Sem mecenas ou SAF e orçamento 'modesto': Fluminense é a grande história de sucesso do Brasil

Paulo Cobos

Flamengo e Palmeiras estão, em todos os sentidos, bem acima dos outros gigantes brasileiros.

Mas a grande história de sucesso do futebol nacional é a do Fluminense.

Comandado por Fernando Diniz, o tricolor conquistou o Carioca e é o único time nacional com 100% de aproveitamento na Libertadores e no Brasileiro. E pratica o jogo mais encantador do país.

Torcida do Fluminense faz festa no Maracanã
Torcida do Fluminense faz festa no Maracanã Buda Mendes/Getty Images

E tudo isso sem ter um mecenas ou uma SAF milionária e com um orçamento muito inferior a outros times de campanhas e futebol medíocres.

Para 2023, o Fluminense fez uma previsão de receitas totais de R$ 365,6 milhões, ou menos da metade dos R$ 821,7 milhões do faturamento projetado pelo Corinthians.

A dívida continua alta, assim como pagar os salários sempre em dia é difícil, mas o Fluminense foi capaz de montar um time muito competitivo com contratações certeiras. E com uma categoria de base que consegue aliar garantia de receitas com atletas que resolvem em campo no profissional.

O Fluminense reluta em se transformar numa SAF. Tomara que resista e consiga seguir brilhando com suas próprias pernas.

E parabéns pela coragem e sabedoria com Fernando Diniz.



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Abel Ferreira tem razão sobre imprensa e treinadores; sugiro ele ler o Tostão para entender o motivo

Paulo Cobos

Abel Ferreira foi duro com a imprensa brasileira ao indicar que ela tem culpa pela pressão excessiva nos treinadores e suas frequentes demissões.

"Vocês metem pressão na diretoria, quem despede os treinadores são vocês, influenciam as diretorias", falou o português após a vitória do Palmeiras sobre o Cerro Porteño nesta quinta-feira pela Libertadores.

Concordo quase integralmente com Abel Ferreira. Recomendo ele ler Tostão, a pessoa mais sábia no Brasil no assunto futebol, para entender o motivo dessa obsessão da imprensa pelos treinadores.

Abel Ferreira durante a festa do título do Brasileirão conquistado pelo Palmeiras
Abel Ferreira durante a festa do título do Brasileirão conquistado pelo Palmeiras Cesar Greco/Palmeiras

Trecho da coluna de Tostão publicada na "Folha de S. Paulo" da última quarta-feira.

"É indiscutível a enorme importância dos treinadores. Por outro lado, existe um pensamento generalizado, viciado, equivocado de que os técnicos com as suas estratégias de jogo são os únicos ou os grandes responsáveis por tudo o que acontece em campo, nas vitórias ou nas derrotas. Pequenas condutas técnicas, rotineiras, passam a ter um grande significado. Essa supervalorização é a principal razão de tantas demissões de treinadores. Falta o tempo necessário para que haja um entrosamento da equipe."

Bingo.

Os treinadores são muito cobrados, especialmente no Brasil, por que em algum momento passaram a ser os protagonistas do futebol.

Alguns são mais idolatrados que os maiores craques de seus times. O tal "nó tático" vale mais que um gol de bicicleta. Muitos, algo bizarro em qualquer outro esporte, são os mais bem pagos de seus clubes.

Treinador, ensina Tostão, são muito importantes. Mas só no dia que eles voltarem ao seu papel a imprensa deixará de ter obsessão por eles.


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Na queda de outro 'estagiário', quem não faz seu trabalho são os 'gerentes seniores' do Corinthians

Paulo Cobos

Os resultados e o bom futebol não chegaram. A toda poderosa Gaviões da Fiel, assim como fez com Sylvinho, disse que o clube não era o lugar para "treinador estagiário"

E tudo indica que nesta quinta-feira, depois de derrota para o Argentino Juniors pela Libertadores, vai acabar o trabalho de Fernando Lázaro no Corinthians com sua demissão.

O novato treinador, de bons conhecimentos, realmente deixou a desejar.

Fabio Santos e Fagner durante treinamento do Corinthians no CT Joaquim Grava
Fabio Santos e Fagner durante treinamento do Corinthians no CT Joaquim Grava Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Mas isso não isenta a péssima temporada da maioria esmagadora dos "gerentes seniores" do Corinthians, um dos quatro elencos mais caros do país.

Veteranos com os maiores salários do clube estão fora de forma física, técnica, tática. Comemoraram o "clima" melhor com o novato Lázaro no lugar de Vítor Pereira. Mas a entrega em 2023 deles é absolutamente insuficiente.

A lista dos "gerentes seniores" que decepciona na temporada é grande.

