Shaun Livingston merece o Hall da Fama
O armador Shaun Livingston, tricampeão pelo Golden State Warriors, anunciou sua aposentadoria nesta sexta-feira (13). Ao olhar para os números de sua carreira, o título desta matéria parece ridículo, mas Livingston vai além do que produziu nas quadras.
Dentro delas, conseguiu ser um excelente coadjuvante nos três títulos e nas campanhas que terminaram em cinco aparições consecutivas dos Warriors nas Finais da NBA. Mas o que coloca o armador no Hall da Fama é a sua jornada.
Selecionado na quarta posição do draft de 2004, pelo LA Clippers, Livingston era uma grande promessa do basquete que demorou para se adaptar ao nível da NBA. Quando parecia mais a vontade, uma tragédia quase interrompeu sua carreira precocemente.
Em 26 de fevereiro de 2007, os Clippers enfrentavam o Charlotte Hornets, então Bobcats, quando Livingston caiu de maneira estranha após uma bandeja errada, resultando em uma das piores lesões que a NBA já viu.
O armador lesionou praticamente todas as partes do seu joelho esquerdo, rompendo o ligamento anterior cruzado, o posterior cruzado e o menisco lateral, além de torcer o ligamento medial colateral e deslocar a patela. Foi comunicado pelos médicos que não era só sua carreira que estava em risco, mas a sua perna.
Era possível que Livingston precisasse amputar a perna esquerda após sofrer uma das lesões mais terríveis da história do esporte. A amputação não foi necessária, mas Shaun demorou cerca de quatro ou cinco meses para sequer voltar a andar.
Quando foi liberado para voltar às quadras, estava sem contrato e assinou com o Miami Heat antes de pingar por várias equipes até chegar ao Brooklyn Nets em 2014. Lá, se destacou o suficiente por uma temporada para chamar a atenção dos Warriors.
E foi em Oakland que Shaun Livingston escreveu uma das histórias de redenção mais bonitas que o basquete já viu. Mesmo sendo reserva, foi parte fundamental do sistema que encantou o mundo por cinco temporadas seguidas e conquistou três títulos.
Seu arremesso de média distância era tão certo quanto a morte ou impostos. Foi o líder que a segunda unidade dos Warriors precisava para funcionar e manter a equipe viva nos grandes jogos.
Shaun Livingston chegou perto de perder uma perna, voltou, lutou por seu espaço em oito franquias diferentes e encerrou a carreira como peça fundamental de uma dinastia. A história da recuperação por si só merece uma vaga no Hall da Fama. Livingston transcendeu o basquetebol.
Fonte: Guilherme Sacco
Shaun Livingston merece o Hall da Fama
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