogador que Argel Fucks colocou em campo para sobrecarregar o lado direito da defesa da equipe de Guto Ferreira.
Depois de 180 minutos de tensão, polêmicas e muitas reclamações, o Bahia chega à sua sexta final de Nordestão. Foi melhor que o Vitória durante grande parte do confronto, apesar do futebol ainda apresentar seus problemas. Quando se apresentou menos nervoso em campo, deixou prevalecer sua superioridade tática diante de um intenso Vitória.
Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
No terceiro Ba-Vi do ano, prevaleceu a inteligência tática do Bahia, finalista do Nordestão
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.