NBA anuncia lançamento do programa NBA Basketball School no Brasil

NBA na ESPN
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NBA lançou escola em evento em São Paulo
NBA lançou escola em evento em São Paulo Divulgação

A NBA anunciou nesta terça-feira, em evento realizado em São Paulo, o lançamento do NBA Basketball School ao Brasil, programa que vai promover o desenvolvimento da modalidade entre meninos e meninas de 9 a 17 anos, com a implantação de núcleos de escolinha de basquete com capacitação e metodologia aplicadas pela liga ao redor do mundo. A iniciativa faz parte dos esforços da liga no país, assim como as plataformas jr. nba, Americas Team Camp e Basketball Without Borders (Basquete Sem Fronteiras). A Think Marketing será a agência parceira da NBA e o número de licenças para o primeiro ano do programa (2019) é limitado a 20.

"O objetivo é inspirar os jovens, incentivar essa garotada a praticar esportes com a orientação de técnicos capacitados, dentro de uma metodologia que foi desenvolvida pela NBA e é aplicada no mundo todo com sucesso. Como o nome diz, é uma escola de basquete, um projeto de referência para preparar atletas, para lapidar talentos e apresentar valores que são fundamentais para a formação como ser humano", afirmou Rodrigo Vicentini, Head da NBA no Brasil.

O NBA Basketball School é um programa direcionado a clubes, academias, escolas e/ou entidades que já possuam equipes ou tenham o interesse em promover o basquete, com capacitação de atletas e técnicos a partir de treinamentos ministrados por instrutores da NBA. Em abril deste ano, a NBA lançou o NBA Basketball School em quatro cidades da Índia (Mumbai, Punjab, Nova Délhi e Pune) e, em 2017, já haviam sido inaugurados núcleos na Grécia e na Turquia. Mais informações sobre a NBA Basketball School no Brasil pelo site brazil.nbabasketballschool.com.

Fonte: ESPN.com.br

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NBA anuncia lançamento do programa NBA Basketball School no Brasil

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Kyrie Irving é mais uma prova de que precisamos discutir saúde mental de atletas

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

Durante a apresentação do elenco do Brooklyn Nets na sexta-feira, o armador Kyrie Irving deu um depoimento aonde explicou a grande razão para ter 'falhado' com seus ex-companheiros de Boston Celtics: a morte de seu avô.


         
    

Segundo Kyrie, ele não soube como lidar com a perda de alguém tão querido e, principalmente, não procurou terapia para saber como fazer. Sem cuidar da sua saúde mental, perdeu a alegria que sentia ao jogar basquete e, consequentemente, não conseguiu se dedicar integralmente a seus companheiros como o líder que 'deveria ter sido e falhou'.

O armador não é o primeiro - e nem deve ser o último - a falar abertamente sobre questões de saúde mental interferirem em seu jogo na NBA. Kevin Love e DeRozan já relataram problemas com depressão. Paul Pierce já afirmou que desenvolveu problemas para estar em multidões após ser esfaqueado onze vezes e jogar a temporada normalmente em 2000.

A terapia podia ter salvo a temporada de Kyrie
A terapia podia ter salvo a temporada de Kyrie Mike Lawrie/Getty Images

O que todos têm em comum? Nenhum deles fez uma pausa na temporada para se recuperar como fariam com qualquer lesão física. E questões mentais deveriam ser tratadas com a mesma seriedade das físicas.

É preciso acabar com essa cultura de que pessoas que lidam com problemas de saúde mental como a depressão são mais 'fracas' que as outras e, portanto, não tem condições de ser um atleta profissional.

Ou que quem demonstra sentimentos e vulnerabilidades é menos focado e tem menos chances de ser um grande jogador do que aqueles que, muito provavelmente, preferem esconder seus problemas em cargas excessivas de trabalho.

Precisamos parar de tratar os jogadores como robôs programados para jogarem basquete - ou futebol ou futebol americano ou qualquer esporte - e os tratarmos com o que são de verdade: seres humanos com problemas como eu, você e qualquer outro. E, não, Kyrie, você não falhou. Nós que falhamos com você.

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Stephen Curry merece estar à frente de Kobe Bryant em ranking histórico da NBA

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

Na quinta-feira, o Bleacher Report divulgou um ranking histórico da NBA em que Stephen Curry era o 10º colocado e Kobe Bryant o 14º. A presença do armador do Golden State Warriors na frente da lenda do Los Angeles Lakers causou polêmica nas redes sociais, mas não está errada.

A única coisa errada é a posição de cada um no ranking. Kobe e Curry deveriam estar no top 10, mas o jogador dos Warriors na frente do ex-Laker é o correto.

E por um motivo simples: Kobe Bryant foi um excelente jogador, mas foi uma "cópia fiel" do que já havia vindo antes, Curry foi o jogador que mais influenciou o basquete na história, além de ser o melhor arremessador de todos os tempos e um dos três melhores armadores que a liga já viu.

Steph é um dos 3 melhores PGs da história
Steph é um dos 3 melhores PGs da história Getty Images

O legado do armador dos Warriors será maior do que o deixado pelo ala dos Lakers. Antes de Steph, a NBA arremessava, no total, 52 mil bolas de três em uma temporada (números de 2015). Na última temporada, foram 78 mil arremessos de longa distância, ou seja, um aumento de 26 mil bolas desde que os Warriors foram campeões pela primeira vez sob a batuta de Curry.


         
    

O sistema de ataque do Warriors deixou sua marca pelas equipes da NBA atual e só foi possível por conta da qualidade de Curry. Pelo fato de ser o melhor arremessador de todos os tempos e, ao mesmo tempo, um jogador extremamente coletivo. Que sempre se dispôs a se sacrificar pelo sucesso da equipe, ao contrário de Kobe Bryant e sua "Mamba Mentality".

Stephen Curry é um arremessador melhor, um armador melhor, um jogador melhor e um companheiro melhor do que Kobe Bryant foi. Em uma discussão em que o nível dos jogadores é tão parelho, detalhes fazem a diferença. E Steph vence em todos os detalhes e no legado.

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Shaun Livingston merece o Hall da Fama

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco
A história de superação de Livingston merece ser celebrada
A história de superação de Livingston merece ser celebrada Getty Images

O armador Shaun Livingston, tricampeão pelo Golden State Warriors, anunciou sua aposentadoria nesta sexta-feira (13). Ao olhar para os números de sua carreira, o título desta matéria parece ridículo, mas Livingston vai além do que produziu nas quadras.

Dentro delas, conseguiu ser um excelente coadjuvante nos três títulos e nas campanhas que terminaram em cinco aparições consecutivas dos Warriors nas Finais da NBA. Mas o que coloca o armador no Hall da Fama é a sua jornada.

Selecionado na quarta posição do draft de 2004, pelo LA Clippers, Livingston era uma grande promessa do basquete que demorou para se adaptar ao nível da NBA. Quando parecia mais a vontade, uma tragédia quase interrompeu sua carreira precocemente.

Em 26 de fevereiro de 2007, os Clippers enfrentavam o Charlotte Hornets, então Bobcats, quando Livingston caiu de maneira estranha após uma bandeja errada, resultando em uma das piores lesões que a NBA já viu.


         
    

O armador lesionou praticamente todas as partes do seu joelho esquerdo, rompendo o ligamento anterior cruzado, o posterior cruzado e o menisco lateral, além de torcer o ligamento medial colateral e deslocar a patela. Foi comunicado pelos médicos que não era só sua carreira que estava em risco, mas a sua perna.

Era possível que Livingston precisasse amputar a perna esquerda após sofrer uma das lesões mais terríveis da história do esporte. A amputação não foi necessária, mas Shaun demorou cerca de quatro ou cinco meses para sequer voltar a andar.

Quando foi liberado para voltar às quadras, estava sem contrato e assinou com o Miami Heat antes de pingar por várias equipes até chegar ao Brooklyn Nets em 2014. Lá, se destacou o suficiente por uma temporada para chamar a atenção dos Warriors.

E foi em Oakland que Shaun Livingston escreveu uma das histórias de redenção mais bonitas que o basquete já viu. Mesmo sendo reserva, foi parte fundamental do sistema que encantou o mundo por cinco temporadas seguidas e conquistou três títulos.

Seu arremesso de média distância era tão certo quanto a morte ou impostos. Foi o líder que a segunda unidade dos Warriors precisava para funcionar e manter a equipe viva nos grandes jogos.

Shaun Livingston chegou perto de perder uma perna, voltou, lutou por seu espaço em oito franquias diferentes e encerrou a carreira como peça fundamental de uma dinastia. A história da recuperação por si só merece uma vaga no Hall da Fama. Livingston transcendeu o basquetebol.

Fonte: Guilherme Sacco

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Jogou como nunca, perdeu como sempre

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco
Felício tenta pontuar diante dos Estados Unidos
Felício tenta pontuar diante dos Estados Unidos Getty Images

Na manhã desta segunda-feira (9), o Brasil encerrou mais uma participação na Copa do Mundo de basquete. A derrota por 89 a 73 para os Estados Unidos finalizou uma campanha que, na realidade, tinha sido encerrada após o vexame diante da República Tcheca.

