De repórter a cartola e árbitra: conheça cinco mulheres pioneiras na história da NFL
Na semana passada, falamos muito sobre Beth Mowins, a primeira mulher a narrar um jogo de NFL em rede nacional. Também falamos de Paula Ivoglo, que comandou os comentários do Monday Night Football na transmissão aqui do Brasil, ao lado de Antony Curti. Mas você sabe quais são os outros grandes nomes femininos relacionados à NFL? Hoje, o Linha Ofensiva conta um pouco sobe cinco mulheres que fazem parte da história da liga.
- PHYLLIS GEORGE
Em 1975, uma mulher já bem conhecida nos Estados Unidos invadiu os estúdios do The NFL Today, na CBS. O programa era comandado pelo âncora Brent Musburguer e pelo ex-jogador Irv Cross, como analista, e passou, então, a contar com a participação da Miss América de 1971, Phyllis George, como repórter e comentarista. Ela foi uma das primeiras mulheres a cobrir NFL e, no ano em que, estreou, o programa ganhou 13 prêmios do Emmy. Phyllis, aliás, era extremamente versátil e já fez quase tudo nessa vida: foi empresária, atriz, primeira-dama de Kentucky e repórter esportiva. Ela ficou fora do programa entre 1978 e 1980, quando retornou e permaneceu por mais três anos.
- MICHELLE TAFOYA
Ao falar em repórteres, não podemos nos esquecer de Michele Tafoya. Ela entrou no mundo dos esportes no começo da década de 90, ao cobrir o Minnesota Vikings para a KFAN-AM, uma rádio local de Minneapolis.
Mas não foi só na NFL que ela fez história. Depois de sair de Minnesota, se mudou para Charllote e se tornou a primeira mulher a comentar o basquete masculino da Universidade da Carolina do Norte. O currículo é extenso: cobriu o Minnesota Timberwolves para o Midwest Sports Channel, foi comentarista das transmissões da elite universitária de basquete e volleybol femininos e foi repórter e âncora de esportes na TV WCCO, da CBS de Minneapolis.
Isso alavancou a carreira da jornalista, que entrou para a CBS Sports, onde ficou por 5 anos. Em 1996, se tornou a primeira mulher a comentar uma transmissão da NCAA. Ela também foi repórter e apresentadora de programas como CBS Sports Spetacular e At the Half, cobriu basquete e futebol americano universitários, tênis profissional e até os Jogos Olímpicos de 1996.
Firmou sua presença na NFL quando foi para a ESPN, onde trabalhou por mais de dez anos. Ela foi a repórter oficial do Monday Night Football por anos e cobriu o Super Bowl XL, em Detroit, para a emissora. Depois, trabalhando pela NBC, passou a ser a repórter oficial do Sunday Night Football.
Tafoya foi protagonista de um episódio curioso que acabou marcando a sua carreira. Enquanto acompanhava, como torcedora, um jogo de futebol americano universitário entre Minnesota Golden Gophers e University of Michigan Wolverines, ela se irritou com dois torcedores do time rival que estavam no andar de baixo e lhes deu um banho de cerveja. O assunto rendeu muito espaço na imprensa, Tafoya se desculpou e disse que estava muito arrependida por ter perdido a cabeça.
- KATHERINE BLACKBURN
Da imprensa para os escritórios. Katherine Blackburn, ou Katie, é a vice-presidente executiva do Cincinnati Bengals e tem mais de 20 anos de experiência no cargo. Formada em direito, chegou ao clube em 1991, após ganhar a confiança do dono da franquia, Mike Brown, que também é seu pai.
Ela foi a primeira e, por muito tempo, única mulher na NFL a trabalhar com negociação de contratos dos jogadores, tendo toda a estrutura de teto salarial da NFL como parte do seu domínio. Katie sempre preferiu se esconder das câmeras, mesmo tomando conta da TV e do rádio dos Bengals e conectando franquia e comunidade por meio de ações pontuais com os principais jogadores. É, com certeza, uma das mulheres mais poderosas da liga!
Katie começou o caminho que muitas mulheres seguiram! A partir de 91, o número de cargos executivos ocupados por mulheres nas franquias aumentou constantemente. Vimos por aí Kelly Flanagan (Jaguars) , Jeanne M. Bonk (Chargers), Cipora Herman (49ers), Jenneen Kaufman (Titans), Marilan Logan (Texans), Allison Maki (Lions), Karen Murphy (Bears), Christine Procops (Giants) e Karen Spencer (Seahawks).
- AMY TRASK
No meio da avalanche de mulheres tomando conta dos clubes na NFL, uma foi além. Conhecida como a Princesa das trevas pelos torcedores dos Raiders, ela se tornou a primeira presidente da franquia, tendo ocupado o cargo de 1997 até 2013. E não foi nada fácil chegar até lá! Trask entrou na franquia como estagiária, depois de ligar para o escritório do clube dizendo que trabalharia para eles até de graça.
Hoje, Trask trabalha como analista na CBS Sports, com presença constante no That Other Pregame Show e no The NFL Today. Ela é uma das veteranas do programa de esportes comandado só por mulheres, o We need to talk (A gente precisa conversar) e também escreveu um livro chamado You negotiate like a girl (Você negocia como uma garota), que conta sua experiência como executiva na NFL.
No livro, ela fala sobre a primeira reunião de presidentes da NFL da qual participou. Um dos donos de franquia, sem saber que Trask respresentava os Raiders, pediu que ela buscasse café para ele. Sem entender o que estava acontecendo, ela olhou ao seu redor e percebeu que era a única mulher na sala.
- SARAH THOMAS
Quem aqui gosta das zebras? Ninguém, né? Mas tem uma que a gente precisa aplaudir. Sarah Thomas foi a primeira mulher a apitar um jogo da NFL. Thomas começou a apitar jogos de ensino fundamental e depois passou para o ensino médio, onde o futebol americano já é bem competitivo.
Em 2007, depois de uma entrevista de 45 minutos pelo telefone, recebeu a notícia de que apitaria o college football. Essa já era uma grande conquista: ela se tornou a primeira mulher a apitar jogos importantes do futebol americano universitário, a primeira a apitar um Bowl do college football. Mas Thomas queria mais.
Em 2013 e 2014, participou do programa de desenvolvimento da NFL, apitou jogos de pré-temporada e fechou seu contrato com a liga no dia 02 de abril de 2015. Assim, se tornou a primeira mulher a ser uma das zebras da NFL no dia 13 de setembro do mesmo ano, entrando para sempre na história do futebol americano profissional!
Gostou? Pode esperar que vem mais!
O Linha Ofensiva sempre trará novos nomes de mulheres que ajudam a liga a evoluir. Pode acreditar, temos muitas outras para apresentar a vocês!
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