Cássio voltou a mostrar lentidão. Fágner teve mais lances violentos que boas performances. Gil e Balbuena são lentos na zaga. Fábio Santos foi temerário contra o Argentino Juniors. Paulinho ser reserva neste time corintiano mostra sua decadência. Giuliano segue sem justificar sua fama. Renato Augusto não consegue jogar.

Yuri Alberto e Roger Guedes, mais jovens, formam uma dupla de ataque de pouca produção.

Se numa empresa os "gerentes seniores" não trabalham bem, não é o estagiário que vai resolver os problemas.

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Um só faz mal para o outro hoje: Rogério Ceni nunca deve voltar ao São Paulo

Paulo Cobos

Acabou nesta quarta-feira a segunda passagem como treinador de Rogério Ceni no São Paulo.

Novamente fracassada, sem títulos e com poucos lampejos de bom futebol.

E mais uma vez deixando sequelas na imagem do maior ídolo, como jogador, da história do clube. Vaias, pedido público de demissão de organizada e discussão de multa rescisória (que Rogério tem o direito absoluto de receber como o combinado em contrato).

Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022
Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022 Ricardo Moreira / Getty Images

Que as duas partes tenham, enfim, aprendido uma lição: Rogério Ceni nunca mais deve voltar para trabalhar no São Paulo.

Um só faz mal para o outro hoje, e será a mesma coisa se repetirem a terceira experiência como treinador. Ou Rogério Ceni em um cargo de direção. Ou até como presidente do clube.

O que deve ficar para o são-paulino é a imagem do goleiro multicampeão, que marcou mais de 100 gols. Que foi exemplo de dedicação. Liderança. Entrega.

Rogério Ceni pós-jogador no São Paulo foi um erro que já custou caro para os dois lados.

O treinador Ceni pode ter sucesso em qualquer clube, incluindo até os rivais Corinthians e Palmeiras. Também seria um grande executivo de futebol até em time europeu. 

No São Paulo, sua presença é tóxica para os dois lados.

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Ancelotti deveria escutar Toni Kroos: trocar Real Madrid por seleção brasileira é 'estupidez'

Paulo Cobos

Toni Kroos, o grande meia alemão, está no último ano de contrato com o Real Madrid.

Aos 33 anos, poderia buscar mais dinheiro com um contrato mais longo em um outro clube europeu ou no famoso "Mundo Árabe". Mas deixou claro, após a vitória sobre o Chelsea que levou o Real Madrid a mais uma semifinal de Champions, que nem cogita em deixar o maior clube do mundo e vai assinar por mais uma temporada.

"O clube sabia desde o início que não faria nada estúpido. Teoricamente, poderia ter assinado com outro time desde 1º de janeiro, mas nem começamos com esse besteira. Há muita confiança entre a gente" disse o meia na Amazon Prime Video após o jogo em Londres.

Carlo Ancelotti durante jogo entre Chelsea e Real Madrid na Champions League
Carlo Ancelotti durante jogo entre Chelsea e Real Madrid na Champions League Getty Images

Carlo Ancelotti, o treinador do Real Madrid, deveria escutar seu jogador.

Sua situação é ainda mais clara. Tem contrato até o final da temporada 2023/2024. Tem a chance de ganhar outra Champions. É adorado pelos jogadores do clube.

Mas o italiano tem a chance de comandar a seleção brasileira. A CBF segue esperando o sim de Ancelotti e mantém o time nacional sem técnico efetivo desde a Copa do Qatar.

Ancelotti já disse que pretende cumprir seu contrato, mas a espera e a confiança da CBF mostram que não seria nada surpreendente ele abandonar o Real antes do final do contrato para assumir a seleção brasileira.

Como bem diz Kroos em espanhol. Seria uma "tontería"

Futebol é muito mais competitivo hoje nos clubes do que nas seleções. E trocar justamente o clube mais poderoso do mundo pela chatice do calendários das seleções sul-americanas até a Copa do Mundo daqui a mais de três anos é "tontería".



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Independente, Ceni, Pato e o ciclo inesgotável da mediocridade no São Paulo

Paulo Cobos

Em poucas horas, o São Paulo é capaz de alimentar o ciclo inesgotável da mediocridade que transformou o clube mais vitorioso e exemplar do país em uma instituição que só envergonha seu torcedor.

O trabalho de Rogério Ceni, na sua segunda passagem como treinador pelo clube, se tornou muito ruim em 2023. Simples assim.

Mas o clube pensar em demitir o treinador apenas depois da toda poderosa Independente, sua maior organizada, pedir a cabeça do ídolo é prova que convicção é algo que o São Paulo escondeu eu uma sala perdida no porão do imenso Morumbi.