Na madrugada de sábado para domingo, o Brasil jogava a vida no Mundial e a classificação para as quartas de final. Depois de uma primeira fase perfeita, em que havia vencido a Grécia de Giannis Antetokounmpo, atual MVP da NBA, esperava-se mais da seleção.

Na hora mais importante, no jogo que valia o campeonato - ganhar dos EUA era uma ilusão que nem nos maiores sonhos - tivemos a nossa pior atuação. Um time desligado, que cometeu erros bobos, perdeu bolas fáceis e se perdeu no nervosismo. Que não achou uma maneira de diminuir o impacto do armador Tomas Satoransky e não só perdeu como passou vergonha. Foi derrotado por 93 a 71.


         
    

Uma margem de vinte e dois pontos. E o Brasil acabou indo embora para casa por conta do saldo de pontos. Jogou como nunca, fez a gente se emocionar com a vitória sobre a Grécia, criou esperança e perdeu como sempre.

Agora somos obrigados a ver os argentinos cantando que "quem não salta, não vai para o Japão" e com razão. Apenas um milagre no Pré-Olímpico coloca a seleção em Tóquio-2020. E a Argentina, com um time bem inferior, curte mais uma vaga e mais uma mata-mata de Mundial.

O basquete brasileiro não pode viver de vitórias pontuais. O torcedor merece mais. E nós temos capacidade de entregar mais. O que não se organiza, não vai para a Olimpíada.

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A 'missão Antetokounmpo' e a hora de Bruno Caboclo; como Brasil segurou MVP da NBA e venceu a Grécia

Pedro Suaide
Pedro Suaide

Two years away from being two years away.

Quando Bruno Caboclo foi escolhido na 20ª posição do Draft de 2014, pelo Toronto Raptors, John Fraschilla, comentarista nos EUA, falou essa frase, grudou no brasileiro e nunca mais eles se separaram. 

Ele estava a dois anos de distância para estar a dois anos de distância de estar pronto. O que o time do Canadá fazia selecionando um garoto franzino de 19 anos que estava longe de estar pronto? Que havia se destacado apenas na Liga de Desenvolvimento de Basquete pelo Pinheiros?

Um ano antes, em 2013, o Milwaukee Bucks selecionou um garoto franzino de 19 anos na 15ª escolha do Draft. Entretanto, esse era grego e chamou atenção após jogar pelo Filathlitikos.

Masai Ujiri, cérebro por trás do título dos Raptors na última temporada, viu em Caboclo e apostou. A franquia aguentou bons anos sem ele estar pronto e acabou deixando o brasileiro sair. Ele passou rapidamente pelo Sacramento Kings e pintou no Memphis Grizzlies, onde prova que, cinco anos após ser draftado (parece que Fraschilla errou as contas em um ano).

Giannis teve um impacto imediato. Entrou na liga e em sua primeira temporada jogou 77 jogos - 23 como titular. Suas médias eram baixas, mas tudo dentro do esperado. Seus números foram crescendo, até que em 2017 foi eleito o jogador que mais evoluiu na NBA e em 2019 conquistou o prêmio de MVP.

Bruno Caboclo disputa com Giannis Antetokounmpo
Bruno Caboclo disputa com Giannis Antetokounmpo Getty Images

Caboclo não evoluiu tanto, mas se encontrou em Memphis, com um time de garotos e sem pressão. Pelos Grizzlies, apenas em 2019, jogou 34 partidas - 19 como titular, e mostrou tudo o que a NBA quer ver. Atleticismo, precisão, velocidade, versatilidade. Com isso, ganhou mais anos de contrato naquele ambiente perfeito: uma cidade que o abraçou, um time ainda sem pressão e ótimos (e jovens) companheiros de equipe - Jaren Jackson Jr., Ja Morant e Brandon Clarke, por exemplo. Agora é ver todos crescendo juntos.

Chegou 2019, chegou o Mundial. Caboclo e Giannis, cada um no seu patamar, vivem ótimos momentos.

Aleksandar Petrovic também sabia disso, e há tempos fala que sabia como marcar Giannis. Seria a 'Missão Antetokounmpo'. 

Missão muito bem executada. Giannis foi praticamente nulo, e o treinador grego sequer conseguiu fazer as jogadas finais passarem por ele. Quando ele foi buscado na ponte aérea que seria decisiva, Caboclo, com seus 2,31 metros de envergadura (10 cm a mais que o MVP), interceptou a jogada.

Antetokounmpo terminou com 13 pontos e foi expulso com 5 faltas, claramente irritado - muito pela tática brasileira: marcação forte, faltas nele e garrafão fechado. Minado, o craque ficou apenas 28 dos 40 minutos em quadra, sendo ausência em boa parte da virada brasileira.

Com ele fora e o garrafão grego menos poderoso, o Brasil conseguiu dominar o jogo perto da cesta em partida sensacional de Anderson Varejão. No total, foram 46 pontos brasileiros na área pintada, contra apenas 28 gregos.

Caboclo, jogando na posição 4, foi o cara na defesa. Dividiu a marcação de Giannis com o incansável Alex e decidiu o jogo nas últimas posses defensivas, interceptando a ponte aérea e limpando o aro para a vitória.

No ataque, foi um incrível facilitador. Com seus 2,06 metros (cinco cm a menos que Giannis), espaçou a quadra para Varejão deitar e rolar no garrafão saindo dos bloqueios que fazia. Quando a bola de três sobrou, ele acertou duas de três tentadas. 

Assim o Brasil parou o MVP e venceu a favorita Grécia. E Bruno Caboclo mostrou que, finalmente, está pronto.

Fonte: Pedro Suaide

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James Harden, 30 anos: a celebração de um dos maiores de todos os tempos

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

Esqueça as narrativas, foque no jogador. James Harden é um dos melhores jogadores da história do basquete. O camisa 13 é uma das armas ofensivas mais dinâmicas que esse esporte já viu. 

E é o terceiro melhor ala-armador da história, atrás apenas de Michael Jordan e Kobe Bryant. 

Na isolação, é o jogador mais efetivo da NBA atual, justamente por ser tão dinâmico. É capaz de atingir o adversário com dribles hipnotizantes e consegue pontuar de qualquer lugar.

É uma ameaça com seu característico step back para três de qualquer lugar da quadra. É um dos melhores infiltrando e finalizando ao redor do aro, além de ser o melhor na hora de criar contato e ir para a linha de lance livre.

Não satisfeito, é um dos melhores armadores que esse jogo já viu. Quando infiltra e percebe que a defesa colapsou para tentar pará-lo, acha qualquer arremessador no perímetro. 

James Harden completa 30 anos nesta segunda!
James Harden completa 30 anos nesta segunda! Getty Images

Quando faz o pick and roll e percebe que a defesa irá dobrar, faz a ponte aérea como poucos e ainda tem capacidade de fazer um passe picado por baixo das pernas do defensor. 

Harden é imparável e consegue números absurdos porque é um jogador absurdo, quase que no sentido literal da palavra. Não a toa terminou a última temporada com incríveis médias de 36 pontos e 7,5 assistências por jogo. Conseguiu dois jogos de 61 pontos e mais sete jogos de 50+ pontos. 

Neste 26 de agosto, em que James Harden completa 30 anos, esqueça a narrativa que insiste em transformá-lo no grande vilão da liga ou os vídeos de três segundos de uma jogada isolada que insistem em rotular o seu estilo de jogo e aprecie. 

Aprecie um dos maiores de todos os tempos e que só precisa de um anel para ser unanimidade. 

Nota do editor: se você considera Harden um armador pelas últimas temporadas, ele também está no top 5 da história.


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Parabéns, Everaldo! Relembre três narrações marcantes do narrador que faz aniversário

ESPN League
ESPN League

Neste dia 29 de julho, o nosso narrador Everaldo Marques completa 41 anos de idade! Para comemorar, separamos três narrações marcantes que provam que o Everaldo é RI-DÍ-CU-LO!


Nas Finais da NBA de 2014, o Miami Heat estava perdendo a série por 3 a 2 para o San Antonio Spurs e via o rival texano muito próximo do título. Foi quando Ray Allen entrou em ação e salvou a equipe, que venceria a série na sétima partida. Everaldo narrou assim:


Em 2016, o Cleveland Cavaliers se tornaria o primeiro time da história da NBA a virar uma série de final após estar perdendo por 3 a 1. No Jogo 7 diante do Golden State Warriors, LeBron James deu um toco em Iguodala que entrou para a história da liga!

Por fim, um jogo de temporada regular que não prometia muito, mas acabou tirando uma das melhores narrações de Everaldo. Em Golden State Warriors x Utah Jazz, Curry aprontou das suas, acertou um arremesso do meio da quadra e levou Evê e Bulga a loucura!


