As três opções de Leco e sua escolha infeliz: ele realmente pensa o que disse?
Coloque-se na seguinte situação: você é presidente de um dos clubes mais populares do país e contrata para ser treinador da equipe o maior ídolo da história deste clube — decisão que, maquiavélica ou não, acaba por ajudá-lo na reeleição para a presidência.
Em seu segundo mandato, contudo, você vende boa parte dos jogadores importantes do time e, ainda que os reponha, dificulta indiscutivelmente a vida do novato treinador, que acaba demitido cerca de seis meses após sua (arriscada) contratação.
Na primeira entrevista coletiva após a demissão, vem a inevitável pergunta: "Qual a parcela de responsabilidade que a diretoria tem no fracasso do treinador?".
Daremos a você, senhor presidente, três opções de respostas para avaliar a que melhor caberia para a ocasião:
1) "A responsabilidade é toda nossa. Não apenas porque fizemos uma aposta que talvez ainda não fosse o momento de fazer, mas porque, por circunstâncias financeiras e administrativas, não pudemos dar ao treinador as condições que considerávamos ideais para realizar o trabalho";
2) "Temos nossa parcela de responsabilidade. É claro que a troca de jogadores no elenco, embora necessária por aspectos financeiros, não ajudou o trabalho do Rogério, que sai pela conjuntura atual do campeonato, mas demonstrou condições e predicados para realizar, no futuro, bons trabalhos como treinador";
3) "A diretoria não tem nenhuma responsabilidade. A diretoria, que teve a coragem de contratá-lo sendo uma figura ainda desconhecida e novata no tema específico da direção técnica, confiou no trabalho e deu a ele todas, todas todas e um pouco mais, as condições de realizá-lo".
Embora a opção 1 talvez seja a que melhor reflete a realidade dos fatos, era de se esperar que Leco, presidente do São Paulo, optasse por um caminho mais próximo da opção 2 — por polidez, diplomacia e respeito à figura de Rogério Ceni.
Optar pela absurda opção 3, dita textualmente, como é possível ver no vídeo acima, demonstra não apenas um caminho em certo aspecto agressivo e impopular (pouco inteligente, portanto).
Quando Leco exime sua direção de qualquer responsabilidade no insucesso de Rogério, ele demonstra desconexão com a realidade e desconhecimento sobre os aspectos mais banais sobre a montagem de um time de futebol. Problemas que podem continuar influenciando, negativamente, o trabalho do futuro treinador tricolor.
Resta ao torcedor são-paulino uma esperança: a de que Leco não tenha dito aquilo que realmente que pensa.
Fonte: Gian Oddi
As três opções de Leco e sua escolha infeliz: ele realmente pensa o que disse?
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.