O mesmo Ceni, com seu poder sem limites para mascarar a fraqueza dos cartolas são-paulinos, é outra mostra que o São Paulo também esqueceu onde fica sua grandeza que atemorizava adversários no Brasil e até gigantes europeus.

Rogério Ceni e Alexandre Pato conversam no Reffis
Rogério Ceni e Alexandre Pato conversam no Reffis São Paulo FC

E tudo pode piorar.

Se recuperando há meses de uma lesão no Reffis são-paulino, Alexandre Pato não faz questão de esconder seu próprio lobby para voltar ao clube.

Não são poucos os são-paulinos que ficaram entusiasmados com a possibilidade. A diretoria ainda não negocia, mas não duvido que o desespero faça o São Paulo cometer a insanidade de resgatar Alexandre Pato.

Medíocre. Triste. O São Paulo não merece isso.


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Superioridade do Flamengo fez bem, e grandes do Rio hoje são mais fortes que os paulistas

Paulo Cobos

Em fevereiro de 2021, sugeri, praticamente sonhando, que o Flamengo imitasse o Bayern de Munique, que socorreu financeiramente o rival Dortmund, e ajudasse com dinheiro seus rivais cariocas.

Era um tempo em que o rubro-negro estava em um patamar muito acima de Fluminense, Vasco e Botafogo.

Pouco mais de dois anos depois, o Flamengo não fez nada financeiramente para socorrer os outros grandes cariocas. Mas, no fim, sua superioridade acabou fazendo bem para Fluminense, Vasco e Botafogo.

Marcelo em sua apresentação no Fluminense
Marcelo em sua apresentação no Fluminense Gazeta Press

A ponto de hoje, em abril de 2023, ser possível cravar que os grandes cariocas são mais fortes que os paulistas.

A diferença no faturamento entre o Flamengo e seus rivais cariocas ainda é enorme. Mas, com o trabalho bem feito no Fluminense e o dinheiro dos donos ricaços de Botafogo e Vasco, o patamar do rubro-negro desceu vários degraus.

Os adversários de cidade do Flamengo tiveram que se mexer para não se transformarem em meros coadjuvantes.

Não foi o que aconteceu no Estado mais rico do país em relação ao Palmeiras.

Corinthians, São Paulo e Santos não têm como competir com o alviverde. O abismo só aumenta.

E a realidade hoje é que o futebol do Rio tem dois favoritos aos principais títulos da temporada, Flamengo e Fluminense, e um futuro promissor para Botafogo e Vasco.

Em São Paulo, só o Palmeiras briga por títulos grandes. Os outros três grandes só tentam evitar vexames.

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Contra vexame histórico, Palmeiras engole orgulho e faz do 'Paulistinha' um 'Paulistão'

Paulo Cobos

Em 2018, se sentindo prejudicado na decisão do Campeonato Paulista contra o Corinthians, o Palmeiras se enfureceu e passou a tratar o mais tradicional Estadual do país com absoluto desprezo.

Seus cartolas e as redes sociais dos clubes passaram a se referir ao torneio como "Paulistinha". Chegou até a boicotar a festa de premiação dos melhores da competição. Abel Ferreira, o técnico alviverde, não se cansa de criticar o campeonato e a federação.

Mas o risco de passar um dos maiores vexames da sua história fez o Palmeiras subitamente achar que agora disputa o "Paulistão".

Gustavo Gómez levanta o troféu de campeão paulista do Palmeiras
Gustavo Gómez levanta o troféu de campeão paulista do Palmeiras Cesar Greco/Ag Palmeiras

Precisando reverter a derrota no primeiro jogo da decisão para o Água Santa, time que não joga nem a Série D do Brasileiro, o técnico Abel Ferreira resolveu poupar praticamente todo o time titular na estreia na Libertadores, nesta quarta-feira, contar o Bolívar.

Além da menor chance de conquistar três pontos, também coloca em risco a cota de US$ 300 mil por vitória na fase de grupos, novidade este ano na Libertadores.

O título do Paulista vale mais, mas não é nenhuma fortuna para o Palmeiras (R$ 5 milhões).

A Libertadores faz tempo que virou prioridade e obsessão para clubes e torcidas brasileiras 

Mas até os anos 70, isso era inimaginável. O Estadual era a competição que todos queriam ganhar.

Duvido que, se o adversário da final do Paulista fosse Corinthians ou São Paulo, o Palmeiras pouparia o time titular em jogo de Libertadores.

Mas o medo de uma grande vergonha, como disse Abel Ferreira, fez o Palmeiras engolir o orgulho e tratar o jogo contra o Água Santa em questão de vida ou morte.


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Depois de encantar no Flamengo: o perigo de Jorge Jesus virar um 'novo Carpegiani'

Paulo Cobos

Paulo César Carpegiani foi um craque como meia do Internacional e do Flamengo.