         
    
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Onze garotos que melhor aproveitaram a Summer League da NBA e mostraram seu valor

Pedro Suaide
Pedro Suaide

Para salvar ajudar em nossa necessidade de NBA, a Summer League veio e encantou nossos corações. 

Foram quase duas semanas de jogos com centenas de garotos tentando se provar para merecer uma chance na liga 'dos adultos'. 

Aqui, então, estão os onze jogadores que me encheram os olhos: 

Nickeil Alexander-Walker - Pelicans

[]

24,3 pontos / 6 assistências / 4,8 rebotes / 2,8 roubos de bola 

Finalização com as duas mãos, arremesso de fora, visão de jogo, intensidade defensiva: o ala/armador dos Pelicans mostrou todas essas coisas durante a Summer League, isso jogando predominantemente como o armador da equipe, algo com o qual não estava acostumado. 

Jogador que mais teve a bola em mãos durante os jogos, deixou seu potencial em evidência e soube muito bem dar ritmo às jogadas. Décima-sétima escolha do Draft, pode já aparecer na rotação do jovem time de New Orleans - e com muito mérito. 

Brandon Clarke – Grizzlies

14,7 pontos / 9,8 rebotes / 2,0 assistências / 1,8 toco 

Quando ele caiu até a 21ª posição do draft, o espanto foi geral. A temporada que o ala/pivô teve em Gonzaga foi animadora, e sua Summer League provou que ele merecia ter escolhido antes. Para a sorte dos Grizzlies, não foi. Foi campeão do torneio, com ótima atuação na final, e ainda coroado MVP. 

O gigante dominou o garrafão e mandou em todas as suas partidas. Extremamente atlético, é rápido e inteligente. Em pouco tempo deve ser titular do time de Memphis ao lado de Jaren Jackson Jr. 

Veja os melhores momentos da grande final:

Tyler Herro – Heat

19,8 pontos / 4,5 rebotes / 4,3 assistências / 1,5 roubo 

Aposta do Heat na 13ª escolha do draft, Herro foi um dos melhores pontuadores da Summer League. Com uma mão calibradíssima, mostrou que arremessa com muita velocidade e até ultrapassou as expectativas de quem o viu jogar por Kentucky. 

Além do arremesso, chamou atenção por ter um controle muito bom de seus pés, inclusive com um 'primeiro passo' extremamente agressivo. Também já deve ter seu espaço em Miami desde o começo da temporada. 

Lonnie Walker IV – Spurs

24,8 pontos / 5,8 rebotes / 1,3 roubo

 Draftado em 2018, jogou apenas 17 partidas na última temporada, com média de 6,9 minutos por jogo. Após essa Summer League, mostrou que merece mais minutos de Gregg Popovich. 

Muito além do bom defensor que ele já mostrava ser, apresentou um arsenal ofensivo muito importante. Conseguiu criar arremessos para ele mesmo e se provar como um cara que pode ser o líder do time. Devemos vê-lo cada vez mais em quadra. 

Carsen Edwards – Celtics

[]

19,4 pontos / 3,8 rebotes / 21/45 (46,6%) 3pt 

Apenas a 33ª escolha do draft, Edwards mostrou o que já havíamos visto em Purdue: ele arremessa de qualquer lugar - e com eficiência.

 O armador dos Celtics, numa NBA que cada vez arremessa mais dos três pontos, deixou claro que tem seu espaço. Tanto é que o time de Boston já o presenteou com um contrato de quatro anos. 

Kendrick Nunn – Heat

21 pontos / 6,3 assistências / 5 rebotes / 1,5 roubo / 55% FG 

Nunn não foi draftado em 2018 e passou a temporada jogando na G-League com o Santa Cruz Warriors. Um ano depois, está mostrando que merece uma chance na NBA.

 No bom time do Miami Heat, foi mortal ao lado de Tyler Herro. Mostrou muita rapidez e um arremesso com alto potencial. Além disso, parece ter bastante noção de espaço, o que pode transformá-lo num bom passador. 

Jaxson Hayes – Pelicans

16,3 pontos / 7,3 rebotes / 1,3 toco 

Pivô selecionado para fazer o 'garrafão do futuro' ao lado de Zion Williamson, Hayes superou as expectativas na Summer League, e pode já ser o presente do time.

 Muito atleticismo - no ataque e na defesa -, inteligência e domínio do garrafão. Se mostrou um grande jogador agora, mas o que mais empolga é o fato de ser evidente o potencial de crescimento. Tem um arremesso bom (que deve seguir evoluindo) e muita intensidade. Pode se tornar, pelo menos, numa máquina de highlights. 

Rui Hachimura – Wizards

[]

19,3 pontos / 7 rebotes / 1,7 toco 

Para muitos, o japonês foi escolhido 'muito cedo' no draft, sendo o 9º geral. Nessa Summer League, começou a provar o contrário.

 Hachimura, ainda muito cru, pode se tornar um jogador completo. Arremessa, infiltra, tem noção de posicionamento e parece disposto a aprender. Como primeira opção no ataque, foi bem e correspondeu com boas pontuações. 

RJ Barrett – Knicks

15,4 pontos / 8,6 rebotes / 4,2 assistências

 A terceira escolha do draft foi a mais alta a mostrar seu basquete na Summer League (Zion jogou apenas minutos, e Ja Morant sequer entrou em quara). Após um começo em primeira marcha, mostrando mais suas deficiências, como o arremesso de três pontos inconsistente e o baixo aproveitamento, deu a volta por cima.

 Como um todo, mostrou o que já se esperava dele: infiltração muito boa, velocidade e muita agressividade em direção à cesta. Tem momentos em que se mostra também um ótimo passador, e ainda tem um bom potencial defensivo. Deve começar a temporada como titular.

Coby White – Bulls

15 pontos / 5,6 rebotes / 4,8 assistências / 1,4 roubo

 A escolha de primeira rodada dos Bulls teve sofreu um pouco arremessando a bola, mas mostrou várias habilidades que o fazem digno de sua posição no draft. Muito veloz e com uma ótima visão de quadra, é um armador moderno e com muita personalidade.

 Provavelmente começará a temporada vindo do banco de reservas, mas deve, durante a temporada, roubar a posição de Kris Dunn. 

Ignas Brazdeikis – Knicks

[]

15,4 pontos / 5,2 rebotes / 51% FG 

Escolha de número 47 do draft, Brazdeikis foi um acerto dos Knicks. O ala mostrou muita versatilidade e preparação para o basquete que a NBA joga hoje em dia. Ótimo arremesso de média e longa distância e inteligência para infiltrar.

 Chegou a ter uma gigante atuação de 30 pontos, a primeira de tal marca na competição, contra os Suns. Num time novo como o de Nova Iorque, pode ganhar seus minutos na rotação.

 Menções Honrosas (alguns já são melhores do que o nível da competição, outros não mostraram tanto)

Chris Boucher – Raptors

23 pontos / 9,8 rebotes / 1,3 toco

Atual campeão da NBA, Boucher chegou a jogar em duas partidas das Finais do Leste, contra os Bucks, na última temporada. Após a saída de Kawhi, mostrou que pode produzir mais, e deve receber cada vez mais espaço em Toronto.

Mitchell Robinson – Knicks

13,8 pontos / 10,6 rebotes / 3,4 tocos 

Robinson teve uma temporada ótima como calouro dos Knicks, e sua Summer League foi um marco. Enalteceu seus pontos positivos (receber pontes aéreas, pegar rebotes e dar tocos), mas também mostrou que tem muito a melhorar (muito afobado, arremesso não confiável). Deve começar a temporada como titular.

Jarrett Allen – Nets

[]

16,4 pontos / 10,6 rebotes / 2,2 tocos

 O pivô já mostrou do que é capaz na NBA, então era de se esperar que brilhasse na Summer League... e assim foi. Defensivamente e nos rebotes, é um monstro. Ofensivamente, usou o torneio para melhorar, o que é preciso.

Anfernee Simons – Blazers

22 pontos / 4,3 rebotes / 1 roubo

 Simons jogou 20 partidas na última temporada pelos Blazers, e mostrou lapsos do que era capaz. Na Summer League, provou que pode ser um grande pontuador, arremessando de qualquer lugar da quadra, mas precisa melhorar sua defesa e seu repertório ofensivo. 

Daniel Gafford – Bulls

13,8 pontos / 7,8 rebotes / 2,8 tocos 

Escolha de segunda rodada dos Bulls, Gafford foi muito bem na dobradinha com Coby White, completando várias pontes aéreas. Surpreendeu por ser 'completo', apesar de ainda muito cru. Pode ganhar minutos na temporada, principalmente num time como o de Chicago.

Naz Reid – Timberwolves

11,9 pontos / 5,4 rebotes / 2 assistências 

Pivô de LSU que não foi draftado, Reid mostrou nessa Summer League que merece, ao menos, uma chance. Na semifinal, dominou o garrafão contra Jarrett Allen e foi 'o cara' que colocou os Wolves na final. Defensivamente, tem um potencial imenso.

