Dias antes de Carpegiani voltar à Libertadores pelo Flamengo, lembranças do técnico campeão em 1981

Mauro Cezar Pereira
Mauro Cezar Pereira

Para lançar o livro “1981 – O Ano Rubro-Negro”, sobre a trajetória do Flamengo campeão mundial, o jornalista Eduardo Monsanto conversou com os personagens daquela conquista. Naquele período de pesquisa, Dudu entrevistou Paulo César Carpegiani, na época técnico do São Paulo e que nesta quarta-feira voltará a comandar o Flamengo numa Copa Libertadores da América. A íntegra do material, que acabou não sendo totalmente aproveitado no livro, você confere agora.


Dudu Monsanto: Por que topou jogar no Flamengo:
Paulo César Carpegiani: “O Coutinho tinha trabalhado comigo na Copa de 1974, fazia parte da Comissão Técnica e era treinador do Flamengo. Eu resolvi, recebi o convite. Logicamente, naquela tempo tinha a Lei do Passe, né, e o que precisava acertar era com o Internacional. Houve muitas transações, muito diálogo...”

Eles não queriam te liberar?
“Não queriam liberar. Tinha um vice-presidente de finanças (Rafael Strango) que não queria me soltar de jeito nenhum. O que facilitou, infelizmente, foi que ele morreu bem na época , e o Flamengo... Ele faleceu num sábado e eles viajaram pra me buscar no domingo. 
Foi o Coutinho que fez o contato direto comigo (perguntou) se eu queria jogar no Flamengo. Eu disse que sim, e aí fui conversar com o Internacional, etc. E o Internacional tava com receio pelo que eu era dentro do clube, né? Naquela época, o jogador tinha muito apego à torcida, os jogadores tinham muita identificação com o clube. Era muito difícil você sair de um clube e ir pro outro, o que hoje é coisa corriqueira”. 

E como era aquele momento em que chegou ao Flamengo?
“Nós chegamos num momento em que o Flamengo tava numa fase de renovação, de uma reciclagem de time, etc. Coutinho tava fazendo. E 1977 foi um ano muito ruim. Nós estávamos formando essa equipe, Coutinho tava tentando fortalecer o grupo, etc. Não foi um bom ano. E a partir disso, um jogo que marcou, foi o divisor de águas foi exatamente o jogo contra o Grêmio, que nós perdemos de cinco no Olímpico no Campeonato Nacional.
Pensei (em sair). Tava muito mais fácil você jogar pelada no Novo Leblon do que jogar no time do Flamengo. Tava muito ruim. Muito infeliz a minha declaração. Não era racha do elenco, o grupo tinha que ser fortalecido. Tinha bons valores, mas não era o suficiente. Não era um elenco forte.
Coincidentemente, foi formado um time a partir daí em 1978 em que em 1978 e 1979 nós fomos tricampeões. O time começou a se fortalecer. Começaram as boas campanhas, ao coroou com o primeiro título nacional que foi em 1980 com próprio Cláudio Coutinho.
Não tive dificuldade (de adaptação), o que eu tive foi um desacerto com a direção do Internacional, que começou a explicar a minha venda, que não havia necessidade, dizendo que eu tinha problemas físicos, né? O que não era verdade. Coincidentemente, eu acabei não jogando em 1977 por uma distensão que não tinha nada a ver. E isso foi exemplificado pra justificar minha venda, então tive uma briga muito forte na minha saída. Já tava no Rio, aquele bate-boca e coisa e tal, começou uma imagem muito negativa, coisa que permaneceu muito tempo dentro do Inter, não sei se permanece ou não. Isso ainda, porque eu não aceitei nunca isso, não havia necessidade dessa justificativa. Foi muito bem explorado pela imprensa na época, mas pra mim passou e está superado. Até hoje eu tenho um carinho muito especial pela torcida e vice-versa também, marquei época, modestamente, dentro do grupo, dentro de uma época do Internacional e sou sempre lembrado em tudo o que é tipo de pesquisa. Isso me lisonjeia muito e me deixa muito satisfeito. E aqueles que passam e realmente só tem aquele poder momentâneo na hora, ninguém lembra o nome”. 

Você ficou magoado com o Coutinho por não ter ido à Copa de 1978?
“Não, não, não. Vou dar a oportunidade pra constar no próprio livro. Disputando a Copa de 1974, em 1977 eu fui pro Flamengo. Nós enfrentamos uma grande Seleção (em 1974) que era a Seleção da Holanda, embora ninguém tenha esse reconhecimento. Marcou uma época dentro da História do futebol mundial. Ninguém reconhece isso”. 