Em 1981, depois de pendurar as chuteiras, dava os primeiros passos na nova profissão quando era auxiliar no mesmo rubro-negro carioca.

O Flamengo resolveu mandar o treinador titular, Dino Sani, embora. Carpegiani, primeiro como interino e logo depois como efetivo, foi o substituto.

O resto é o período mais glorioso da história do Flamengo. Sob o comando de Carpegiani, campeão da Libertadores e do Mundial de 1981. E o título do Brasileiro em 1982.

Jorge Jesus nos tempos de Flamengo
Jorge Jesus nos tempos de Flamengo Alexandre Vidal / Flamengo

Depois de comandar o melhor Flamengo de todos os tempos, Carpegiani nunca mais brilhou nem de perto como aconteceu na Gávea.

Seu melhor momento foi na década de 90, com títulos do Campeonato Paraguaio e a boa campanha dirigindo a seleção paraguaia, retranqueira, na Copa de 1998. Também foi campeão baiano pelo Vitória.

De resto, foram quase três décadas passando por um batalhão de clubes, grandes e médios, sem nada de expressivo.

Lembrei de Carpegiani ao ler o noticiário que Jorge Jesus está por um fio no Fenerbahce, gigante turco em que não ganhou títulos e clássicos.

Isso depois de uma passagem medíocre pelo Benfica após resolver deixar de surpresa o Flamengo em 2020.

Antes de comandar o melhor time brasileiro deste século e ganhar Libertadores e Brasileiro, Jesus teve uma primeira boa passagem pelo Benfica.

Mas o fato é que o ápice da sua carreira aconteceu no rubro-negro brasileiro. E nos últimos três, como se fosse o Carpegiani do século 21, nem de perto repetiu esse brilho.

Carpegiani voltou outras vezes ao Flamengo. Com resultados desastrosos.

O clube hoje é outro, milionário e ainda com o melhor elenco do Brasil. Se um dia voltar, Jesus terá muito mais ferramentas para voltar a ser campeão pelo Flamengo.

Mas o risco do fracasso existe. Bom pensar se vale o risco de se transformar em um "novo Carpegiani".


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Vice 'vergonha' do Palmeiras só arranharia prestígio de Abel; vice 'normal' do Fluminense detona Diniz

Paulo Cobos

O Palmeiras de Abel Ferreira começou a decisão do Paulista, contra o modesto Água Santa, como favoritaço. O Fluminense de Fernando Diniz tinha um leve favoritismo contra o poderoso Flamengo antes do primeiro jogo da final do Carioca.

Mas tanto Palmeiras quanto Fluminense foram derrotados na primeira metade das decisões dos Estaduais mais tradicionais do país.

Sem rodeios, Abel disse que será uma "vergonha" se o Palmeiras não reverter o placar na volta.

Abel Ferreira e Fernando Diniz antes de partida entre Palmeiras e Fluminense no Allianz Parque
Abel Ferreira e Fernando Diniz antes de partida entre Palmeiras e Fluminense no Allianz Parque Vinicius Nunes/Agencia F8/Gazeta Press

Tem toda razão. Contra um time nunca jogou uma competição nacional e com um orçamento irrisório, o Palmeiras tem a obrigação de ser campeão paulista.

Fernando Diniz, expulso de forma infantil no sábado na derrota por 2 a 0 para o Flamengo, não falou após o jogo.

Se falasse, com certeza não diria que um vice do Fluminense seria uma vergonha. E realmente perder para o Flamengo não é demérito. Na verdade, é até muito normal.

O Fluminense foi melhor do que o Flamengo no primeiro tempo da decisão. O Palmeiras nunca conseguiu ser melhor do que o Água Santa.

Com tudo isso, o vice campeonato deveria ser muito pior para o prestígio de Abel Ferreira do que para Fernando Diniz.

Mas não é o que irá acontecer caso Palmeiras e Fluminense não revertam a desvantagem.

Um vice vergonhoso vai só arranhar o prestígio do técnico português no Palmeiras. Um vice absolutamente normal fará mais uma vez Fernando Diniz ser detonado sem dó pelos seus tantos críticos.

O currículo de títulos depõe a favor de Abel. A falta de taças conspira contra Diniz.

Mas não é só isso que dá ao palmeirense a chance de falhar que o técnico tricolor nunca tem.

Abel Ferreira é blindado contra críticas. Diniz é como um ímã que atrai gente sedenta para dizer que ele é uma farsa. 

Ambas coisas erradas.


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'Belas histórias' não pagam a conta: volta de Messi para o Barcelona seria ruim para os dois

Paulo Cobos

O Barcelona admite agora publicamente que faz contatos para Messi voltar ao clube. Xavi, técnico do clube catalão, disse nesta sexta-feira que será o "primeiro a fazer todo o possível" para que o argentino volte.