Pablo Prigioni – Timberwolves 

[]

Ex-jogador da NBA, Prigioni teve sua primeira oportunidade como treinador, e foi muito bem. Montou uma equipe muito bem equilibrada e com uma defesa sensacional, inclusive usando zona. Durante a temporada, será auxiliar de Ryan Saunders.

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Onze garotos que melhor aproveitaram a Summer League da NBA e mostraram seu valor

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Por que Russell Westbrook no Houston Rockets faz sentido

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

De princípio, não parece. A reação imediata das pessoas foi pensar "o Houston Rockets vai jogar com duas bolas?" ou, então, "Russell Westbrook não arremessa de fora, não vai se encaixar". Mas Westbrook em Houston faz sentido. Pra todo mundo. Pra ele, pra equipe e pra James Harden.

Pra início de conversa, Chris Paul não queria mais estar no Texas. As notícias são de que ele e Harden haviam brigado feio depois da eliminação para o Golden State Warriors na última temporada e Paul não aguentava mais olhar na cara de James. CP3 precisava ir.

Com um contrato gigante, os Rockets só seriam capaz de movê-lo por outro contrato gigante. Westbrook estava insatisfeito com a saída de Paul George e queria abandonar o barco em Oklahoma. Era a oportunidade.

Mas, além da questão extra quadra, a opção faz sentido dentro de quadra. O grande problema dos Rockets na pós temporada do ano passado foi ter alguém que dividisse a carga ofensiva com Harden na hora de fechar as partidas.

Chris Paul deveria ser esse cara, mas o que já foi um dos melhores, quiçá o melhor, armadores da liga, hoje é um jogador que tem dificuldade para pontuar isolado contra nomes como Jonas Jerebko, como foi na série contra os Warriors.

Harden e Westbrook voltarão a ser companheiros de equipe
Harden e Westbrook voltarão a ser companheiros de equipe Getty Images

Com isso, Harden ficava sobrecarregado e a defesa de Golden State sequer hesitava na hora de dobrar no camisa 13. Com Westbrook, a história será diferente. 

Russell não é um dos pontuadores mais eficientes da liga, para ficar em um eufemismo, mas é uma das grandes ameaças ofensivas da NBA quando ataca o aro. E tem capacidade de bater qualquer defensor na isolação.

A presença de Westbrook fará com que as defesas não se sintam tão seguras na hora de dobrar em Harden e tirá-lo completamente dos finais das partidas. Já é uma vitória para Houston.

Além disso, Westbrook não é um arremessador nato e gosta de jogar com a bola na mão, mas já demonstrou em outras oportunidades que pode ser apenas o segundo cestinha de uma equipe, como foi com Durant em Oklahoma.

Em Houston, o espaçamento proporcionado pelo arsenal de chutadores da equipe lhe dará espaço para brilhar nas infiltrações. Na hora de atacar o aro, fazer a defesa entrar em colapso e ou pontuar ou soltar a bola para um arremessador livre na zona morta.

Westbrook era a melhor opção de mercado para Daryl Morey e o Houston Rockets. Os Rockets eram a melhor opção para Russ. Bem vindos ao tiroteio do Velho Oeste, que será insano.

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Nunca duvide de LeBron James: os dois melhores times da NBA estão em Los Angeles

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

Depois da chegada de Kawhi Leonard e Paul George ao LA Clippers, virou quase unanimidade que a equipe é a principal favorita ao título da próxima temporada da NBA, que será equilibrada como não se via há tempos. O time que levou o Golden State Warriors, com todos os jogadores saudáveis, ao sexto jogo trocou Shai Gilgeous-Alexander e Danilo Gallinari pelo atual MVP das Finais e um jogador com calibre de MVP de temporada. Sem dúvidas, favorito.

O problema, porém, está em como essa movimentação fez as pessoas olharem o outro lado da cidade. O Los Angeles Lakers estava na expectativa de assinar com Kawhi, montar um super time praticamente imbatível e dominar a liga. Quando viu o ala ir para seu 'primo pobre', a frustração tomou conta. Mas os Lakers souberam compensar da maneira correta.

Não veio nenhuma terceira estrela como poderia ter sido com D'Angelo Russell, caso a franquia tivesse desistido mais cedo de Kawhi e priorizado outro jogador, mas Jeanie Buss e Rob Pelinka agiram da maneira correta: montaram um elenco ao redor de LeBron James e Anthony Davis. 

DeMarcus Cousins, Rajon Rondo, Danny Green, Jared Dudley, Avery Bradley, Kyle Kuzma. Nenhum desses nomes salta aos olhos, nem mesmo Cousins, mas são todos nomes sólidos para ajudarem dois dos sete melhores jogadores da liga.

Kuzma, AD e LeBron: os Lakers estão em ótimas mãos
Kuzma, AD e LeBron: os Lakers estão em ótimas mãos Getty Images

Sim, LeBron James e Anthony Davis formam uma dupla com dois dos sete melhores jogadores do mundo. E parece que as pessoas estão se esquecendo deste fato. Mesmo com 34 anos, LeBron ainda é o jogador mais dominante do mundo. Em uma temporada "ruim", o ala terminou com 27.4 pontos, 8.3 assistências e 8.5 rebotes de média por jogo. E, agora, ele vem extremamente motivado para recuperar o trono de Rei da NBA

Anthony Davis conviveu com problemas de lesões e de química no vestiário. Terminou a temporada com 26 pontos, 12 rebotes e 2,4 tocos por jogo. É um dos pivôs mais dominantes, se não for o mais, da liga. Consegue pontuar dentro do garrafão e fora. Pode armar o jogo do poste baixo e defende como poucos, sendo um dos melhores protetores de aro da liga. 

Na temporada passada o grande problema dos Lakers, além das lesões, foi a falta de alguém que pudesse dividir a responsabilidade de carregar o time com LeBron e a falta de arremessadores que abrissem a quadra para o camisa 23 (que voltará ao número 6) brilhar. Para 2019/2020, o cenário é outro. Não se enganem pela decepção de não conseguir Kawhi, o Los Angeles Lakers vem muito forte para a próxima temporada e o "clássico da Califórnia" colocará frente a frente as duas melhores equipes da liga.

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Nunca duvide de LeBron James: os dois melhores times da NBA estão em Los Angeles

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'Kawhi Watch': o grande tiro no pé de Toronto

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

A espera pela decisão de Kawhi Leonard toma conta da NBA. Nesta quarta-feira, estamos presenciando mais um capítulo da novela. E um dos mais surreais até agora.

No começo do dia, saiu a primeira informação. Um jatinho chegou em Toronto e dele saíram três pessoas, uma delas com um toalha na cabeça e elas entraram em dois carros pretos. Em instantes, a teoria era de que Kawhi iria se reunir com a diretoria do Toronto Raptors em um hotel na cidade.

Imediatamente, um helicóptero da televisão local começou a filmar o caminho dos carros e transmitir em tempo real, no melhor estilo "perseguição de OJ Simpson".

Pelas redes sociais, a hashtag #KawhiWatch (observatório Kawhi) começou a ganhar os tópicos em Toronto e no mundo. Pessoas foram às ruas atrás de informações e confirmações. Outras foram para a porta do hotel aonde estava acontecendo a suposta reunião para "demonstrar amor" e pedir para Kawhi ficar, apelando para o emocional.

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O problema, porém, é que isso poderia funcionar para a maioria das pessoas. Mas Kawhi não é todo mundo. Ele nunca foi conhecido por gostar da mídia, de ter um helicóptero perseguindo cada passo seu, muito pelo contrário.

Sempre foi conhecido por ser um dos jogadores mais "low profile" da liga. Que pouco aparece na mídia, que não se veste com a roupa mais cara e nem anda no carro do ano. Que quase não utiliza redes sociais - seu Twitter tem, literalmente, quatros postagens. E foi criado em 2014.

Se por acaso Kawhi realmente escolha por não continuar em Toronto, provavelmente lembraremos deste dia 3 de julho de 2019 como o dia que sacramentou sua decisão. O que era para ser uma prova de amor, pode ter sido o maior tiro no pé que uma cidade deu em sua própria franquia.

Kawhi não quer os holofotes, não quer as pessoas na rua atrapalhando suas reuniões, não quer ser perseguido pela televisão. O homem dos rebotes vence, não aparece.

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Como os Hawks estão seguindo a fórmula do sucesso e tentando virar os Warriors 2.0

Pedro Suaide
Pedro Suaide

O Golden State Warriors alcançou o patamar de dinastia não só pelos três títulos em quatro anos e pelas cinco finais seguidas: são dinastia por também serem referência.  E por isso são copiados (e quando eu falar copiados durante o texto não leve como algo ruim).

Sem vergonha, que realmente não tem motivo para existir, o Atlanta Hawks desenha um time para seu futuro se baseando no time de Steve Kerr. As escolhas de draft dos últimos anos copia as características dos craques que fizeram (e ainda fazem) história pelos Warriors.

