UFC 207: volta de Ronda ou defesa da campeã Amanda?
"A campeã sou eu."
"A melhor do mundo sou eu hoje."
"Ela está vindo para lutar comigo."
"Não eu indo lutar com ela."
"Estou aqui para lembrar, eu sou a campeã."
Só se fala de Ronda Rousey. A volta da supercampeã é o grande chamariz para o UFC 207, neste sábado, 30 de dezembro, em Las Vegas.
A carreira de Ronda é quase irreparável. Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, então na mesma categoria da brasileira Mayra Aguiar, ela deixou o judô para brilhar no MMA.
Foram seis combates antes de entrar no UFC. Seis vitórias. Todas no primeiro round, sendo quatro no Strikeforce.
Chegou, em fevereiro de 2013, ao maior evento de lutas do mundo como campeã do peso galo. Massacrou Liz Carmouche, Miesha Tate, Sara McMann, Alexis Davis, Cat Zingano e Bethe Correia.
Veio, então, o dia 14 de novembro de 2015. Holly Holm, uma lenda do boxe feminino, fazia sua estreia no MMA. Um chute espetacular "chocou o mundo", como a franquia gosta de definir as lutas em que os grandes favoritos são derrotados. E Ronda, então invicta, desabou. Primeira queda, primeira derrota, primeira perda de cinturão.
Naquela madrugada, após a luta, Dana White, o chefão do UFC, encheu a bola de Ronda: "Ela é incrível. Ronda significa muito para o UFC e para o esporte. É uma atleta incrível, amiga, parceira. Ronda é demais. Acho que é a maior estrela do UFC, mas vou te dizer que o Conor McGregor está chegando aos seus pés."
McGregor à parte, afinal, estamos falando de UFC 2017, não dá para discordar de Dana. A história de Ronda, por si só, valeria um filme. A infância, o mundo das lutas, a trajetória no MMA, enfim, o drama permeou todos os seus passos. Sua determinação e suas vitórias a colocaram no patamar de uma das - se não, "a" - melhor atleta do mundo, independentemente do esporte, e criaram o mito de "mulher mais temida do planeta".
Voltando a falar de cinturão... Ele passou de Holm para Tate. De Tate para Amanda Nunes.
E esse post pode parecer, mas não é sobre Ronda. É sobre Amanda. Sabe as frases que estão ali no começo? Bem, são da brasileira.
E é ela a campeã. E quem desafia, pasmem, é Ronda.
Talvez seja o primeiro combate na história do MMA, e gosta-se de falar muito em história quando o assunto é UFC, em que a vencedora vai chocar o mundo.
Uma vitória de Ronda a recoloca no olimpo. E tudo o que está escrito acima sobre ela, que é a mais pura verdade, será rescrito, remoído, repetido.
Agora, uma vitória de Amanda... Ela é a primeira e única brasileira campeã do UFC. Se é que é possível, vencer Ronda a coloca em um patamar que nenhuma atleta brasileira de MMA alcançou. Inatingível, inalcançável.
E mais: pode, até, antecipar uma aposentadoria de Ronda. Vai saber o que se passa na cabeça dela. Cada um tem seus fantasmas, e os dela, ao que parece, atormentam muito, muito mesmo.
Independentemente do resultado, é uma das grandes lutas do ano. Por tudo o que envolve. E, jamais esqueçamos: a campeã, até sábado, até que Ronda prove o contrário, é Amanda.
Fonte: Ricardo Zanei, do ESPN.com.br
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