A Holanda de 1974 inspirou o jeito do Flamengo jogar quando era técnico?
“Em algumas coisas, eu claro, as coisas boas, sempre fui bom observador e sempre tiro as coisas boas. E tirei várias delas. Mas não que tenha sido uma inspiração não. Tive treinadores muito importantes, foi um somatório de tudo isso. 
Em 1978, nós estávamos ganhando. A Copa do Mundo em junho, eu tive uma doença que eu peguei. Eu era o capitão da Seleção Brasileira com Cláudio Coutinho em 1978. Eu era o capitão. Tava jogando com Cláudio Coutinho. Eu peguei uma doença chamada toxoplasmose, que é uma doença que exige um tratamento à base de sulfa e que ela se resume... eu devo ter pego de carne mal passada, de gato, não sei como... E era um tratamento que eu tinha que fazer à base de sulfa. O que consistia isso? Eu jogava um tempo, sentava no vestiário e não tinha mais força nenhuma. Foi mais ou menos em abril que ocorreu isso. E esse tratamento são no mínimo dois meses. É por isso que eu não fui à Copa do Mundo. 
E aí abriu aquela famosa discussão Chicão ou Falcão. Exatamante essa vaga que abriu nesse meio-tempo. E acabou indo nem Falcão, mas foi Chicão. Mas eu era o capitão da Seleção Brasileira com Cláudio Coutinho. Não tenho ressentimento, mágoa não. A história verdadeira é essa. 
Primeiramente nós mesclamos uma equipe, o Coutinho foi muito feliz em trazer alguns jogadores com alguma experiência. Na época do Coutinho, ele teve o grande mérito de fazer esses jogadores, insistindo, insistindo, buscando e foi conseguindo bons resultados e ganhando”. 

Carpegiani na sua apresentação como técnico do Flamengo, em janeiro
Carpegiani na sua apresentação como técnico do Flamengo, em janeiro ESPN

O que mudou do time de Coutinho para o seu?
“Coutinho foi um grande treinador. Busquei muitas coisas nele, o diálogo, a conversa que eu tenho com os meus jogadores eu aprendi muito com Cláudio Coutinho. Eu conversava muito com ele, ele me chamava muitas vezes na conversa, e isso eu aprendi com ele. Essa liberdade de expressão, esse diálogo ele tinha muito com os jogadores. Talvez tenha sido o grande sucesso do próprio Capitão. Apesar do conhecimento que ele tinha também, é óbvio, senão não teria sucesso. Não se tem sucesso por acaso não. Em realidade, o que eu posso dizer é que depois do Coutinho entraram outros treinadores. O Bria teve uma passagem, o Dino Sani... Eu te digo, passando já essa fase toda, quando eu assumi o time do Flamengo, assumi um time já pronto”. 

E a sua estréia?
“Eu joguei o primeiro jogo contra o Olímpia no Maracanã. Nós empatamos: 1x1. Nós estávamos ganhando de 1x0. Eu não tinha... Meu gol era Cantarelli. Lateral direito, se não me engano era o Toninho (na verdade, Leandro), não era Mozer e Marinho (jogaram Figueiredo e Marinho, depois substituído por Rondinelli), Manguito, se não me engano... era o Júnior de lateral esquerdo. Eu tava jogando com Vítor, Adílio tava treinando separado. O meio-campo não lembro quem era. O Tita não era titular, o Lico não era titular. 
Desse time do primeiro jogo, quando eu assumi nós empatamos quatro jogos (na verdade, três). Com Volta Redonda, Olímpia (e Atlético Mineiro). Eu pensei: “Bom, não dou pra isso, né?”. Não conseguimos o resultado, acho que eu não dou pra isso. E aos pouquinhos, eu assumi mais ou menos em julho, foi uma segunda-feira. E o Dunshee me convidou, eu aceitei. Fizemos esses quatro primeiros jogos, empatei esses primeiros jogos. Pensei nisso que tô te dizendo, e aos poucos eu fui fazendo essas modificações. Esse time, do final de julho até dezembro, fizemos aí se você contar, o que não dá até o final do ano, o jogo contra o Botafogo realmente se caracterizou aquele grande time que marcou época, o maior time da história do Flamengo.
Meu ponta direita quando eu assumi, meus pontas eram Chiquinho pela direita e Baroninho pela esquerda. E esse time que marcou época tinha Tita e Lico. João Saldanha escrevia: “Como o jogador vai ter confiança? Em dez jogos, ele tirou o Baroninho em nove”. Mais ou menos essa proporção. Mas eu realmente tinha o Lico, tava entrando, justificando, tava bem. E num jogo em Campo Grande, nós távamos perdendo o jogo de 1x0 e o Tita foi expulso (na verdade, Ronaldo Marques). Eu chamei o Lico e coloquei pra fazer a meia e um falso ponta. Ele fez o gol e deu passe pro outro gol, parece. Sei que nós viramos pra 2x1. Contra o Wilstermann, ele acabou não fazendo gol, mas botei e me chamou a atenção. 
Aí nós fomos jogar contra o Botafogo. E eu mudei minha escalação. Tinha resolvido que o Lico ia jogar. Tita de um lado, Lico do outro. Esse foi um marco daquele time que é considerado... que marcou época... os onze jogadores” (na verdade, só faltou Marinho, que foi substituído por Figueiredo). 