O Cara

Os Warriors se tornaram o que se tornaram jogando em função de Stephen Curry. Os Hawks, então, jogam em função de Trae Young.

Quando avistaram o jovem armador na universidade de Oklahoma, sabiam que era ele. Arremessa de qualquer lugar da quadra, tem visão de jogo e se comporta 'como Curry'. Em sua primeira temporada em Atlanta, já provou que seu jogo também funciona na NBA, e ainda tem muito a evoluir. 

Focados nele, até trocaram sua escolha de primeira rodada do draft de 2018, a 3ª geral, pela 5ª, dos Mavericks - que pegaram Luka Doncic. Além de Trae, eles pegaram a escolha desse ano de Dallas no negócio, que se tornou Cam Reddish, na 10ª posição.

Com Trae como peça central, os Hawks precisavam montar o time e a cultura ao seu redor. E assim fizeram.

O Splash BROTHER

Curry precisa de Klay. Trae precisa de Huerter. Hoje pode realmente parecer loucura comparar Klay Thompson com Kevin Huerter, ainda anônimo para muitos, mas o potencial para ser o complemento perfeito para um armador como Trae existe.

Klay entrou na liga em 2011, na 11ª escolha. Em sua primeira temporada, com 21 anos, teve média de 1,7 cesta de três pontos por jogo, acertando 41,4% de seus arremessos longos.

Huerter foi a 19ª escolha do draft de 2018, entrando na NBA com 19 anos. Em sua primeira temporada, acertou 1,8 arremesso de três pontos por jogo, convertendo 38,5% de seus arremessos longos.

Klay, com o passar do tempo, se tornou um dos melhores arremessadores da história, com aproveitamento sempre superior a 40% nos arremessos dos três pontos. Kevin Huerter tem o potencial para isso, pelo bom arremesso que já tem e pelo corpo parecido ao de Thompson - alto para um ala armador, com 2,01 metros. E, de qualquer jeito, mesmo que Huerter não se torne um Klay, pode ser ainda assim um ótimo arremessador.

O Elenco de Apoio

Os Warriors têm em Draymond Green um jogador possivelmente impossível de se achar igual. Reboteiro, ótimo passador, inteligente e capitão na defesa. Entretanto, na medida do possível, os Hawks desenham em John Collins um protótipo de Green.

O garoto de Atlanta é melhor do que Draymond em algumas coisas bem importantes para o estilo de jogo que o time pretende ter: arremesso de três pontos e explosão. Entretanto, deixa a desejar na defesa e na visão de jogo, ainda não podendo ser o armador que Dray é nos Warriors.

De qualquer modo, John Collins é peça fundamental: é o homem de garrafão, rápido, forte e com um teto alto, ainda se desenvolvendo como jogador.

Quando esses Warriors 'começaram', Harrison Barnes foi essencial. Um ala que sabe chutar dos três pontos, defende bem e faz um pouco de tudo. Por isso, os Hawks fizeram questão de trocar algumas escolhas de draft de 2019 para pegar a 4ª escolha e selecionar De'Andre Hunter, ala campeão universitário por Virginia: exatamente quem eles queriam.

Com a 10ª escolha do mesmo draft, também não titubaram: Cam Reddish. Ala com um arremesso longo maravilhoso e com alto potencial defensivo. Assim como feito com Trae Young e Kevin Huerter em 2018, e De'Andre Hunter em 2019, foram certeiros nos jogadores que queriam e precisavam no draft. Reddish é uma peça muito importante para esse sistema de jogo: sabe espaçar a quadra e abrir caminhos para Trae Young carregar a bola. Quando receber os passes, tem tudo para ser mortal dos três pontos.

Ou seja, os Hawks, assim como os Warriors, escolheram um cara para ser seu ponto principal (um armador rápido, habilidoso e espetacular dos três pontos), e o rodearam com jogadores altos e fortes, que sabem chutar dos três pontos, em todas as outras posições de quadra.

Fora de Quadra

Seguir os passos copiando os jogadores não é suficiente. Os Warriors são uma mentalidade, e os Hawks sabem disso.

Assim sendo, seu treinador, Lloyd Pierce, que chegou em Atlanta em 2018, "curiosamente" foi assistente técnico de Golden State em 2010 e 2011, quando a franquia desenvolvia sua dinastia.

Travis Schlenk é o General Manager dos Hawks, ou seja, o manda-chuva do basquete por lá desde 2017. Em 2004, Schlenk chegou em Oakland para ser olheiro de vídeos do Golden State Warriors. Por lá ficou até 2017, quando já era assistênte de General Manager.

Os Hawks ainda foram além e trouxeram mais gente, como Chelsea Lane, fisioterapeuta que cuidou de Curry e cia em suas lesões, e assistentes como  Michael Irr e Larry Riley. Um terço da equipe de treino dos Hawks já passou pelos Warriors.

Se vai dar certo? O futuro dirá. E, dando ou não, nunca é tarde para buscar um Kevin Durant por aí... 


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Jimmy Butler tomou a decisão mais corajosa possivel; agora o Miami Heat tem obrigação de ajudá-lo

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

Jimmy Butler era um dos jogadores mais disputados da agência livre da NBA. Podia ter renovado com o  Philadelphia 76ers, formado um 'super trio' com James Harden e Chris Paul no Houston Rockets. Até mesmo se juntado a LeBron James e Anthony Davis no Los Angeles Lakers.

Todas possibilidades reais que lhe fariam brigar pelo título já na temporada 2019/2020. Mas Jimmy queria mais. Queria ser o cara de um time que briga pelo título, mais ou menos como Kawhi no Toronto Raptors da última temporada. Por isso, optou pelo Miami Heat.

Na Flórida, será o líder e melhor jogador da equipe. Mais do que isso, será responsável por manter o legado de Dwyane Wade - ambos jogaram em Marquette na faculdade.

Jimmy Butler acertou com o Miami Heat
Jimmy Butler acertou com o Miami Heat Getty Images

Butler tomou a decisão mais corajosa da agência livre e agora terá pela frente o caminho mais difícil. E vai precisar da ajuda de Pat Riley e Erik Spoelstra.
O primeiro passo parece ter sido dado com a saída de Hassan Whiteside para o Portland Trail Blazers, mas não basta.

O Heat precisa, antes de mais nada, dar liberdade para Bam Adebayo. Selecionado em 2017, o pivô é bastante promissor e sempre teve sua evolução freada por Whiteside. Sem a concorrência,  Adebayo tem que ser utilizado como segunda opção de ataque já nesta temporada.

Além de liberar Adebayo da coleira, Pat e Spoelstra precisam garantir que Jimmy esteja cercado de bons arremessadores. Capacidade de carregar a bola e armar o jogo, Butler oferece e isso não deve ser problema. Mas, para poder ter espaço para brilhar, Jimmy precisa de ameaças reais ao seu lado que preocupem a defesa adversária, coisa que o Heat sentiu falta na última temporada.

E, por fim, Spoelstra precisa deixar Jimmy Butler ser Jimmy Butler. Mas pra quem já treinou LeBron James e foi, até hoje, quem o melhor fez, isso deve ser fichinha...

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Esqueça Nets, Durant, Warriors, Kyrie, Lakers... Por que essa é a imagem que pode mudar o rumo da NBA nos próximos anos

Pedro Suaide
Pedro Suaide

Em poucas horas, o mundo da NBA virou de cabeça para baixo. Mesmo antes de o mercado abrir, Kyrie Irving e Kevin Durant já estavam a caminho do Brooklyn Nets.

As horas seguintes foram insanas, como esperado, e com méritos, os Nets foram exaltados - afinal, agora eles têm Durant e Kyrie - e a discussão se eles realmente conseguirão um título desse jeito fica para outro dia.

Entretanto, nesta segunda-feira, Zion Williamson assinou seu contrato com o New Orleans Pelicans, apenas oficializando sua escolha como número 1 do Draft de 2019. E, mais do que Durant, Kyrie ou seja lá quem for, essa é a imagem que pode mudar o futuro da NBA.

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Zion é um fenômeno. Parte, obviamente, por ser ainda uma incógnita, algo nada certeiro. Entretanto, muito é pelo potencial nunca visto. Uma junção de velocidade, impulsão, força e habilidade que a NBA ainda não entendeu até onde pode chegar.

Entretanto, há razões para acreditar que sua chegada mude a NBA mais do que qualquer outro acontecimento nessa intertemporada.

O primeiro motivo é o seguinte: há um bom tempo a NBA não apresenta um panorama tão aberto quanto atualmente.


Os Warriors foram desmontados, e sem eles, existe competitividade. Os Lakers juntaram LeBron James e Anthony Davis, mas ainda não têm um time. Mesmo que Kawhi Leonard chegue, isso pode garantir uma hegemonia por quanto tempo? Algo perto de três anos, pensando na idade de LeBron e nos recorrentes problemas físicos de Kawhi e AD. Isso não é uma crítica ao que eles estão fazendo: se conseguirem juntar as três estrelas, é bem possível que vençam um título ou mais.

