Em primeiro jogo de uso, VAR inglês dá aula no brasileiro
A expectativa do uso do VAR era enorme no campeonato mais tradicional do mundo, e ele tomou conta do segundo tempo da partida West Ham 0x5 Manchester City pela Premier League, dando aula de como atuar, de onde e como interferir, com checagens rápidas e a sensacional experiência e oportunidade para quem está no campo e quem está assistindo na telinha verem em tempo real o que está sendo checado pelo árbitro de vídeo, proporcionando uma transparência enorme para quem acompanha a partida.
Gabriel Jesus marcava o seu segundo gol no jogo, confirmado pela arbitragem em campo, todos se posicionando para o tiro de saída, e aparece no telão do estádio e na tela da TV a checagem de impedimento pelo VAR. Lance extremamente difícil no campo para o assistente, muito ajustado, uma pequena parte do ombro estava mais próxima da linha de fundo do que o penúltimo jogador, caracterizando assim a infração.
Porém, aqui no Brasil, os técnicos que estão manipulando a imagem têm demorado em torno de 5 minutos para detectar se foi ou não infração, tendo que puxar muitas vezes uma linha 3D.
Já na Premier League, não chegou a 2 minutos a checagem.
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Ou seja, o tempo de espera para confirmar ou não o gol, em jogada absurdamente ajustada e difícil, foi significativamente menor do que tem sido no Brasil, com o grande detalhe da empresa que atua no VAR ser a mesma aqui e na Inglaterra.
Logo depois vem o gol de Sterling - também com um grau de dificuldade enorme - dado pelos árbitros em campo, checado pelo VAR, novamente com a imagem sendo vista por todos e confirmado com grande rapidez, criando expectativa, mas sem tempo de entediar quem assistia no campo ou pela TV.
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E para encerrar com chave de ouro, pênalti assinalado pelo árbitro no campo a favor do City, lance interpretativo que alguns poderiam até questionar, mas o VAR não interferiu na marcação, manteve a decisão seguindo o protocolo que criaram.
Na cobrança, o goleiro do West Ham defendeu e no rebote seu companheiro chutou a bola para escanteio. Entrou a checagem do VAR, não para verificar se goleiro se adiantou, pois no protocolo inglês isso ficará como na regra, isto é, a cargo somente do assistente, mas sim por haver interferência direta de invasão na área.
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Ou seja, o VAR sugeriu ao árbitro voltar a cobrança da penalidade em função de invasão e vantagem por parte do jogador que justamente pegou o rebote do goleiro e jogou a bola pela linha de fundo, algo também inusitado e interferência totalmente correta.
Sim, o VAR entrou em ação e não foi pouco, uma apresentação espetacular de boas-vindas, sem demoras que acabam com a paciência de quaisquer pessoas.
Uma aula para o Brasil e o mundo de como, quando e onde atuar e interferir. Que seja assim o campeonato todo, que todos aprendam com o VAR de hoje: copiar o que dá certo e funciona é relevante para o bem do futebol.
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