Você ouviu os jogadores antes de se decidir pela escalação de Lico?
“Eu devo ter conversado com meus jogadores, não lembro, mas devo ter conversado com meus jogadores. Mas tava na hora. O Lico foi contratado só pra entrar de vez em quando no lugar do Zico. O Coutinho trouxe pra quando o Zico ficasse cansado. Só que o Zico queria jogar sempre. Faltava chance, e o Lico não jogava nunca. Só ficava treinando. E aos pouquinhos, comigo, eu fui colocando. Entrava nos jogos, alguns importantes, e ele chamou muito a atenção. E nesse jogo com o Botafogo, primeiro tempo: 4x0. Segundo tempo, 6x0. Aquele histórico 6x0, que valeu mais que um título. Os caras vinham com a faixa, que o Botafogo...  o último gol foi do Andrade. Aquilo marcou. E aí, que eu sempre falo, muitas vezes o treinador perde a força. O jogador que você coloca responde tão bem que você não tem mais a força de tirá-lo do time. O cara se escala. Algumas vezes acontece isso”. 


Como sobreviveu ao conturbado ambiente político na Gávea?
“Pra mim foi muito fácil por um simples ponto: começamos a ganhar, entendeu? O time ajudou a tornar esse momento fácil. Não tive esse momento de intranqüilidade, de..… bom, tem que ser esse, não tive esse contraste com insinuações. Talvez eu tenha sido favorecido pelo time indo bem. Não tive isso, e não aceitaria. Não admito. Vou errar sempre com a minha cabeça. Eu sempre soube o que quis”. 

Qual a importância de Domingo Bosco naquele Flamengo?
“Nós tivemos um suporte, eu particularmente quando passei de jogador a treinador, tive um suporte muito forte do Bosco. Uma pessoa inteligentíssima. Um cara assim, muito criativo, muito inteligente e que dava toda uma retaguarda. Eu não me preocupava com nada, só me preocupava com o meu time. Eu tinha me transformado de jogador em treinador. Pô, eu tava nas nuvens! Tava querendo treinar, treinava e  conversava com meus jogadores, fazia isso, fazia aquilo, eu tava iniciando. Eu tava com temperamento espetacular pra vencer, entendeu? Na minha cabeça, eu não imaginava nunca ter qualquer tipo de inconveniente, perder um jogo... não sei. Até hoje eu não sei. Fui viciado em ganhar. Quando perco, hoje eu sou outro tipo de pessoa. Talvez eu tenha me diferenciado pelo costume de ter iniciado minha carreira vencedor. Mas o Bosco era uma pessoa fantástica. Como jogador, nós jogamos contra o Botafogo da Paraíba no Maracanã, perdemos o jogo de 1x0. Levamos um baile! Não perdemos o jogo de 1x0 só, nós levamos um baile que até hoje nós estamos atrás da bola! Não tenho nenhuma vergonha de te dizer isso. E isso, claro, você dentro do Maracanã perder de 1x0 pro Botafogo da Paraíba...Sai de baixo! O que fez o Bosco? Terminou o jogo, tomamos o banho, aquele ambiente fúnebre... aí o Zico vai se enxugar, vai botar a roupa... cadê a roupa do Zico? ROUBO NO MARACANÃ! Então, a atenção foi desviada toda pra esse lado. Fechou o pau, era só isso que se falava, a derrota ficou em segundo plano. Ela foi digerida dessa forma, a imprensa explorou de uma maneira diferente, e ficou em segundo plano a derrota. A verdade é que todo mundo queria saber como é que foi, e a gente só foi saber bem depois que quem tinha armado aquilo era Domingos Bosco. Ele era um cara realmente fantástico”. 

E o episódio das mulheres na concentração no Paraguai?
“Eu fiquei sabendo disso aí. Não sei se é realmente a realidade. Mas isso ficou muito, quase que virou um fato. Quase que se registrou como um fato. A gente não sabe se existiu ou não, mas quase que se caracterizou com uma coisa real. Até hoje eu não sei realmente, os boatos, as coisas que podem até mesmo ter acontecido mas terminaram no nascedouro com o Bosco, que era muito vivo, muito esperto”. 