Mas estou falando de futuro. Cinco anos para mais. Zion é o nome da próxima geração da NBA e ainda tem 18 anos. E esse é o segundo motivo.

A NBA é uma liga de jogadores, não de times. Exemplo? O Heat chegou a quatro finais seguidas, os Cavs também. Mas foi LeBron James quem chegou a 8 finais seguidas.


LeBron, Durant, Curry, Kawhi, Harden... Em cinco anos, alguns desses já estarão aposentados, outros provavelmente na parte baixa da carreira. 

E quem faz parte da geração que já está pronta? Giannis Antetokounmpo, Joel Embiid, Nikola Jokic. E a nova geração é de Luka Doncic, Zion Williamson e outros que ainda precisam mostrar potencial para isso - potencial que Zion, sem sequer jogar na NBA, já mostrou. Se vai virar, é outra história.

Em poucos anos, Zion pode ser um dos grandes nomes do 'presente' da liga, e isso por si só é suficiente para colocar ele e seu time como concorrentes ao título. E o último motivo é exatamente o que vai ajudar ele a se tornar uma estrela.


Os Pelicans foram perfeitos no mercado. Enquanto todos os holofotes procuravam o Brooklyn, New Orleans viu JJ Redick, Nicolo Melli e Derrick Favors chegarem. Dois jogadores com experiência na NBA e 'casca' para serem mentores de Zion, além de um atleta um consagrado na Europa que joga na mesma posição de Williamson, e eles podem aprender muito um com o outro.

Somando isso com todas as movimentações já feitas (Lonzo Ball, Brandon Ingram, Josh Hart) e à manutenção de Jrue Holiday, o time já se desenha para ser 'de Zion'. Como os Cavs de 2003 já eram de LeBron, os SuperSonics de 2008 já eram de Durant e os Mavs de 2018 já eram de Doncic.

Se Zion vai virar história, não sabemos. Mas a foto já é histórica.

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O Golden State Warriors tem que aposentar a camisa 9

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

É simples assim. A camisa 9 do Golden State Warriors não pode mais ser vestida por ninguém. Eternamente, ela deve carregar o nome de Andre Iguodala, recém trocado para o Memphis Grizzlies para possibilitar a chegada de D'Angelo Russell.

Pouquíssimas pessoas se lembram, mas a chegada de Iguodala aos Warriors é um ponto de inflexão na construção da dinastia que fez da Oracle Arena palco das últimas cinco finais.

Ainda lá em 2012, Dwight Howard era um dos agentes livres mais disputados do mercado e os Warriors uma das equipes mais interessadas na contratação do pivô. Howard assinou com os Lakers, foi jogar ao lado de Kobe Bryant e Steve Nash e a gente lembra o que virou.

Enquanto isso, Golden State se virou para a sua segunda opção naquela agência livre. Iguodala. Você consegue imaginar o que teria sido dos Warriors se a contratação daquela temporada fosse o pivô? A diferença no estilo? A mudança no patamar que a equipe poderia alcançar?

Iguodala foi um dos símbolos da dinastia Warriors
Iguodala foi um dos símbolos da dinastia Warriors Getty Images

Pois é. Se aquela contratação acontecesse, muito provavelmente a gente lembraria dos Warriors como lembramos daquele Lakers de 2012. Um fracasso. Mas, para a sorte de Oakland, quem veio foi Iguodala. O Finals MVP de 2015, um dos melhores defensores da liga e, acima de tudo, um dos que melhor representou a cidade dentro de quadra.

A gente se acostumou a pensar em Golden State como uma franquia dominadora, que chega em finais facilmente e vence títulos, mas nem sempre foi assim. Os Warriors sempre foram o retrato fiel da área da baía de San Francisco, principalmente de Oakland.

Uma cidade guerreira, que tem um dos principais índices de violência do país, mas que nunca deixou essa ser a sua marca, ao contrário. A cidade é o berço dos Panteras Negras.  Da luta por melhores condições sociais para os negros nos Estados Unidos. É a cidade de todos, que luta até o fim e que não quer saber do glamour, apenas daquilo que realmente importa.

Como sempre foi Iguodala. O cara que nunca ganhou um contrato milionário, mas sempre foi fundamental para a equipe. O cara que se dispôs a fazer as coisas que menos pessoas reparam em prol do sucesso coletivo. O cara que, como ele mesmo definiu, "fez de tudo para manter o legado de Steph Curry e dessa equipe".  Inclusive converter arremessos em segundos finais de partidas de playoffs.

Iguodala foi Oakland. Iguodala foi o Golden State Warriors. Por isso, a camisa 9 tem que ser eternamente sua.

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'Quem eu quero não me quer': a melancólica realidade dos Knicks e o fio de esperança para um futuro melhor

Pedro Suaide
Pedro Suaide

Andre Iguodala estava certo: ninguém vai para os Knicks (ou quase). 

O domingo que abriu o mercado da NBA dividiu Nova York entre euforia e tristeza. O Brooklyn vibrou sem parar quando viu que Kevin Durant e Kyrie Irving seriam os novos jogadores dos Nets. Já o lado azul e laranja... 

Nada é por acaso. James Dolan é dono de um time que acumula fracassos ao tentar assinar estrelas. Esse ano parecia ser diferente, mas não foi. 

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Kristaps Porzingis não queria ficar nos Knicks e pediu para ser trocado. Dentre as opções, apareceu o Dallas Mavericks, que aceitou receber junto os altos contratos que o time de Nova York tinha. Assim, os Knicks abriram espaço para oferecer dois contratos máximos a duas estrelas e também se colocaram em posição favorita a ter a primeira escolha do draft: ou seja, Zion Williamson. 

Os boatos começaram a crescer e Kevin Durant e Kyrie Irving eram colocados, dia sim dia não, nos Knicks. Jogadores como Jimmy Butler e Kawhi Leonard também foram especulados. Os torcedores criaram esperanças. 

Veio o draft e os Knicks tiveram a terceira escolha (adeus, Zion). Chegou o domingo, o mercado abriu e os Knicks, que tinham espaço para dois contratos máximos, sequer ofereceram tudo o que podiam para Kevin Durant, um dos 20 maiores jogadores da história da NBA. Parte é culpa da sorte, mas James Dolan não se ajuda. 

Nos últimos muitos anos, os Knicks quiseram muita gente. LeBron James foi especulado em NY muitas vezes, mas todas as vezes que teve chance, não quis. Durant não quis. Kyrie não quis. Porzingis foi draftado pela franquia, cresceu lá... e também não quis. 

Carmelo Anthony chegou em 2011 via troca com Denver, ou seja, não teve escolha. Entretanto, foi a única estrela a vestir a camisa e representar a apaixonada torcida do Madison Square Garden. 

James Dolan, em 2019, mostrou incompetência mais uma vez. 

Os Knicks tinham um plano e moveram o mundo pensando nele: duas estrelas. Entretanto, a decisão é dos jogadores, e eles não quiseram. 

Até 2012, os Knicks reinavam em Nova York. Eram a única franquia da maior cidade mais famosa do mundo. Então, chegaram os Nets, que foram competitivos em algumas temporadas, assim como os Knicks, e desde então ambas equipes foram patéticas. Agora, o dono da cidade vive no Brooklyn. Já não bastasse não ter Durant e Kyrie, será necessário vê-los jogando no outro time da cidade. 

Isso gera uma pressão diferente a todas as que Dolan sentiu. Com Durant e Kyrie vestindo preto e branco, os holofotes estão virados para os Nets, as crianças vão se imaginar jogando no Barclays Center e por aí vai. 

Apesar de ninguém querer os Knicks, entretanto, nem tudo é choro. Dentro de quadra, pela primeira vez em anos, o futuro parece promissor - o que parece difícil de engolir quando o presente é o que é. 

O treinador David Fizdale é muito respeitado dentro da NBA. O núcleo jovem da equipe é um dos melhores da liga. Na última temporada, chegaram Kevin Knox, Mitchell Robinson e Allonzo Trier. Na troca de Porzingis, veio Dennis Smith Jr. No último draft, veio RJ Barrett, que tem potencial de se tornar uma estrela. E quando os torcedores secaram as lágrimas pela não chegada de nenhuma estrela, veio Julius Randle – também jovem, que provou seu potencial na última temporada e é o encaixe perfeito para o garrafão nesse atual elenco (veja um exemplo no vídeo acima).

Nenhum desses jogadores tem mais de 24 anos e todos têm muito potencial. É a hora de levantar a cabeça e ir com tudo na reconstrução do time. Potencial existe. O problema é que James Dolan também existe.

