Chegou a hora do São Paulo falar de democracia, rejuvenescer e ter mais transparência

Paulo Cobos
Paulo Cobos



Um clube em que só 240 pessoas, a maioria esmagadora há décadas por lá, elegem o presidente.  O mandatário mais novo eleito no milênio  com 64 anos (e outros dois setentões).  Promessas de transparência não cumpridas

O São Paulo precisa começar a falar de mais democracia, renovar seus dirigentes e se tornar uma entidade mais cristalina. E não resumir seus problemas a quem é o treinador ou que jogador foi culpado por mais um fracasso.

O colégio eleitoral são-paulino não acompanha o aumento no número de votantes que outros grandes tiveram.  Até a última eleição, só 240 conselheiros (sendo que 160 vitalícios) escolhiam o presidente. O novo estatuto aumentou a lista em apenas 20 eleitores. E só quem está neste conselho pode ser candidato, dificultando ao máximo que alguém novo no Morumbi possa competir pelo cargo.

A última eleição do Palmeiras tinha mais de 8 mil eleitores. As de Corinthians e Flamengo tiveram mais de 3 mil sócios votando. Nem se fala do que acontece com Grêmio (38 mil eleitores) e Internacional (64 mil).

Nada contra pessoas mais velhas no comando. Muito pelo contrário: geralmente sobra experiência, sabedoria e competência nelas. Mas existe algo de errado com um clube que não consegue ter um presidente com menos de 60 anos.

Em 2000, Paulo Amaral foi eleito no São Paulo com 64 anos, mesma idade com que seu sucessor, Marcelo Portugal Gouvêa, chegou ao poder. Depois voltou Juvenal Juvêncio, com 72 anos, cinco a mais do que Carlos Miguel Aidar (outro que já havia sido presidente, quando era jovem e teve sucesso).

Leco ao lado de Raí, executivo de futebol do São Paulo, no CT da Barra Funda
Leco ao lado de Raí, executivo de futebol do São Paulo, no CT da Barra Funda GazetaPress

Agora, o São Paulo é comandado por Leco, que foi eleito com 77 anos.

E o clube que já foi modelo de administração precisa urgente de mais transparência. Este blogueiro, logo após a posse de Leco, esteve no Morumbi para uma conversa com o presidente. Ouviu que em "poucos meses" praticamente todas as contas do São Paulo estariam abertas no site do clube de forma transparente o mais rápido possível. Segue esperando.


Fonte: Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br

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