E o jogo polêmico: Flamengo x Atlético em Goiânia?
“Não foi só o Wright, foi o anti-futebol, pô! Nós tivemos a preocupação de fazer aquele jogo extra no Serra Dourada... Vai buscar o vídeo, passa pro torcedor atleticano de hoje. O que é mais antigo, sabe. A história ta bem gravada. Impressionante o que os caras tavam dando de pontapé! Chicão era brincadeira, tchê! Chicão merecia sair dali... que Deus o tenha, mas direto pra um presídio! O que ele fez, pô... Até o Reinaldo! Eles tavam transtornados, não sei por quê. Não queriam jogar futebol. Desde o princípio, o Wright tentou levar, tentou levar, o jogo ficou impossível, cara! Impossível! Você terminar um jogo de passagem de grupo, uma fase importantíssima de Libertadores. O árbitro ter essa convicção, essa certeza, os caras cometeram um exagero, e teve exagero mesmo. Os atleticanos podem ficar tranqüilos que era um time totalmente despreparado pro jogo, pô.   Eles não estavam preocupados em jogar futebol, só estavam preocupados em dar pontapé mesmo. Talvez tenha sido isso, um reflexo de todo um passado muito recente (a final perdida pro Flamengo no Brasileirão de 1980) que eles colocaram num jogo só. Não foram preocupados em jogar futebol, foram preocupados em dar pontapé mesmo. Justíssimo! O jogo até que durou muito...pela incapacidade e pela maldade com que os jogadores (do Atlético) entraram em campo. Infelizmente, eles não reconhecem isso”. 

Como era o ambiente nas concentrações?
“Era um grupo que já vinha assim há um bom tempo junto, a gente foi montando esse time... esse time quando eu assumi, friso, tem umas seis ou sete modificações. Esse período de julho até o jogo contra o Botafogo umas cinco, seis modificações. Mais de 50%. Então esse grupo já tava quase todo ele... e foi resgatar isso, e colocar,  aos pouquinhos fui colocando dentro daquilo que eu achava que poderia. Aboli os pontas. Nós criamos aquilo, era só um homem na frente, que era o Nunes, e todo o pessoal chegava. Na verdade, tinha toda a posse de bola... fantástico!
Eram jogos maravilhosos que eu lembro até hoje. E fomos campeões do mundo com o melhor time mesmo! Duvido que tinha algum time melhor que o nosso. Hoje o Barcelona é o melhor time do mundo, pode até não ganhar, mas é o melhor time do mundo. Naquela época não tinha... hoje, você vendo, buscando, não tem como ter sido o melhor do mundo. Não tinha a menor sombra de dúvida, esse deve ter sido, o Flamengo, o melhor time do mundo na época. Nós éramos o melhor time do planeta, sem sombra de dúvida’. 

 

E o Raul, que estava parando de jogar e foi para o Flamengo e ganhou tudo?
“Quando ele fala, ele fala em nome do time, entendeu? Eu também me expressava dessa forma. Tinha um temperamento também, temperamento forte, mas sempre buscando ganhar. Esse tipo de atitude positiva é sempre bem-vinda. Os jogadores têm liberdade, falam o que querem, só que tenham cuidado. Isso até muitas vezes causou problema com a própria imprensa que tive que contornar, etc. O jogador tem que ser comedido. Essa cobrança, eu sempre um incentivador pra isso. Agora, o grande jogador, a exceção, ele geralmente ao natural ele tem humildade. Ele sabe o momento certo de fazer as coisas. Ele é comedido, não tem a máscara. Quando ele se expressa, ele fala de uma maneira cobrando do próprio grupo de jogadores, não querendo criar um problema dentro do grupo. Assim é o Raul. E uma pessoa sensacional que foi muito importante, uma pessoa experiente”. 

Como administrava a situação do goleiro Cantarelli, titular por tanto tempo antes de Raul chegar ao Flamengo?
“Quando eu assumi, o Cantarelli era o titular. O primeiro jogo foi contra o Olímpia. Aos poucos eu fui tendo a consciência, o Raul tava se recuperando de uma lesão. Então, ao natural, eu nunca tive problema. Quando eu chego a uma conclusão, eu trato eles profissionalmente. Comigo vai jogar sempre aquele que eu acho que é o melhor. O que eu tenho que ver é o bem do clube, o bem do time, independente de quem seja. Tenha nome, prestígio, se não estiver desempenhando...
A diferença do grande jogador junto ao outro está no seu salário, no que eles ganham, é essa a diferença que eles têm. Dentro do campo, o tratamento é o mesmo pra todo mundo, vai jogar quem estiver melhor. Eu cheguei à conclusão naquele momento que foi o Raul que deveria ser titular, eu devo ter conversado com o Cantarelli. Se entenderam por bem ou por mal, não importa. Eu acho que eu devo ter tido, eu acho que eu conversei com o Cantarelli, deve ter sido no jogo que foi logo depois, o jogo que foi lá no Paraguai se não me engano (na verdade, foi ainda antes do jogo contra o Cerro no Paraguai, Raul entrou no jogo anterior contra o Atlético Mineiro no Maracanã). E logo depois, acabei colocando o Raul como goleiro”.

