Por correção de planejamento, Vitória trocou aventura sul-americana por receita caseira
O Vitória foi um dos clubes que mais investiu no mercado Sul-Americano no início de 2017. Em janeiro, anunciou as contratações dos argentinos Jesus Dátolo e Leonardo Pisculichi, além do chileno Paul Pineda. Como já tinha o colombiano Sherman Cárdenas no elenco, completou o quarteto de jogadores estrangeiros para disputar a temporada.
Seis meses se passaram e a ideia de contar com uma ‘escola' diferente na Toca do Leão foi para o espaço. Dátolo, que já vive no Brasil há algum tempo, foi dispensado após sete jogos com a camisa rubro-negra - um a mais que seu conterrâneo Pisculichi, colocado à disposição do mercado pela diretoria do Vitória. Pineda, com 18 partidas e três gols, todos no Campeonato Baiano, não teve seu curto contrato renovado. Cárdenas, que veste a camisa do clube desde o ano passado, fez sete jogos em 2017 e também foi dispensado.
As investidas do Vitória no mercado sul-americano não tem dado muito certo nas últimas duas temporadas. Em 2016, além de Cárdenas, o time contou com o atacante boliviano Rodrigo Ramallo, que passou em branco com a camisa do Leão. Os dois chegaram após boas passagens do goleiro paraguaio Gatito Fernandez e do meia argentino Damian Escudero, que ajudaram o rubro-negro no retorno à Série A em 2015.
Com exceção de Pineda, que passou por clubes menores do Chile, os estrangeiros chegaram ao Vitória com currículos vencedores - inclusive com títulos da Copa Libertadores. Cárdenas foi campeão com Atlético Nacional em 2016; Dátolo, ainda jovem, faturou a taça com o Boca Juniors, em 2007; já Pisculichi, em 2015, ganhou o torneio sul-americano com o River Plate.
Sem estrangeiros no elenco, o Vitória agora se concentra no mercado nacional para reforçar o time visando a sequência do Brasileiro. Esse processo, por ironia, é comandado pelo sérvio Dejan Petkovic, que não cogita contratar gringos em curto prazo. O rubro-negro, também, baixou a média de idade com as mudanças de planejamento - os quatro sul-americanos, juntos, somavam 30 anos de média, enquanto o grupo beira os 26. Caíque Sá (25), Yago (22), Fillipe Soutto (26) e Neilton (23) foram os últimos reforços apresentados.
Com pouco tempo de adaptação e rendimentos abaixo do esperado, os estrangeiros do Vitória deixaram o torcedor decepcionado. O rubro-negro, agora, tenta mudar a receita para poder se reequilibrar na temporada. Faz, com o perdão do trocadilho, o famoso arroz com feijão.
Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
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