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LeBron James é o melhor da história em algo que Michael Jordan jamais será

Gabriel Veronesi
Gabriel Veronesi

Títulos, pontos, assistências, rebotes, mais títulos. As estatísticas sempre embasaram as grandes discussões sobre 'os maiores da história'. Mas existe um recorte, uma conta, em que LeBron James é, sem a menor discussão, o maior de todos os tempos na NBA.

O debate da parte em quadra pode ficar para outro texto, mas nesse aqui é onde eu cravo que LeBron James é o maior homem de negócios que a NBA já viu. Bem longe de Michael Jordan.

Jordan comanda o Charlotte Hornets, franquia simpática mas que parece ter dificuldades para subir ao grande palco da NBA. Jordan tem suas ações e seus negócios, mas todos parecem andar sob o radar. Jordan tem seus tênis, mas vale lembrar que toda a parceria com a Nike ficou por um fio após os dois primeiros modelos, e foram salvos pelo design de Tinker Hatfiled, que desenhou o terceiro modelo da coleção e 'reviveu' a marca.

Quando jogador, o desejo de ser o maior de todos os tempos fez com que Jordan 'ignorasse' outras estrelas, como conta Jerry Krause, ex-diretor dos Bulls, afirmando que Michael não fazia questão de ter companhia em Chicago, acreditando que ele poderia vencer sozinho.

Jordan pode ser todo o ícone que é, mas jamais será o grande jogador de xadrez, influente nos bastidores, assim como LeBron James é.

LeBron provou seu valor ano após ano dentro das quadras, mas bem antes disso, quando ainda estava no colégio, no St. Vincent-St. Mary High School, o atleta já atraía todos os olhares e já estampava revistas e mais revistas.

Assim como Kobe Bryant, LeBron 'pulou' o basquete universitário e entrou para a NBA com apenas 18 anos, e atraiu os holofotes do mundo todo para Cleveland, correspondendo em quadra e estampando outdoors, revistas e jornais.

Toda essa mídia parece ter moldado LeBron, que aprendeu, como ninguém, a usar todo esse brilho a seu favor.

Nos dias de hoje, é comum alguns jogadores 'se esconderem' dos holofotes. Kawhi Leonard, Giannis Antetokounmpo e James Harden são exemplos de que um astro pode ser discreto longe da bola laranja, e passam quase desapercebidos nas redes sociais.

LeBron é o contraponto. Não que ele polemize, teça opiniões divergentes ou coisa do gênero. Mas as redes sociais são uma arma poderosíssima, e ele sabe usar como ninguém.

Em Cleveland, apesar de jogar em casa, LeBron 'apanhou' nas finais em 2007 contra os Spurs e não viu mais as decisões da NBA em seu horizonte. Fez as malas e foi para Miami em 2010. O primeiro grande movimento de xadrez do 'King'.

Na Flórida, que já tinha Dwyane Wade, LeBron 'recrutou' também Chris Bosh, que estava brilhando no Toronto Raptors. O resultado da 'panela'? Finais da NBA logo no primeiro ano. A derrota para os Mavericks por 4 a 2 doeu, mas ainda viria mais coisa pela frente.

No ano seguinte, o caneco veio. LeBron, Bosh e Wade passaram fácil pelo Oklahoma City Thunder de um ainda novo Kevin Durant, e conquistaram o primeiro anel juntos.

Mais uma ano se passou, e um novo caneco foi para Miami. Dessa vez, o adversário era o San Antonio Spurs, e LeBron liderou a vitória nas finais em um histórico 4 a 3. Nessas finais em especial, LeBron contou com a ajuda de nomes importantes como do experiente Ray Allen, decisivo no jogo 6, partida de vida ou morte para Miami.

O que levou Ray Allen, ídolo dos Celtics a Miami? LeBron James. Mais um movimento de xadrez do 'Rei'.


A vingança dos Spurs veio em 2013-14, e San Antonio venceu por um amargo 4 a 1. A derrota abalou LeBron, que fez mais um importante movimento em seu tabuleiro: voltar para Cleveland.

LeBron construiu uma narrativa de 'promessa' nos Cavaliers, e voltou para o time para completar seu legado. Dessa vez, as peças ao seu lado foram Kyrie Irving, até então estrela solitária na equipe, e Kevin Love, outra estrela solitária no Minnesota Timberwolves.

A vitória não veio de cara, e a derrota em 2014-15 foi para o Golden State Warriors, o grande 'bicho-papão' da NBA (mal sabíamos o que Golden State se tornaria).

Por onde passou, LeBron não só deixou números e vitórias. Amizades e boas conexões também são marcas de James dentro da NBA. O irregular Tristan Thompson, parceiro de LeBron em Cleveland, conseguiu um gordo contrato, sem tanto entregar em quadra. Como explicar? A força de LeBron nos bastidores é algo absolutamente plausível.

No ano seguinte, inflamado por sua 'promessa', LeBron foi implacável, e conseguiu uma histórica e suada vitória sobre o Golden State Warriors. Mais um caneco. Mais um anel. Mais um bloco na construção de seu legado.

Mesmo vencedor, LeBron sentiu falta de algumas coisas ao seu redor, e precisava de mais peças para bater os Warriros, que agora tinham Kevin Durant. James mexeu suas peças, e trouxe artilharia de elite, como Kyle Korver. Não foi suficiente, e os Cavs caíram para um Golden State absolutamente avassalador.

A temporada seguinte começou sem Kyrie Irving, que se incomodou de dividir o palco com LeBron e pediu uma troca, partindo para o Boston Celtics. LeBron voltou ao seu tabuleiro, e reuniu sua 'panela'. Wade integrou os Cavaliers, além de George Hill, armador experiente. Antes de chegarmos às finais daquele ano, um movimento lateral aconteceu.

Os Cavs fizeram uma troca com os Lakers no meio da temporada, adquirindo Jordan Clarkson e Larry Nance Jr. e mandando Isaiah Thomas, Channing Frye para Los Angeles. A troca até parecia interessante para os Cavaliers, mas a verdade é que abriu espaço na folha salarial dos Lakers. Caminho livre para uma eventual chegada de um astro na próxima temporada. E que tal LeBron James?

A panela de LeBron em Cleveland não deu certo, e os Cavs sucumbiram aos Warriors mais uma vez. Varrida na final, 4 a 0 e o fim de uma história.

 Lembram daquele espaço na folha salarial dos Lakers? Pois é. LeBron casou perfeitamente com o espaço. Deixou os Cavaliers após cumprir sua promessa do título, contemplou suas responsabilidades sociais (afinal, LeBron cresceu em Akron, cidade vizinha a Cleveland), construindo uma escola do mais alto nível. O ato é nobre, sem dúvidas. Mas segue fazendo parte das peças de xadrez do astro.

Los Angeles é Hollywood. Cidade dos filmes, dos holofotes, das luzes. Os Lakers eram um time recheado de jovens talentosos, que poderiam casar muito bem com a experiência de LeBron. Além disso, os Lakers também adquiriram jogadores que, curiosamente, se encaixavam perfeitamente com as características de James, e sempre em contratos curtos: JaVale McGee, Kentavious Caldwell-Pope, Rajon Rondo...

O porquê dos contratos curtos? Oras, caso o time não desse certo no primeiro ano, os contratos expirariam e os Lakers teriam espaço para ter mais uma estrela.

E não deu certo mesmo. LeBron se lesionou, perdeu muitos jogos, os Lakers não engrenaram e fizeram uma temporada vexatória. Em meio a tudo isso, surgiu Anthony Davis.

Anthony Davis mostrou insatisfação no New Orleans Pelicans, e teve seu nome ligado aos Lakers. E por que os Lakers de LeBron James? Coincidentemente, Davis é agenciado por ninguém mais, ninguém menos, que Rich Paul, amigo de infância de LeBron, e um dos nomes fortes da Klutch Sports, que representa diversos jogadores na NBA.

Os rumores de uma troca esquentaram, mas não deram em nada, graças ao jogo duro de David Griffin, presidente de operações de basquete dos Pelicans. O 'saldão' abalou os jovens dos Lakers, que foram absolutamente destruídos pelos Pacers no dia seguinte aos rumores mais fortes. O desânimo era visível no rosto de todos.

A temporada passou, e o contrato de Davis foi chegando ao fim, perdendo seu valor, e 'pedindo' por uma troca.

Mal apagaram as luzes das finais entre Raptors e Warriors, e Anthony Davis encontrou um fim para sua novela. Os Lakers embalaram para presente diversos jovens e escolhas de draft, e colocaram Davis vestido de dourado e roxo. A dupla Davis-LeBron estava feita.

Junto deste 'casamento', foi anunciado a gravação de um filme estrelando ele mesmo: LeBron James. Space Jam 2 dá sequência ao filme de sucesso de 1996 que tinha Michael Jordan como seu personagem principal. Parte do elenco? Klay Thompson (agente livre), Damian Lillard e, adivinhem só, Anthony Davis. Convenientemente, morando em Los Angeles, assim como LeBron James. Nunca foi tão bom morar próximo a Hollywood.