E como ter Raul na reserva?
“Se comportava na boa, respeitava. O Raul ele devia estar se recuperando, porque depois entrou e não saiu mais. Então não devo ter tido essa experiência, não sei. Acho que ele não deveria ter problemas até pela postura profissional que sempre foi, né?”

Fale sobre Nunes, você teve problemas com ele?
“Em 1981, quando eu passei a treinador, o Nunes era titular absoluto. Em 1982, nós fomos campeões brasileiros. Mas chegou uma época em que havia a necessidade de eu trazer um elemento mais. Trouxe o Baltazar, trouxe o Wilsinho do Vasco da Gama também. Então num jogo contra o América, eu recordo bem, nós estávamos tomando um passeio. 0x0, aí primeiro eu tirei um volante. Depois, troquei o Nunes pelo Wilsinho. O jogo era no Maracanã, e teve uma vaia contra mim, tomei uma vaia... passou e aí o Wilsinho fez o gol. Nós ganhamos de 1x0, o jogo se estabilizou. Eu acabei trazendo o Baltazar, porque achava que eu deveria... 1982 acho que foi, acabei trazendo o Baltazar também. Eu tinha só o Nunes como centroavante, se não me engano”. 

E o terceiro jogo com o Cobreloa na final da Libertadores? 
“O Nei Dias joga no terceiro jogo porque, nesse jogo de Santiago, os meus jogadores me disseram que o Mario Soto tava jogando com uma pedra na mão. Eu não sei o que era, uma pedra, a história é que era uma pedra. Aí cortou o Lico. Acabou o Lico não jogando. Então, o que eu fiz? Quando veio minha escalação, eu tirei o Leandro da lateral-direita pra esse jogo e botei o Leandro de volante. E peguei o Adílio e botei na ponta-esquerda. Leandro foi a grande figura do jogo., jogava muito”. 

E as críticas do João Saldanha?
“Eu lembro bem quando o Saldanha disse “o time ganha tudo, e ele tá mexendo na estrutura do time!”. Levei um pau do Saldanha! Mas ganhamos o jogo, vencemos fácil”.

Então você colocou no jogo o Anselmo...
“E aí houve o caso do Anselmo. Nós estávamos ganhando o jogo, e nós (da comissão técnica) estávamos fora. Estávamos ganhando o jogo por 2x0, quarenta e poucos minutos do segundo tempo. Aí a bola tá do outro lado do campo com o Júnior, a televisão pegando o Júnior lá daquele lado. E nós tamos bem do outro lado, no lado inverso do campo, lá fora. E o Tita na ponta-direita. Aí vem o Mario Soto, pega e dá-lhe um soco! O Tita cai no chão. Mas dá-lhe um soco assim, a bola do outro lado, sem nada. Deu um soco no Tita, derrubou o Tita. Aí, Dunshee de Abranches, Francalacci, diretor, Bosco... todo mundo queria invadir o campo! Todo mundo queria invadir o campo! Aí eu disse: “Anselmo, vem cá! Tu viu ali? Vi! O Francalacci (chamou): vamos aquecer! Ele tava no piso, de chuteira de tarracha no concreto. 
Eu disse: “Não, não, não...vem cá! Tu viu ali? Deixa a bola vir, tu dá-lhe no meio e pode sair!”.  Aí ele entrou, quem é que sai? Sai o Nunes. Aí o Nunes saiu, entrou o Anselmo. Lateral aqui desse lado, o Anselmo não esperou porra nenhuma. Pegou e sem bola, deu no meio. Fechou o pau, e correu pro banco do adversário. Fechou o pau, e coisa e... aí terminou o jogo, Kléber Leite, pessoal que tava na Globo me dizendo: “Você não pode dizer que você mandou dar!” (eu disse) “Então, você me entrevista!”. Aí, vieram me entrevistar. “Jogador não fez nada. Foi ordem minha, EU mandei dar, por isso, isso e isso! A responsabilidade é minha”. Eu fui suspenso pela Confederação, coisa e tal. E isso foi um pouco antes de nós disputarmos o Mundial. Aí a direção (disse): Anselmo não vai. Ele vai, eu é que não vou.
Ou ele vai ou eu não vou. Queriam embarcar e não levar o Anselmo por essa atitude. Não! Ele vai... Ele é certo, é ele e mais o resto da delegação. Ele era um cara certo ali dentro. Aí viajou.  Isso foi uma mancha. Hoje eu não mandaria não, porque eu sou contra a violência. (Sou de) Jogo forte, competitivo, mas nunca fui disso. Mas a atitude naquele momento foi em função do jogo anterior. Nós apanhamos demais no Chile, nós perdemos o jogo, ganhamos no Maracanã e perdemos lá.  No outro dia, eu lembro bem meus jogadores fazendo “pop-pop-pop-pop”... fazendo o Leandro, o pessoal gozando na mesa de que o time tinha pipocado. “pop-pop-pop-pop”, meu time tinha pipocado. Na realidade, eles jogaram muito viril, e nós não merecíamos ter vencido. Merecíamos ter perdido, o time foi todo pra trás, diferente do Flamengo que foi no Maracanã, na decisão’. 


