Viagens de atletas paralímpicos começam a ser pagas no dia da abertura dos Jogos

Thiago Cara, do Rio de Janeiro (RJ), para o ESPN.com.br
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Philip Craven, presidente do CPI, com Mario Andrada, da Rio 2016, ao fundo
Philip Craven, presidente do CPI, com Mario Andrada, da Rio 2016, ao fundo

O Comitê Paralímpico Internacional (CPI) confirmou que começou a receber o dinheiro para o pagamento da viagem de atletas nesta quarta-feira, mesmo dia da abertura dos Jogos. O atraso é fruto de cortes no orçamento realizados após a Olimpíada do Rio de Janeiro.

Ao menos dez países estavam com problemas para arcar com os custos do transporte, que, por regulamento, deveriam ter sido repassados pelos organizadores brasileiros às contas do CPI, para que fossem enviados às entidades nacionais para o pagamento das passagens.

Tudo isso era previsto para o fim de julho, mas as discussões de como o repasse seria realizado só tiveram início depois que a Justiça Federal liberou o aporte da Prefeitura do Rio para cobrir os custos - os valores estavam bloqueados por falta de transparência nos custos do evento.

"O convênio tem regras estritas de transparência. Só podemos usar os recursos que foram liberados para os Jogos para despesas criadas após a assinatura do convênio. A viagem foi afetada porque precisávamos esperar o convênio ser publicado antes de discutir no papel como transferiríamos o dinheiro", explicou Mario Andrada, diretor de comunicação da Rio 2016.

Philip Craven, presidente do CPI, confirmou a entrada do valor nesta quarta. "Temos a garantia do dinheiro para as passagens em nossas contas e podemos pagar. Começamos a pagar hoje", disse o dirigente, que criticou os organizadores brasileiros pela demora em notificar o problema.

"Se temos uma lição para Tóquio (sede dos Jogos de 2020) é comunicação. Comunique e comunique cedo sobre qualquer problema. Nós somos os responsáveis por ajudar. Se tem um problema, nos avisem. Essa é a minha crítica (ao Rio). Agora, estamos avançando, mas é melhor que nunca aconteça novamente", acrescentou o britânico.

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Apesar dos problemas financeiros, Andrada não acredita em impacto negativo para os atletas paralímpicos. "Os cortes afetam especialmente o número da força de trabalho e o transporte interno, principalmente os ônibus de imprensa, já que serão menos jornalistas em relação à Olimpíada. Os cortes não vão afetar os atletas", assegurou.

Eram necessários cerca de 7,5 milhões de dólares (R$ 24 milhões) para o pagamento das viagens. A organização conseguiu aporte entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões através da prefeitura do Rio e outros R$ 120 milhões com o governo federal .

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Ingressos - No dia da abertura dos Jogos, a organização também anunciou que 1,68 milhão de ingressos foram vendidos, se aproximando da meta de 2 milhões. A expectativa é que os números cresçam com início das competições, a partir desta quinta-feira.

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