GSP, a volta daquele que nunca deveria ter ido
Ele está de volta. O meio-médio mais dominante da história do UFC está pronto para fazer a sua reestreia no evento de MMA mais importante do mundo. E vai ser pelo prêmio máximo...
Georges St-Pierre vai disputar o cinturão da categoria até 84 kg contra o campeão Michael Bisping, o falastrão que “venceu” Anderson Silva no ano passado. Bisping conseguiu o cinturão dos médios após derrotar Luke Rockhold no UFC 199, em Junho de 2016.
A categoria dos médios é, hoje, uma das mais disputadas do UFC. Temos lutadores como Chris Weidman, Ronaldo Jacaré, Yoel Romero e o próprio Luke Rockhold que podem, tranquilamente, receber a chance de lutar pelo cinturão. É injusto colocar GSP à frente de todos esses que mencionei?
Não. Georges St-Pierre tem 27 lutas em seu cartel, sendo 25 vitórias e apenas 2 derrotas. O canadense não sabe o que é perder desde 2007, quando foi nocauteado por Matt Serra no UFC 69. Um ano depois, St-Pierre voltaria a enfrentar Serra e derrotaria o americano, capturando o cinturão meio-médio do UFC e nunca mais largando.
GSP defendeu o seu cinturão com sucesso nove vezes. Ele derrotou adversários como BJ Penn e Matt Hughes. Das nove defesas, oito foram por decisão (apenas uma dividida). Aí está o motivo de GSP não ser o lutador mais querido de todos. Pouco nocaute, muito controle. Para quem gosta e entende de luta, assistir a Georges St-Pierre é como ir à escola.
Poucos lutadores na história do UFC conseguiram combinar trocação, wrestling e chão tão bem como St-Pierre. É um dos maiores nomes da história do esporte, e sobre isso, não há dúvida. A respeito da luta contra Bisping, que ainda não tem data definida, mas deve acontecer em julho, tenho um pouco de medo. GSP não luta há 3 anos. A última vez que GSP pisou no octógono mais famoso do mundo para lutar foi em novembro de 2013, quando venceu Johny Hendricks e manteve o seu cinturão. Bisping, apesar de ser, como lutador, um grande falastrão, é o atual campeão da categoria e merece um pouco de respeito.
É uma luta perigosa para St-Pierre. Apesar do seu jogo metódico e muito difícil de ser defendido, a falta de ritmo pode pesar. Doa a quem doer! Quero uma aula de 5 rounds. Combinação em cima, queda e controle absoluto no chão. Luta chata? Que nada! Aula. É isso que ele faz de melhor. Só espero que ainda tenha gasolina no taque.
Por ora, seja bem-vindo de volta, GSP. Nós sentimos a sua falta.
Fonte: Ricardo Pincigher, para o ESPN.com.br
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