Fale um pouco dos laterais.
“O Leandro e o Júnior. Acho que são.. na minha opinião, lateral-direito e lateral-esquerdo não pode ter existido coisa melhor. Esses dois eram especiais. Não ter tido na minha mão, ter visto jogadores como eles. Simplesmente fantásticos. 
Tive o Mozer e o Marinho que eram jogadores que, tinham dois laterais que saíam ao mesmo tempo, que não tinha como segurar. E com esses dois jogadores  Eram velocíssimos, jogava com um volante. Andrade com a bola no pé tomava conta do meio. Dominava bem, não era um grande marcador, não tinha nenhum marcador no time. 
Adílio era realmente dinâmico, jogador altamente técnico, Tão difícil você encontrar um driblador, né tchê? É tão difícil você encontrar um jogador com o drible. Numa jogada, ele te dava o drible, tirava o marcador. Tita e Lico. Se encaixavam dentro daquilo que eu queria. 
Lico nunca foi ponta. Ele compunha com o Júnior, jogava pela direita, esquerda, ele compunha aquele lado esquerdo que era simplesmente fantástico. O Tita, quando pegava na bola ele ia pra concluir, terminava a jogada, nós tivemos jogos memoráveis contra o São Paulo. 
Lico apareceu infelizmente muito tarde. Ele era ponta-de-lança, posição do Zico, ali se adaptou muito bem. E foi um jogador que marcou a história do Flamengo. Tá na história pela qualidade. 
O Tita queria jogar na posição do Zico, 10, consegui encontrar uma posição pra ele. Eu acho que as pessoas que tão na frente de um clube, de um time, você tem que encontrar um lugar pra aquilo que tem de melhor. Quando você não encontrar, você tira. E aí encontrei, Lico de um lado, Tita do outro”. 

Tita não era a fim de jogar naquela posição?
“Não, não”. 

Como o convenceu?
“Porque ali estava o seu grande espaço. Era alguém novo que estava surgindo. Ele tinha paixão, tinha aquele negócio de jogar na posição do Zico. E aí, fez um trabalho excepcional comigo, do lado direito ele com o Leandro era overlapping, ou seja, ultrapassagem. Até hoje eu desconheço alguém que faça essa passagem melhor do que eles dois na história do futebol mundial. Desconheço. É um tempo certo, o momento certo, simplesmente fantástico”. 

E o Nunes? 
“Ele era inteligente, tava sempre presente na área, sempre presente nos cruzamentos, bem posicionado. Casou muito bem.  E o Zico dispensa comentário. Pra mim é... é... a única restrição que se tem em relação a ele é que ele não foi campeão mundial. As pessoas se apegam nisso a ele. Pra mim... (se emociona) acho que não faz diferença nenhuma. Acho que não faz diferença nenhuma... (se emociona novamente)”. 

Fale sobre o Dino Sani.
“Eu tive uma efetividade com Dino Sani. Sou muito grato ao Dino, gosto do Dino, acho que foi um treinador importante na minha vida, na minha formação. Fui efetivado pelo próprio Dino Sani. Entrava, saía, subi em 1970, o Dino chegou parece em 1972 ao Internacional. Essa titularidade começa com o Dino no Internacional”.

Então você foi convidado para ser auxiliar dele...
“Eu estava com muita dificuldade, tchê. Problema no joelho. Eu tava com alguma dificuldade e decidi que era o momento. Esse era o momento, com 30 anos de idade. Eu conseguia jogar um tempo, mais 15, 20 minutos do segundo tempo e não tava sendo o profissional que eu tava querendo ser, que eu sempre fui, por mais idade ou menos idade que se tenha. Escolhi o momento, resolvi parar. Tive consciência de que eu tava com alguma dificuldade. Aí, eu tive uma condição, uma proposta do futebol árabe já como treinador, aí como treinador, na medida em que entrei como auxiliar do Flamengo já apareceu isso, e aí resolvi segurar um pouco. Fiz uma dupla com o Dino. Coincidência, porque o Dino teve a oportunidade da efetivação comigo, depois o Dino me deu a oportunidade, apesar de sua saída, infelizmente”.