Falamos de Raptors agora pouco, e aí entra outra peça: Kawhi Leonard. O ala que deixou San Antonio chegou aos Raptors com apenas 1 ano de contrato. O suficiente para vencer o 'bicho-papão' Golden State Warriors e validar todo o talento de Kawhi.

Os Lakers, agora com Anthony Davis e LeBron James, ficaram esfacelados e com pouquíssimos jogadores. Alguns novatos no elenco e as duas estrelas, além de Kyle Kuzma, um dos poucos jogadores que pareceram se adaptar ao jogo de LeBron. Mais uma coincidência?

 Davis sempre usou a camisa 23, mas não poderia usá-la nos Lakers, já que a mesma pertencia a LeBron James. Eis que mais uma peça é movida no tabuleiro. Para ter espaço na folha salarial para mais um contrato máximo com uma estrela, Davis teria que abrir mão de 4 milhões de bônus oriundos de sua troca. Anthony Davis abriu mão da quantia, e foi 'presenteado' com a camisa 23 de LeBron, que voltará a usar a 6, que usou nos tempos de Miami Heat. Cheque.

O último movimento estava por vir: os Lakers trocaram com os Wizards, mandaram seus últimos novatos com contrato para Washington, e conseguiram se livrar dos salários de Isaac Bonga, Moritz Wagner e Jemerrio Jones. Sem os salários, sem o bônus de Davis, os Lakers têm, enfim, espaço para contratar mais uma das estrelas no mercado.

No final das contas, LeBron James é mais influente nos bastidores do que Michael Jordan jamais será.

E se, finalmente, Kawhi Leonard, nascido em Los Angeles, um dos jogadores mais dominantes da NBA entrar nesse 'espaço' que os Lakers têm? E se Kawhi Leonard se juntar a LeBron James e Anthony Davis, fazendo time de Los Angeles ter três dos dez melhores jogadores da NBA hoje em dia? Se isso acontecer, bom... Cheque-mate.

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LeBron James é o melhor da história em algo que Michael Jordan jamais será

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O retorno do Rei: LeBron está de volta ao topo

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

As informações dão conta de que LeBron James cederá a camisa 23 do Los Angeles Lakers para Anthony Davis. Com a troca de número, o "King" deve voltar a utilizar a #6, dos tempos de Miami Heat, quando o ala dominava a NBA e conquistou dois títulos em quatros anos.

Mas não é só a mudança de número que LeBron promete para a próxima temporada. Outro retorno aos tempos gloriosos deve acontecer: o seu ritual pré-jogo. Ao longo dos anos, nos acostumamos a vê-lo ir até a mesa dos árbitros, passar talco na mão e jogar para o céu, criando uma "nuvem". Desde sua chegada a Los Angeles, porém, o ritual foi abandonado. Em 2019/2020, deve ser retomado.

LeBron está pronto para recuperar o reinado
LeBron está pronto para recuperar o reinado Getty Images

Revigorado com a chegada de um companheiro de elite em Anthony Davis e com a possibilidade de adicionar mais uma estrela, LeBron está pronto para 'voltar no tempo' e ser o dono da NBA, como foi em 2013.

Pelo menos é o que demonstram as atitudes e os vídeos no Instagram. A temporada nem havia terminado e LeBron já estava se preparando para a próxima, treinando de maneira independente. Quem é Rei, nunca perde a majestade. Ou, no mínimo, faz de tudo para não mantê-la.

LeBron não quer perder seu trono. E está disposto a tudo para isso, até a voltar no tempo. Ou apelar para a mística. Afinal, com a camisa 23 foram 12 temporadas, um título e dois MVPs de temporada regular. Com a camisa 6 foram dois títulos e dois MVPs em quatro anos. Se preparem, o Rei está de volta e vai ocupar o seu trono.

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Esqueçam a lesão, Kevin Durant merece um contrato máximo de qualquer equipe da NBA

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

As dúvidas cercam o futuro de Kevin Durant. Com uma lesão no tendão de Aquiles, o ala deve perder a próxima temporada inteira e o histórico de jogadores que passaram pela mesma situação não é favorável a uma possível recuperação de KD.

Kobe Bryant, Isiah Thomas, Patrick Ewing e Rudy Gay são alguns dos exemplos de jogadores que sofreram uma ruptura do tendão de Aquiles e nunca mais foram os mesmos. Dominique Wilkins é o único exemplo de jogador que passou pela mesma lesão e voltou a ser o que era antes dela.

A aposta em um contrato máximo para o camisa 35, porém, ainda é válida. Kevin Durant, antes da lesão, brigava milímetro a milímetro com LeBron James pelo posto de melhor jogador do planeta. É um dos pontuadores mais letais e versáteis da história do basquete. E, apesar de ter inúmeras enterradas incríveis durante sua carreira, nunca foi um jogador que dependeu do físico para se destacar.

Durant não precisa estar 100% para valer um máximo
Durant não precisa estar 100% para valer um máximo Getty Images

Mesmo que volte a ser 70%, no máximo, do que é atualmente, Durant ainda estaria em um nível de jogador que merece um contrato máximo na NBA. 70% de KD ainda é mais do que 100% de uns 80% da liga.

E em caso de perda da explosão muscular na hora de infiltrar, Kevin tem todas as armas para se reinventar e se manter como um dos melhores pontuadores da liga, seja utilizando sua altura e envergadura para arremessar por cima dos defensores no perímetro ou usando sua habilidade no poste baixo, aonde tem capacidade de vencer qualquer defensor.

Não importa se Kevin Durant irá retornar com 100% das suas capacidades. Qualquer equipe que tiver a oportunidade deveria apostar um contrato máximo no camisa 35.

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A narrativa tirou (mais) um MVP de James Harden

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

A NBA, assim como qualquer outra grande liga, sobrevive das narrativas. É através delas que as temporadas são contadas e carreiras são definidas. E foram elas que tiraram (mais) um prêmio de MVP das mãos de James Harden.

Na noite da última segunda-feira, a premiação ficou com Giannis Antetokounmpo, do Milwaukee Bucks. O grego fez uma temporada fantástica, levou os Bucks ao primeiro lugar da Conferência Leste e o prêmio está em boas mãos. Mas não nas melhores.

Assim como na temporada 2016/2017, em que o troféu foi dado para Russell Westbrook, do Oklahoma City Thunder, apenas por ele ter feito média de triplo duplo na temporada, quem mais merecia era o camisa 13 do Houston Rockets, mas a narrativa jogava contra.

Mais uma vez, James Harden perdeu o prêmio de MVP
Mais uma vez, James Harden perdeu o prêmio de MVP Lachlan Cunningham/Getty Images

Nos tempos das mídias sociais e das reações extremas, um vídeo de seis segundos custou um prêmio de MVP para James Harden. Um step back tentado contra o Utah Jazz, ainda lá em dezembro, foi o suficiente para a criação de um personagem do ala-armador: alguém que só consegue pontuar porque os árbitros permitem, seja não marcando a andada ou dando muitas faltas nele.

A premissa, porém, é falsa. James Harden é uma das armas ofensivas mais brilhantes que a NBA já viu e seu step back não só é letal, como legal. E apesar de ter liderado a liga em arremessos livres tentados por partida, com 11 por jogo, Harden foi apenas o 17o em "FT Rate", ou seja, a porcentagem de posses que terminam com determinado jogador na linha do lance livre. 

Harden liderou a liga com 36,1 pontos por jogo, ao mesmo tempo que distribuiu 7,5 assistências por partida, se transformando no primeiro jogador da história da NBA a terminar uma temporada com 36 pontos e 7 assistências por jogo. Foi o primeiro jogador da história a ter 2800 pontos, 500 rebotes e 500 assistências em uma temporada. 

Liderou a liga em "win shares", uma estatística avançada que mede quantas vitórias um jogador foi diretamente responsável para sua equipe. Foram 19 jogos de 40 pontos, sete de 50 pontos e dois de 60 pontos. 

Tudo isso comandando um Houston Rockets que teve que lidar com lesões importantes o ano inteiro. Em janeiro, Harden não contava com seus três principais ajudantes, Chris Paul, Clint Capela e Eric Gordon. Teve média de 43 pontos por jogo naquele mês.

Anotou 30 ou mais pontos em 32 partidas seguidas, marca só superada por Wilt Chamberlain. E, bom, quando a sua companhia em uma estatística é Wilt, é sinal que algo histórico foi feito. 

Então por que não foi eleito MVP? Mais, por que houve uma disparidade tão grande na votação do que prometia ser uma das disputas mais equilibradas dos últimos anos? Narrativa.

O prêmio não poderia acabar na mão daquele que deixou o jogo chato. Que infringe a regra ou abusa dela para ganhar vantagem. Do cara que pontua porque cava faltas. Ficou na mão da superestrela em ascensão, do cara das enterradas incríveis e que representa o futuro da NBA.

Em um duelo que era para ter sido equilibrado, a real diferença foi a história mais bonita. Como foi dois anos atrás.

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