Segundo um cartola do clube, o retorno de Messi ao Camp Nou é um desfecho perfeito para um "amor mútuo": "Belas histórias devem ter finais felizes", disse Rafa Yuste, vice-presidente do Barcelona.

Messi nos tempos de Barcelona
Messi nos tempos de Barcelona ARIS MESSINIS/AFP/Getty Images

Tudo parece muito bonito, mas a verdade é que a volta do maior jogador da história do Barcelona ao clube neste momento seria um erro para os dois lados.

O Barcelona segue afundado em dívidas e ainda enfrentando a chance de sofrer pesadas punições se provada a acusação que comprou juízes. 

No PSG, Messi tem dificuldades para jogar em alto nível uma temporada toda.

Mesmo com o argentino em campo, o Barcelona, com o elenco atual, não teria ainda time para brigar pelo título da Champions.

O caminho certo para o gigante catalão é seguir saneando suas finanças e apostar nas muitas revelações de seu elenco. 

Duvido que Messi aceitaria voltar para o Barcelona por um "salário simbólico". Trazê-lo de volta seria sucatear ainda mais as contas do clube.

Messi tem muito a perder voltando para um clube com tantas dúvidas como é o Barcelona hoje.

Encerrar a carreira de forma perdedora onde tanto brilhou não seria nada legal.

A história entre Messi e Barcelona já foi tão linda que não precisa se repetir como farsa.

Messi tem opções muito melhores para ganhar dinheiro (seguir no PSG), jogar em um time competitivo (Inglaterra), ter uma vida tranquila (MLS) ou até voltar para a Argentina no Newell's onde deu os primeiros passos.

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PSG é uma maldição para o Campeonato Francês

Paulo Cobos

O jornal francês L'Equipe divulgou nesta quinta-feira a lista de todos os salários do futebol francês.

Todos os 10 mais bem pagos jogam no PSG. Entre os 20 mais bem remunerados, 15 são do clube de Paris.

Nenhum campeonato de qualquer esporte coletivo do mundo pode ser bom com tamanha concentração de dinheiro em apenas um time.

PSG foi campeão francês em 2021-22 com seu trio badalado formado por Messi, Neymar e Mbappé
PSG foi campeão francês em 2021-22 com seu trio badalado formado por Messi, Neymar e Mbappé FRANCK FIFE/AFP via Getty Images

O PSG é uma maldição para o Campeonato Francês.

Com o dinheiro farto de seus donos bilionários árabes, o time de Neymar, Mbappé e Messi acaba com qualquer ideia de competitividade real.

Faz com que jogadores franceses, os mais talentosos do mundo hoje, prefiram buscar um clube no exterior do que jogar um campeonato de baixo nível e que só um clube pode pagar os melhores salários.

Os clubes franceses são uma vergonha no ranking de títulos europeus. Somando Champions, Copa da Uefa, Europa League, Recopa e Supercopa, times da França ganharam só dois títulos na história, o mesmo número que a Romênia.

O próprio PSG não se dá bem na Europa mesmo com seu time milionário. Jogando o medíocre campeonato nacional, nunca ganhou a Champions.

Uma maldição.


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Imagine o quanto o Boca Juniors seria maior sem a sua própria bagunça e o caos da economia da Argentina

Paulo Cobos

O Boca Juniors é o maior clube das Américas. Um dos maiores do mundo.

Ainda bem, para os rivais do Boca no Brasil, que camisa, definitivamente, não é tudo no futebol.

O clube de Buenos Aires poderia estar em um patamar acima de todos os times sul-americanos se não fosse uma grande bagunça interna e o caos da economia argentina.

Estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, Argentina, a casa do Boca Juniors
Estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, Argentina, a casa do Boca Juniors Sebastian Rodeiro/Getty Images

Depois de  mandar em julho passado um treinador embora (Sebastián Battaglia) em uma posto de gasolina, o Boca demitiu outro técnico nesta terça-feira. Hugo Ibarra foi dispensado a uma semana do início da fase de grupos da Libertadores.

O Boca é palco das isputas políticas mais dilacerantes do futebol pelo poder nas suas eleições. Muitas vezes é refém de sua temida torcida organizada.

Riquelme, um gênio com futebol, é um cartola trapalhão no comando hoje do Boca e nem viaja para acompanhar o time nos jogos fora da Argentina.

Não bastasse as próprias crises que fabrica, o Boca, assim como todos os clubes argentinos, é vitima no caos financeiro do seu país.

Quando fez seu orçamento para esta temporada, que no caso do clube começou em julho de 2022 e vai até junho de 2023, o Boca estimava que um dólar valeria 195 pesos em junho deste ano.