Por que Dino não deu certo no Flamengo?
“Ele deu certo. Ele tava dando certo. O problema é que o temperamento do Dino é muito forte. Não foi Adílio. Teve um jogo... um episódio contra o Dodô. O Dodô deu um chapéu no Mozer, o Mozer foi dar um chapéu no Dodô, o Dodô pegou e deu um chapéu e chutou, a bola foi na trave e o jogo foi 0x0. E o Dino se irritou muito. Se irritou demais. Temperamental. O Dino era explosivo, não se aguentou. 
Ele reclamou muito que foi uma irresponsabilidade do Mozer. E foi, realmente. Na entrada da área, o Mozer foi dar um chapeuzinho e perdeu a bola. O Dino ficou alucinado, não conseguiu se agüentar, extravasou aquilo e aquilo foi o fator que realmente o presidente explodiu também, a imprensa acabou explorando muito isso, criando desgaste. Isso foi domingo, e na segunda esse desgaste se transformou em...
Foi momentâneo, porque não havia nada programado do Dino sair não. Foi uma surpresa, o time ia jogar com o Olímpia. O time tava bem, foi porque o Dino extravasou. Pela molecagem do Mozer. Acho que foi uma irresponsabilidade do Mozer. O Dino não conseguiu se agüentar, o presidente também muito temperamental. Mas o time tava bem, foi uma surpresa”.

E o convite para você assumir como treinador?
“O presidente não me contou. Eu quando soube, eu ligo pra casa do Dino. “Ta uma notícia aí, coisa e tal”. Naquele momento, tá o Domingos Bosco querendo dar a notícia. Quando eu ligo pro Dino, Pô Dino, o que que houve? A imprensa tá noticiando isso, tão me perguntando... ?
Não sei de nada. To aqui com o Bosco, que ta aqui na minha casa nesse momento. Depois a gente conversa.
Tá, tô indo pro clube, Dino. 
Era dia de folga, fui pro clube, e naquele momento, o Bosco tava comunicando a saída dele. 
Nunca mais depois tive a oportunidade de conversar com o Dino. Hoje é superado, né?”

Voltaram a se falar depois disso?
“Só através de outros amigos. Porque imediatamente o Dino pegou e veio pra São Paulo, saiu. Ele foi direto pra São Paulo”. 

Ele achou que você tinha alguma coisa a ver com a história?
“Acho que não. Isso eu não posso imaginar, não consegui depois falar mais com o Dino. Tá na minha história. Sou muito grato a ele”. 


Na final do Mundial houve soberba do Liverpool? O Júnior fala que no acesso ao campo eles olhavam daquele maneira...
“Isso eu lembro. Havia um menosprezo assim. Hoje já há um reconhecimento muito maior. Algum tempo atrás já há um reconhecimento, todo mundo quer ganhar. Eles dão muito valor a isso também. Talvez naquela época houvesse um certo menosprezo. 
Houve isso aí que o Júnior ta falando mesmo. Dá reza, coisa e tal, uma certa gozação da parte deles. Ficaram abismados, “o que que era aquilo?”. E que todos os times fazem, costume. Nós fizemos um primeiro tempo brilhante. Um primeiro tempo magnífico. E voltamos pro segundo tempo, muito ruim o segundo tempo. Aí, terminou o jogo... 
Tem uma historinha, um episodiozinho... Terminou o jogo, eu sou um dos primeiros a entrar no vestiário. Atrás de mim vem o Véio, o Raul. Ele me chamava de Veio também, e me perguntou: 
“Pô, Véio, tá triste?”
“Não, não. Meu time no segundo tempo não conseguiu jogar nada, Véio”.
Aí, ele me disse uma coisa que até hoje eu guardo.
“Veio, isso aqui pode ser uma vez na vida e outra vez na morte. Pode até nunca mais chegar aqui”.
E nunca mais cheguei lá”.

E como foi o clima para aquele jogo?
“Eu acho que tá todo mundo assim entusiasmado pela própria campanha. Nós tivemos aquele grande inconveniente nesse meio tempo que é a morte do Cláudio Coutinho. Traumatizou... No final do Campeonato, coincidiu tudo junto”.

Quando ficou sabendo?
“No sábado à tarde. Na quinta-feira, nós estávamos desembarcando e ele vindo dos Estados Unidos, nós nos encontramos no aeroporto. Nós estávamos voltando de Montevidéu, mesmo horário, torcida, tudo. Nós saímos por trás, eu saí por trás. Conversamos com ele, me felicitou, tudo. Ele combinou com o Júnior de fazer uma pescaria no sábado pela manhã. 
Aí ao meio-dia, pouco depois do meio-dia, início da tarde, nós ficamos sabendo que ele tinha morrido. Nem fizemos o treinamento. Tentamos cancelar o jogo, o Vasco não quis”. 

Vamos voltar ao Japão...
“Quando chegamos lá, estávamos muito motivados. Meio que sonhador, né? Pô, que momento... Nem passava pela cabeça...pô, perder pra time... nem pensava nisso.
Lembro bem que fiz minha palestra foi com tampinhas e com manteiga. O quadro não tava, não sei o que houve, se extraviou, não conseguimos. Eu estudei muito o Liverpool. Tinha estudado muito. Teipes, jogos, passei aos jogadores, então a gente estudou muito. Os principais jogadores deles, Dalglish... era um time muito bom. 
Eu lembro bem que eu fiz a palestra com manteiguinha, chapinha...
Gurizão, meio que sonhador... queria passar pra eles como era. Não importava como. E ai se não decorasse!
Eu me orgulho disso, campeão mundial você tem no futebol brasileiro quatro ou cinco”. 

