Tradução errada da Regra do Jogo tem feito a arbitragem do Brasil passar vergonha internacional
O futebol e a arbitragem brasileira, ou melhor, o torneio e a arbitragem da CBF viraram notícia internacional após episódios envolvendo a Série B do Brasileirão em intervalo de quatro dias nas últimas rodadas.
Tombense x Náutico foi marcado por erro de arbitragem.
O goleiro Lucas Perri, ao cobrar uma falta, escorrega, dá o primeiro toque na bola de joelho e a toca em seguida com o pé. A arbitragem em campo marca tiro livre indireto e aplica cartão amarelo por impedir um ataque promissor. O VAR sugere a revisão e o cartão é alterado para vermelho por impedir uma oportunidade clara de gol.
Entretanto, a Regra do Jogo em inglês (que é a oficial) e em espanhol também deixam claro que o reinício deve ser feito com o pontapé. Desta forma, o tiro livre deveria ter sido repetido e o goleiro não poderia ser punido.
O Náutico, em forma de protesto, deu o tiro de saída contra o Criciúma também com o joelho. Novamente a arbitragem do jogo e da CBF permitiu (de forma equivocada) que o jogo seguisse. O tiro de saída deveria ter sido repetido, já que a cobrança não foi com um pontapé.
A tradução do Livro de Regras em português está errada.
Ao invés de constar 'chute' ou 'pontapé' tem a palavra 'tocada', que muda a interpretação da regra de forma grave. E não é a primeira vez que falo sobre isso.
Em fevereiro de 2020 alertei sobre o assunto após um árbitro assistente não permitir que um jogador movesse de lugar a bandeirinha de escanteio, de forma correta pelo livro em inglês, mas novamente com a versão em português traduzindo de maneira equivocada.
Os lances dos dois jogos do Náutico se espalharam pelo mundo e é possível ver em redes sociais críticas ao que está ocorrendo no futebol e na arbitragem da CBF, que em nenhum momento se manifestou publicamente sobre o assunto, se limitando a liberar o áudio do VAR da partida diante da Tombense.
A gravação mostra o erro ao ver o toque, mas não cita ou se atenta que foi com o joelho.
Sempre vimos erros de arbitragem no futebol brasileiro. Mas equívocos como esses, que vão contra a regra do jogo, são inadmissíveis e absurdos. Wilson Seneme e a CBF estão ‘chancelando’ erros graves com o silêncio, tanto que eles aconteceram duas vezes em menos de uma semana.
Seria mais ‘bonito’ vir a público e assumir a tradução e orientação equivocadas aos árbitros do que seguir passando vergonha nacional e internacional, pois erros acontecem.
Tradução errada da Regra do Jogo tem feito a arbitragem do Brasil passar vergonha internacional
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