O mal que Cristiano Ronaldo faz a Messi. E vice-versa
Que Messi estimula Cristiano Ronaldo e que Cristiano Ronaldo estimula Messi parece evidente já faz um bom tempo.
Por mais que ambos tenham obsessão com suas carreiras (e creio que nesse aspecto o português está um pouco à frente), parece lógico, após anos atuando rigorosamente nos mesmos campeonatos, imaginar que as marcas de um não seriam as mesmas sem o outro.
Porque ainda que alguém possa discutir se o empenho deles seria tão diferente ao entrar em campo caso o outro não existisse, é difícil duvidar que tanto Messi quanto Ronaldo teriam jogado menos vezes não fosse a disputa por marcas particulares, artilharias, prêmios e todo o tipo de reconhecimento e rivalidade que sempre envolveu suas espetaculares trajetórias.
É evidente que toda e qualquer comparação não apenas entre eles, mas também aquelas envolvendo jogadores do passado, só poderá ser feita com um pouco mais de precisão quando ambos encerrarem suas carreiras e derem a elas números e feitos definitivos.
Mesmo assim, quando ambos tiverem parado, por mais que sejam divertidas, as tais comparações serão sempre inconclusivas, porque também subjetivas, e haverá certezas para os dois lados sobre quem foi melhor, quem foi mais ou menos beneficiado pelo contexto que o envolvia, quais deveriam ser os pesos das seleções nesses paralelos e tantas outras certezas quantas você puder encontrar.
Há uma certeza, porém, que dificilmente alguém poderá rebater: a de que, se não houvesse um Cristiano Ronaldo, Messi só poderia ser comparado com jogadores do passado. E a de que, se não houvesse um Messi, Cristiano Ronaldo também seria incomparável aos seus contemporâneos.
Não que lhes falte reconhecimento, e nem poderia diante dos absurdos que produzem semanalmente há tantos anos, mas é justamente nesse ponto que um craque acaba, de certo modo, por “minimizar” o tamanho do outro: a existência de um faz com que os feitos e o futebol do outro sejam alcançáveis, apesar de anormais. Se não houvesse Ronaldo, imagine qual seria a distância de Messi para o humano mais próximo. E vice-versa.
Se por um lado Messi e CR7 certamente estimulam um ao outro, por outro lado a existência de um faz o outro parecer humano.
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Fonte: Gian Oddi
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