Cartolão espanhol que sonha com Liga Brasileira de Clubes é odiado na Espanha

Diego Garcia, de São Paulo (SP), e Thiago Arantes, de Barcelona (ESP), da ESPN
Divulgação
Cartola da Liga Espanhola quer ajudar clubes no Brasil
Cartola da Liga Espanhola quer ajudar clubes no Brasil

Homem-forte do futebol espanhol há muitos anos e considerado um dos cartolas mais influentes da Europa, Javier Tebas tem um sonho antigo: o de ver o futebol brasileiro funcionando com uma Liga entre clubes, conforme divulgou o ESPN.com.br nesta segunda-feira. O irônico é que o cartola não é necessariamente muito popular em seu próprio país, onde chega até a ser odiado pelo público.

O canto de "Tebas vete ya" (Fora, Tebas) já existia isoladamente nos estádios do país ibérico. Só que, em fevereiro deste ano, depois de medidas da Liga Espanhola contra os gritos de algumas torcidas, começou um movimento entre os torcedores visando atacar o presidente da Liga de Futebol Profissional da Espanha.

O ponto de partida para o ódio contra o dirigente foi a rodada 23 do Campeonato Espanhol dessa temporada. Desde então, em vários estádios ao longo da competição, as torcidas gritam no exato minuto 12 dos jogos o cântico de ataque a Tebas, simbolizando que os adeptos são, na verdade, o 12º jogador dos clubes.

O grito já foi visto nas mais variadas arenas da Liga Espanhola, como Camp Nou, Calderon, Mestalla, Balaídos e Riazor. Os maiores estádios da Espanha aderiram em massa ao movimento.

A exceção, contudo, é o Santiago Bernabéu, onde a iniciativa não pegou como nos demais complexos esportivos. No estádio do Real Madrid o grito também já foi ouvido isoladamente, mas não como parte deste movimento orquestrado pelas torcidas desde a rodada 23.

Entretanto, no Bernabéu, o cântico foi entoado, por exemplo, na vitória por 3 a 0 sobre o Espanyol, em 10/1 - ainda antes do movimento -, como protesto à atuação do árbitro David Fernandez Borbalan, que expulsou o lateral Coentrão no duelo.

O ESPN.com.br divulgou nesta segunda-feira que Javier Tebas é um dos defensores mais ferrenhos da criação de uma Liga de Clubes no Brasil. O advogado, inclusive, estuda uma Liga Brasileira há mais de quatro anos e é um entusiasta do assunto.

A reportagem publicou que o cartola se ofereceu para vir ao Brasil sempre que necessário fazer exposições e participar de eventos com os clubes, explicando como funciona a Liga Espanhola e buscando ajudar na luta para a criação de uma Liga Brasileira.

Ele confessou o desejo em seminário ocorrido em Madrid no mês de abril, quando participaram os cartolas brasileiros Fred Luz, CEO do Flamengo, Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR, e José Carlos Peres, CEO do G-4 Paulista.

A empreitada para a criação uma Liga independente no Brasil ganhou força em 2015. Grandes times de Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais colocaram o assunto em pauta nos últimos meses. Por enquanto, Flamengo, Fluminense, Coritiba, Atlético-PR, Paraná e Cruzeiro já esboçaram apoio ao movimento. Os cariocas, inclusive, lideram tratativas para a empreitada.

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