Pelo câmbio oficial, uma unidade da moeda americana já vale 207 pesos. Pela cotação "blue", a que a maioria dos argentinos usa, um dólar já vale quase 400 pesos.

No seu orçamento, o Boca estimava uma inflação de 50% na Argentina para os 12 meses de seu orçamento. Mas a inflação do país supera os 100% nos últimos 12 meses.

Impossível se planejar assim.

O Boca é gigante. Mas deixou de ser assustador por sua bagunça e a da Argentina.



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Não tem desculpa: todos os brasileiros têm obrigação de avançar na fase de grupos da Libertadores

Paulo Cobos

Não tem nenhum grupo da morte. Logística de viagens é tema de atenção, mas também não serve de desculpa. Ninguém vai jogar três vezes na altitude.

Depois do sorteio da fase de grupos da Libertadores-23, nesta segunda-feira, os 7 clubes brasileiros na competição têm a obrigação de avançar para as oitavas de final da competição.

Na maioria dos casos, os times nacionais são os melhores de suas chaves. Nos casos de Fluminense, Corinthians e Athletico-PR, aparecem amplamente como os segundos melhores de seus grupos.

Grupos da Libertadores apresentados em tela na sede da Conmebol
Grupos da Libertadores apresentados em tela na sede da Conmebol NORBERTO DUARTE/AFP via Getty Images

O favoritismo numa fase de grupos da Libertadores é algo que o futebol brasileiro terá que enfrentar por muito anos.

O orçamento de qualquer time nacional é muito maior do que a imensa maioria dos outros times sul-americanos. Mesmo diante dos gigantes argentinos, Boca e River, a diferença de caixa existe.

Além disso, as equipes brasileiras têm os melhores estádios da continente.

Muito mais difícil é a logística dos outros times do continente: imagine um time da Colômbia jogando na Argentina, Paraguai e Uruguail.

Dizer que os times brasileiros são prejudicados pela arbitragens, em tempos de VAR, só cheira hoje a desculpa de mau perdedor.

No sorteio das oitavas de final, daqui a alguns meses, serão sete clubes brasileiros nos potes da Conmebol. Quem falhar e não estiver lá terá feito um vexame.

Conmebol Libertadores: qual é a maior 'pedreira' do pote 1 do sorteio?







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Justiça ou estupidez? Veja como Manchester United ter goleiro como o mais bem pago é fora da curva

Paulo Cobos

O site Spotrac, especializado em finanças do esporte, publicou os salários de todos os jogadores dos 20 clubes da Premier League.

Pela ferramenta do site, é possível listar os atletas de um clube específico e também a remuneração dos jogadores por posição.

Na lista dos 40 mais bem pagos, só existe um goleiro: o espanhol De Gea, do Manchester United.

David De Gea em campo pelo Manchester United contra o Wolverhampton, pela Premier League
David De Gea em campo pelo Manchester United contra o Wolverhampton, pela Premier League Getty Images

Ele é um ponto fora da curva. Com salário anual de 19,500 milhões de libras (quase R$ 125 milhões pelo câmbio atual), ele só ganha menos nesta temporada da Premier League do que De Bruyne e Haaland (ambos do City).

Goleiro mais bem pago de um elenco da Premier League é raro. Além de De Gea, só Leno, no Fulham, tem essa condição (recebe 4,680 milhões de libras).

Na média, o goleiro mais bem pago de cada time aparece na 8ª posição no ranking de salários do elenco.

Os 19,500 milhões de libras que De Gea recebe no United é uma aberração para a posição. Na média, os outros 19 clubes pagam, em média, "apenas" 3,440 milhões de libras anuais para seu goleiro mais bem pago.

No City, o brasileiro Ederson tem apenas o 17º maior salário do elenco de Guardiola, com 3,380 milhões anuais.

O United faz justiça ou estupidez a ter o goleiro como o jogador mais bem pago?

Fico com a segunda opção, e não só pelos resultados modestos do gigante de Manchester nos anos em que De Gea tem o maior salário do elenco.

Goleiro mais bem pago em time grande só Rogério Ceni no São Paulo justificou até hoje. Fazia defesas decisivas e marcou 131 gols pelo clube.

Os goleiros merecem cada vez mais valorização. Mas De Gea é a prova que ter um deles como o mais bem pago não leva o clube a lugar algum.










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Raposão do Cruzeiro de olhos azuis é ridículo; gordofobia com Ronaldo também

Paulo Cobos

Ronaldo está em péssima fase no Cruzeiro.

Resultados desastrosos, briga com Mineirão, mudança de técnico, chororô por número de rebaixados no Brasileiro. Não bastasse tudo isso, atraiu ainda mais a ira da torcida ao permitir que marqueteiros fizessem uma repaginada ridícula no visual dos mascotes do clube: Raposão e Raposinho.

