Guerra na Síria, cerca elétrica e medalhas roubadas: 5 histórias de porta-bandeiras paralímpicos

Thiago Cara, do Rio de Janeiro (RJ), para o ESPN.com.br
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Conheça cinco histórias de porta-bandeiras dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016
Conheça cinco histórias de porta-bandeiras dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016

Para 178 atletas, a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, nesta quarta-feira, no Maracanã, terá um sabor especial. Caberá a eles a missão de carregar a bandeira de seus respectivos países, em uma honra que lhes foi conferida por diferentes critérios por cada comitê nacional. Uma coisa, porém, é unânime entre todos: seus feitos no esporte impressionam; e a história de cinco deles, você conhece um pouco mais abaixo:

BRASIL: Shirlene Coelho

Medalhista de ouro no lançamento do dardo em Londres 2012, Shirlene Coelho entrará para a história como a primeira atleta mulher a levar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos. Recordista mundial em sua prova, foi escolhida por meio de uma votação interna entre os 287 atletas da delegação verde e amarela. Sua deficiência é fruto de uma paralisia cerebral ainda na gestação, mas que só foi diagnosticada quando ela tinha cinco anos, tarde demais para tratamento.

TIME DE REFUGIADOS: Ibrahim al Hussein

Nascido na Síria, conheceu o esporte através de seu pai, técnico de natação, logo aos cinco anos. Cresceu com 13 irmãos e perdeu parte da perna direita em 2012. Ele tentava ajudar um amigo que estava machucado após um ataque a bomba em seu país natal, quando acabou atingido por outro explosivo. Dois anos mais tarde, deixou a guerra em um barco inflável rumo à Grécia, onde conseguiu asilo. Em Atenas, ele carregou a tocha olímpica em um campo de refugiados antes dos Jogos do Rio. Além de atleta, trabalha em um café.

AUSTRÁLIA: Brad Ness

Atleta do basquete em cadeiras de rodas, tem duas medalhas de prata (2004 e 2012) e uma de ouro (2008) em Paralimpíadas. Com 18 anos, em 1992, teve parte da perna esquerda amputada após um acidente de barco, em uma época em que sonhava em ser jogador de futebol australiano. Em 2013, teve sua casa invadida por ladrões, que roubaram suas medalhas - o Comitê Paralímpico Australiano, contudo, lhe deu novas láureas, em cerimônia oficial. Chega aos Jogos do Rio com 41 anos.

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ÍNDIA: Devendra

Em 2013, se tornou o primeiro para-atleta indiano a conquistar um título mundial, no lançamento de dardo. Na mesma prova, nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004, estabeleceu o recorde mundial e também ficou com o ouro, medalha inédita para seu país desde os Jogos de 1972, em Heidelberg, na Alemanha. Teve a mão esquerda amputada com oito anos, após ter encostado em uma cerca elétrica enquanto subia em uma árvore.

SUÍÇA: Sandra Graf

Aos 46 anos, está em sua quinta Paralimpíada consecutiva, a segunda em que, além da maratona, competirá também no ciclismo de estrada. Seu melhor resultado nos Jogos foi a medalha de bronze conquistada há quatro anos, em Londres, no atletismo. Graf sofreu uma lesão na medula espinhal em 1991. Ela era ginasta e se acidentou ao cair em um treino nas argolas. A queda fez com que ela sofresse uma fratura entre as 11ª e 12ª vértebras torácicas e esmagasse a medula espinhal.

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