Três zagueiros no Sport? Bahia recuado? A 'tática do mistério' na final da Copa do Nordeste
O grande clássico desta quarta, na Arena Fonte Nova, coloca frente a frente dois dos clubes mais tradicionais do Brasil. Bahia e Sport decidem a Copa do Nordeste em meio a dúvidas dos dois lados, sobretudo na composição tática de ambos. O que os torcedores tricolores e rubro-negros podem esperar esta noite?
Tudo irá depender do que Ney Franco apronte contra o Bahia. O técnico do Sport sinalizou por mudanças no time, reforçou a necessidade de marcar o rival mais forte e até ensaiou escalar três zagueiros. No treinamento feito na terça-feira, reuniu Matheus Ferraz, Henríquez e Durval no mesmo time. A dúvida é: um dos zagueiros fará a lateral direita, ou os pernambucanos entrarão em campo no 3-5-2, utilizando o meia Everton Felipe como ala pela direita?
As formações causam um trevo na cabeça de Guto Ferreira. O treinador do Bahia, que viveu situação semelhante quando enfrentou o Atlético-PR, pela primeira rodada do Brasileiro, só conhecerá a distribuição tática do Sport quando a bola começar a rolar. Assim como no jogo do Furacão, é bem provável que o time só comece a entender o jogo depois de 15 minutos. O resultado do confronto todos já sabem: 6 a 2 na Fonte Nova, com o Atlético atuando com três zagueiros.
O 3-5-2 do Sport, porém, traz elementos diferentes. Everton Felipe dá profundidade ao rubro-negro, enquanto Mena qualifica a saída de bola pela esquerda. Isto força o Bahia a deslocar seus atacantes para acompanhar os alas adversários até a intermediária; ou a marcar a partir do meio-campo, ao invés de pressionar no último terço. É pouco provável que Guto Ferreira modifique o time e comprometa a estrutura que tem dado certo: Edson e Renê Júnior serão os volantes, com Allione e Zé Rafael nas extremas e Régis centralizado na linha de três do 4-2-3-1, com Edigar Junio se movimentando no ataque.
É bem provável que Ney Franco comece a partida com dois zagueiros e Raul Prata na lateral direita. Com pouco tempo para treinar, o técnico do Sport não deve modificar drasticamente a formação tática do Leão da Ilha. Além disso, não parece querer comprometer Everton Felipe com a marcação dos atacantes do Bahia, quando na fase defensiva o seu time precisar de cinco jogadores na primeira linha. A ideia deve ser mesmo manter o 4-2-3-1, dando equilíbrio ao time e explorando a capacidade ofensiva do quinteto formado por Everton Felipe, Diego Souza, Rogério e André.
O técnico do Sport deu um tom de mistério ao clássico, mas sabe que precisará ser ofensivo ao extremo para vencer o Bahia na Arena Fonte Nova. Um risco necessário, diante de um time que pouco decepciona o seu torcedor em casa. O tricolor, que precisa apenas não levar gol para ser campeão do Nordeste, deve fazer seu jogo de posse de bola e controle da partida. Muitos ingredientes que fazem do jogo desta quarta um dos mais esperados da temporada.
Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
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