E a nova polêmica está longe de ser algo tolo.

Os novos visuais do Raposão e do Raposinho, mascotes do Cruzeiro
Os novos visuais do Raposão e do Raposinho, mascotes do Cruzeiro Reprodução

Embranquecer o Raposão e colocá-lo com olhos azuis é um soco na cara do cruzeirense, que tem toda razão de protestar, tanto nas redes sociais quanto na porta do clube.

Vale pedir até a cabeça de Ronaldo Fenômeno, que já deve estar se arrependendo de ter virado dono de clube no Brasil.

Também vale dizer que o Raposão tem mais tradição que um dos maiores jogadores da história.

Mas não venham falar que isto aqui é mimimi. 

O tal "Ronaldo Gordão" não tem graça nenhuma. É gordofobia. Faz mal para Ronaldo. Faz mal para muita gente.

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Raposão do Cruzeiro de olhos azuis é ridículo; gordofobia com Ronaldo também

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'Melhor do mundo', segundo Fifa, Brasil nunca pareceu tão longe de ganhar uma Copa como em 2026

Paulo Cobos

O futebol de seleções volta nesta semana depois da Copa do Qatar, conquistada pela Argentina.

A equipe de Tite fracassou de forma retumbante, com desempenho pobre e eliminação para a Croácia, novamente nas quartas de final.

Mas, em situação que até o criador da lista ficaria com vergonha de explicar, o Brasil continua no topo do ranking da Fifa.

Seleção brasileira posa para foto antes do jogo contra a Croácia, pela Copa do Mundo do Qatar
Seleção brasileira posa para foto antes do jogo contra a Croácia, pela Copa do Mundo do Qatar Getty Images

O fato é que a "melhor seleção do mundo", segundo os algoritmos da Fifa, é a seleção brasileira que mais longe parece candidata a ganhar uma Copa do Mundo no começo do ciclo para a competição.

O Brasil hoje não está entre as oito melhores equipes nacionais do planeta.

A geração veterana vai embora sem deixar saudades. Neymar, mais uma vez machucado, não tem como comandar o projeto do hexa. A nova geração tem bons talentos, mas está longe de ser tão numerosa como, por exemplo, a francesa.

Nem mesmo um técnico o Brasil tem hoje.

Até a Copa de 2026, nos EUA, Canadá e México, muito coisa pode acontecer.

Apesar de tudo, o Brasil ainda é um grande revelador de talentos.

Mas apostar no hexa daqui a três anos hoje é tão lunático como o sujeito que criou um ranking em que a seleção de Tite ainda é a "melhor do mundo".

Rony x Andrey, Veiga x Paquetá e MAIS: treino da seleção brasileira 'pega fogo' no um contra um; VEJA










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Pela incompetência de ambos, é tentador Corinthians e São Paulo se tornarem SAFs

Paulo Cobos

A invasão de torcedores organizados no CT do Corinthians e mais uma crise no São Paulo envolvendo Rogério Ceni provam que os dois gigantes paulistas estão mergulhados na incompetência há muitos anos.

Corinthians e São Paulo não são hoje só clubes endividados e incapazes de brigarem por grandes títulos. Seus cartolas não se cansam de trapalhadas. E a oposição é tão ruim ou até pior que os atuais grupos que mandam no Parque São Jorge e no Morumbi.

Julio Casares, presidente do São Paulo, e Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians
Julio Casares, presidente do São Paulo, e Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians Victor Monteiro/Pera Photo Press/Gazeta

A perspectiva de mudanças concretas nos dois clubes é mínima.

Nesse cenário, é tentador para Corinthians e São Paulo se tornarem SAFs. Quem não gostaria de um ricaço árabe chegando com investimentos milionários e acabando com a bagunça no Parque São Jorge e no Morumbi?

Eu não.

Não só pelas dificuldades que os clubes grandes brasileiros que já se tornaram SAFs, como Botafogo, Cruzeiro, Bahia e Vasco, estão enfrentando. 

Continuo achando o que escrevi no blog em 2021, que é "muito melhor ser Real Madrid do que um clube-empresa".

SAF é uma solução, para clubes grandes, que serve apenas para equipes claramente quebradas, o que não é, pelo menos por enquanto, os casos de Corinthians e São Paulo.

Quando o presidente de um clube que ainda é de seus sócios é ruim, ele pelo menos pode sair na próxima eleição. Se o clube tem um dono, e ele é péssimo, fica mandando até quando quiser.



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Fazer leilão por Sampaoli seria vexame para clubes brasileiros

Paulo Cobos

Jorge Sampaoli foi demitido pelo Sevilla e está no mercado a pouco menos de um mês do início do Campeonato Brasileiro, da Libertadores e da Sul-Americana.

