Primeiro, foram Flamengo e Fluminense no Rio de Janeiro. Depois, Atlético-PR, Coritiba e Paraná em Curitiba. E agora é a vez do Cruzeiro se rebelar em Belo Horizonte e cogitar abandonar a federação local. O presidente celeste Gilvan de Pinho Tavares não descarta se unir com os demais clubes para formar uma liga independente e diz ter sido procurado para conversar sobre o assunto nas últimas semanas.
Segundo o mandatário, o motivo da indignação é a recusa da federação mineira em transferir o confronto decisivo com o Atlético-MG, pela semifinal do estadual, para o próximo sábado, 18.
Em caso de manutenção da partida no domingo, 19, o time voltará a campo em menos de 60h de intervalo para enfrentar o Universitário de Sucre, na próxima terça-feira, 21, pela Libertadores. O artigo 25 do Regulamento Geral de Competições da CBF abre exceções para casos como esse somente em situações excepcionais.
Gilvan de Pinho contesta o fato de o presidente da federação mineira, Castellar Guimarães Neto, insistir em escutar o rival Atlético-MG, visitante no segundo jogo, quando o regulamento prevê que a mudança na tabela deveria considerar apenas as partes diretamente interessadas: o time mandante (Cruzeiro) e a detentora dos direitos de transmissão (Rede Globo).
Em nota, a emissora não se manifestou contrária à alteração, mas ressaltou que o Galo teria de concordar com ela..
O representante cruzeirense acusa Castellar Neto de "trama interna" e ainda de agir em favor de seu clube de coração, o Atlético-MG.
"Ele dá cambalhota em vitórias do Atlético-MG, posta foto com camisa, deve ser tudo bonito para ele. Não trabalho assim. Sou presidente do Cruzeiro. Ninguém me vê com nossa camisa em viagens oficiais. É preciso ter a postura que o cargo exige para não provocar seus demais filiados", afirma Gilvan ao ESPN.com.br.
"É por isso que agora sou favorável também (à criação de uma liga). Já fui consultado e não pode continuar assim. É um assunto que está sendo falado e vamos acelerar as conversas porque não dá para disputar o Mineiro com um presidente desses", prossegue.
A possibilidade não é rejeitada na Toca da Raposa II.
"Deixa eu te falar. Essa conversa toda que está rolando é para boi dormir. O presidente da federação é atleticano e um diretor da Globo Minas também, por isso, estão tentando prejudicar o Cruzeiro e fazer com que joguemos num intervalo de 49 horas, inferior ao permitido pela CBF. A federação diz que precisa ter a concordância do Atlético-MG, mas isso é ela querendo tirar o corpo fora. O seu presidente tem que tomar uma atitude", conclui o mandatário celeste.
Ele prometia acionar a Justiça Desportiva nesta terça-feira para resolver o impasse.
Na primeira partida, no último domingo, Cruzeiro e Atlético-MG empataram em 1 a 1, na Arena Independência.
Contra 'presidente atleticano', Cruzeiro cogita liga com Rio de Janeiro e Paraná
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