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Fonte: por Eduardo Monsanto

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O River Plate visita o Athletico-PR nesta terça-feira, às 19h15 (de Brasília), na Arena da Baixada, pela ida das oitavas de final da Conmebol Libertadores. E o CEO do clube argentino, Gustavo Grossi, falou em entrevista exclusiva ao videoblog sobre o rival brasileiro e seu experiente técnico, Paulo Autuori.

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CEO do River Plate faz análise sobre o Athletico-PR, rival na Libertadores, e destaca experiência de Paulo Autuori

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Gallardo 'prodígio', planejamento e continuidade: como River absorveu derrota para o Fla em 2019

Mauro Cezar Pereira
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Gustavo Grossi, CEO do River Plate, falou em entrevista exclusiva ao videloblog como foi o trabalho de recuperação após a dramática derrota para o Flamengo na final da Conmebol Libertadores de 2019. ASSISTA ao vídeo acima. 

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Flamengo já faz consulta a Rogério Ceni, opção número 1 para a vaga de Domènec. Nome de Coudet também agrada

Mauro Cezar Pereira
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Equilibrar o time a partir de uma defesa mais segura, o desafio de Dome no Flamengo

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Flamengo de Jorge Jesus engatinhava quando foi eliminado pelo Athletico em 2019. Times mudaram muito desde então

Mauro Cezar Pereira
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Internacional x Flamengo, jogo com jeito de decisão, mas que nada decidirá

Mauro Cezar Pereira
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Fonte: Mauro Cezar Pereira

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Conheça melhor Matías Zaracho, jovem talento argentino que sai do Racing para reforçar o Atlético-MG

Mauro Cezar Pereira
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Fonte: Mauro Cezar Pereira

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MP 984, que mexe nos direitos de transmissão do futebol, deverá ‘caducar’ no Congresso

Mauro Cezar Pereira
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Fonte: Mauro Cezar Pereira

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São Paulo deve lutar pela classificação na Libertadores, claro, mas vale a pena pensar na Sul-Americana

Mauro Cezar Pereira
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Fonte: Mauro Cezar Pereira

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Flamengo recua em negociação por Guga para analisar mercado quando a janela de contratações reabrir

Mauro Cezar Pereira
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Mundo comenta saída de Messi, mas duelo judicial com o Barcelona pode estar apenas começando

Mauro Cezar Pereira
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Argentino parece estar de malas prontas para deixar a Espanha, mas situação pode se estender por muito tempo na justiça.


         
     
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Mundo comenta saída de Messi, mas duelo judicial com o Barcelona pode estar apenas começando

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Flamengo garante apoio a Domènec e chamará a atenção de Arrascaeta por tuíte

Mauro Cezar Pereira
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Bayern de Lewandowski é quase imbatível. Neymar e o PSG terão que esperar

Mauro Cezar Pereira
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Lyon já estava fazendo hora extra na Champions. Bayern na final é o óbvio

Mauro Cezar Pereira
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Bayern está na final da Champions
Bayern está na final da Champions ESPN

Fonte: Mauro Cezar Pereira

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Neymar na final da Champions: ser campeão pelo PSG é mais importante que título de 'melhor do mundo'

Mauro Cezar Pereira
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Fonte: Mauro Cezar Pereira

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Flamengo fecha com Isla e vai insistir para tirar Guga do Atlético-MG

Mauro Cezar Pereira
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Mauro Cezar: Flamengo fecha com Isla e vai insistir para tirar Guga do Atlético-MG
Mauro Cezar: Flamengo fecha com Isla e vai insistir para tirar Guga do Atlético-MG ESPN

Fonte: Mauro Cezar Pereira

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Bayern é excelente, mas não foi realmente testado diante de um Barcelona que entrou em campo disposto a ser espancado

Mauro Cezar Pereira
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Fonte: Mauro Cezar Pereira

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Domènec prometeu não mexer já no time de Jesus. Mexeu. Mas não é o único responsável pelo vexame do Fla

Mauro Cezar Pereira
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Na épica classificação do PSG, Neymar deixou em campo o que dele se espera, mas faltava companhia ao brasileiro

Mauro Cezar Pereira
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O PSG perdia para a Atalanta até os 44 minutos do segundo tempo, mas conseguiu a virada no fim e se classificou para a semifinal da Champions League.

Fonte: Mauro Cezar Pereira

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Flamengo terá recurso julgado, e Defensoria pedirá que clube siga pagando R$ 10 mil mensais a familiares dos Garotos do Ninho

Mauro Cezar Pereira
Mauro Cezar Pereira

Fonte: Mauro Cezar Pereira

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