Com muitos treinadores de times nacionais fazendo trabalhos frágeis, não faltarão torcedores sonhando com a contratação do argentino.

Não duvido até em leilão por Sampaoli, o que seria um vexame para os clubes brasileiros.

Jorge Sampaoli nos tempos de Atlético-MG
Jorge Sampaoli nos tempos de Atlético-MG Atlético-MG

Sampaoli, definitivamente, não vale investimentos milionários, como fizeram Santos e Atlético-MG quando o tiveram.

Seu currículo de títulos, tirando seus tempos de futebol chileno, é impublicável.

Foi provavelmente o pior técnico da seleção argentina em uma Copa do Mundo.

Realmente é capaz de montar bons times, que jogam ofensivamente. Mas faz isso com uma cobrança insana por reforços para a maioria dos clubes brasileiros e com um ambiente que vai se deteriorando com o tempo.

Se eu fosse dirigente de um clube brasileiro, até pensaria em ter Sampaoli. Só que com uma oferta muito menor do ele acha que vale.



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Pezzolano tem caráter, mas técnico de futebol nunca deve prometer 'aqui não trabalho'

Paulo Cobos

Ao anunciar sua saída do Cruzeiro, após a eliminação no Campeonato Mineiro, Paulo Pezzolano fez uma promessa ao comentar o plano da sua carreira para 2023.

"Se chegar algo antes, pode acontecer. Mas eu prometo para todos os torcedores que, aqui no Brasil, este ano, não vou trabalhar. Sou uma pessoa de palavra e não trocaria o Cruzeiro hoje por outra equipe no Brasil. Por tudo que vivemos no ano passado. Foi muito intenso e lindo. Acho que seria falta de respeito ao torcedor e a todos que trabalham no Cruzeiro."

Pezzolano durante jogo do Cruzeiro
Pezzolano durante jogo do Cruzeiro Staff Images/Cruzeiro

Nunca estive com Pezzolano. Mas, por suas entrevistas e conduta, me parece um profissional de muito caráter, e não vai repetir o português Vítor Pereira, que prometeu amor eterno ao Corinthians para dias depois assinar com o Flamengo.

Mas o uruguaio errou ao dizer uma frase que nunca um treinador de futebol profissional deveria falar: "neste clube não trabalho".

Trabalho de treinador, ainda mais no Brasil, é um emprego absurdamente volátil.

Quem parece absolutamente seguro, como era Pezzolano no Cruzeiro, está sem emprego poucas semanas depois.

E vão surgindo vagas em clubes que demitem seu técnico. E muitas vezes elas são melhores que o emprego anterior.

Ou não seria loucura Pezzolano recusar Flamengo ou Palmeiras?

Pezzolano comunica saída do Cruzeiro: 'Decisão tomada desde dezembro'








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Sucesso de Renato no Grêmio é exceção; fracasso de Rogério Ceni no São Paulo é a regra

Paulo Cobos

Renato Gaúcho é o maior jogador da história do Grêmio. Rogério Ceni é o maior atleta da história do São Paulo.

Renato, somando todas as passagens, também é um sucesso no tricolor gaúcho como treinador. Ceni, como técnico do clube do Morumbi, é um fracasso tanto na primeira como na segunda tentativa.

Sou daqueles que acha que jogadores do tamanho de Renato e Ceni nunca deveriam tentar a vida de treinador no clube em que eles são idolatrados e lendas.

Renato Gaúcho, do Grêmio, e Rogério Ceni, então no Fortaleza, se cumprimentam
Renato Gaúcho, do Grêmio, e Rogério Ceni, então no Fortaleza, se cumprimentam Pedro H. Tesch/Agif/Gazeta Press

Nunca o maior ídolo de um clube deveria ser vaiado ou xingado pela mesma torcida que o amava como jogador. E a chance de isso acontecer quando se é treinador é gigante.

Renato é a exceção da regra, virando também ídolo como treinador do Grêmio. Ceni só confirma a regra que o ídolo como jogador vira "burro" no banco.

O gremista até ganhou títulos em outros clubes. Mas só se mostrou um técnico de ponta no Grêmio. Ceni ganhou títulos no Flamengo e fez um dos grandes trabalhos dos últimos anos no futebol brasileiro no Fortaleza, mas segue sem títulos e acumulando crises no São Paulo.

Não sei explicar o motivo que Renato parece só dar certo no Grêmio. E que Ceni dá a impressão que pode até ser técnico da seleção, mas nunca vai funcionar no São Paulo.

Ambos têm um ego gigante. Mas a explicação pode estar que o Grêmio hoje é (muito) mais organizado que o São Paulo.



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Sucesso de Renato no Grêmio é exceção; fracasso de Rogério Ceni no São Paulo é a regra

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