Gol irregular do Palmeiras na Libertadores?
Palmeiras e Guaraní jogaram nesta terça-feira, no Allianz Parque, pela segunda rodada do Grupo B da Copa Libertadores da América. A equipe brasileira venceu o jogo por 3 a 1 e com todos os seus gols sendo marcados pelo atacante Luiz Adriano.
Porém, o primeiro gol do Palmeiras, pelo texto da regra do jogo, foi irregular. O árbitro Roberto Tobar marca a falta a favor da equipe alviverde, vai aplicar cartão amarelo ao infrator do Guaraní, o Palmeiras cobra a falta rapidamente (procedimento correto de parar a bola e tocar), porém neste momento da cobrança o árbitro está de costas e ainda aplicando o cartão ao jogador defensor. Ou seja, o árbitro não autoriza o reinício, a cobrança da falta e ainda está de costas, não sabendo se a cobrança foi correta ou não.
No texto da Regra do Jogo consta quando tem que haver o som do apito, isto é, as vezes que se faz necessário o árbitro apitar no jogo, e uma delas é justamente após aplicar um cartão.
“O apito é necessário para assinalar:
• o reinício do jogo depois de uma interrupção devida a:
• um cartão amarelo ou vermelho;
• uma lesão;
• uma substituição.” – Regra do Jogo IFAB/FIFA
O que isso quer dizer? Que, como o árbitro estava ainda aplicando o cartão amarelo, ele teria que autorizar a cobrança com o apito e não o fez, desta forma não cumpriu a regra do jogo.
Outros pontos a serem considerados na jogada: a cobrança foi feita distante do local em que a infração ocorreu; árbitro de costas; antes da conclusão de Luiz Adriano há um possível toque de mão do atacante, que seria o toque acidental, porém factual pelo fato de sair o gol (este tem um grau elevado de dificuldade no campo de jogo, onde o VAR seria a solução).
Na realidade, nem sempre o texto da regra é colocado em prática no campo, os árbitros não apitam em todos os reinícios solicitados no texto da lei do jogo, como após uma substituição, por exemplo, simplesmente gesticulam com os braços autorizando as cobranças.
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A questão é que após aplicações de cartões, substituições, lesões com atendimento médico, alguns jogadores podem estar dispersos e aguardando justamente o som do apito do árbitro, que precisa autorizar o reinício de jogo. Até mesmo porque é procedimento chamar o jogador que tomará o cartão, no caso Rodrigo Fernández, e este para atender ao árbitro não vai se posicionar prontamente de forma tática.
No primeiro gol do Palmeiras, o árbitro, quando percebeu a cobrança, deveria apitar e solicitar que fosse repetida, como não o fez, deu motivos sim para a reclamação acintosa da equipe do Guaraní.
Os árbitros precisam entender qual é a essência das regras, pois há motivos para existirem e assim terão mais clareza para aplicá-las.
Fonte: Renata Ruel
Gol irregular do Palmeiras na Libertadores?
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