O maior beneficiado de um Rockets revolucionário é o ‘novo’ Westbrook
Quando o Houston Rockets trocou Clint Capela, seu principal pivô, por Robert Covington, um ala de 2,06m, muita gente não entendeu. A ideia era bem clara: espaçar a quadra e fazer o que Mike D’Antoni mais gosta, um arsenal de bolas de 3 pontos.
Parecia que isso não daria certo, ainda mais se contar que PJ Tucker, de “apenas” 1,96m, seria o pivô da equipe. Mas isso não se comprovou até agora. Em 7 jogos com Covington na equipe titular e com Tucker no garrafão, os Rockets têm 5 vitórias e duas derrotas. Uma por um ponto, para o Utah Jazz, com um arremesso no estouro do cronômetro de Bojan Bogdanovic, e a outra em que tudo deu errado contra o Phoenix Suns.
Os Rockets enfrentam o Memphis Grizzlies nesta quarta-feira, a partir das 22h00, com transmissão da ESPN e WatchESPN.
As equipes têm tido dificuldades principalmente na defesa contra os Rockets. Dobrar a marcação em Harden pode ajudar a diminuir o impacto do “Barba”, mas libera espaço para outros quatro jogadores arremessarem de qualquer lugar. Ou pelo menos três deles, já que Russell Westbrook é quase nulo em arremesso de longa distância.
Mas é aí o ponto em que o armador que passou 11 temporadas no Oklahoma City Thunder mais se beneficia do novo esquema. Ninguém tem tido tanta melhora após o esquema do que Westbrook.
Com a quadra espaçada, Westbrook tem mais liberdade para infiltrar e dificilmente recebe a marcação dupla, já que esse esforço vai todo para Harden. Mesmo aos 31 anos, continua com muita vitalidade e sendo um dos jogadores mais rápidos e imparáveis da NBA.
Em janeiro, os Rockets foram até apelidados de “time do Westbrook” e não mais de Harden, que sofreu com marcações ferrenhas e uma queda nos aproveitamentos em quadra.
Desde o 1º dia do ano, os números de Westbrook dentro do garrafão subiram. Em 2019, 40,9% dos seus arremessos eram dentro da zona pintada, número que alavancou para 52% em 2020. O aproveitamento também melhorou. Se antes acertava 57,7% deles, agora está em 63,4%.
Westbrook pode receber na “boca” do garrafão e ali é praticamente letal. Pode pular para um arremesso de média distância, infiltrar ou se perceber o garrafão congestionado, abrir para um dos jogadores do perímetro. O armador melhorou o seu jogo e consequentemente os Rockets melhoraram.
As defesas não sabem o que fazer. Se PJ Tucker é o pivô, mas joga aberto, não faz sentido um pivô marcá-lo. Contra o Jazz, por exemplo, Rudy Gobert, de 2,16m, marcou Westbrook em muitas jogadas. Resultado: 39 pontos e 18-33 nos arremessos, sendo apenas duas bolas chutadas de 3.
Nos 5 jogos em que atuou com Covington de titular, Westbrook teve médias de 34,2 pontos, com incríveis 55,8% nos arremessos.
Ninguém se beneficiou mais do super “small ball” dos Rockets que o “novo” Westbrook, que agora evita arremessos de 3 pontos. Mas será que o nível vai continuar e ele vai ajudar Harden na missão de levar Houston a surpreender as franquias de Los Angeles?
Fonte: Leonardo Sasso
O maior beneficiado de um Rockets revolucionário é o ‘novo’ Westbrook
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