Com ginga, iniciativa e choro, Anderson bate Brunson e volta a vencer no UFC após mais de 4 anos

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Anderson Silva se emocionou ao vencer no UFC 208
Anderson Silva se emocionou ao vencer no UFC 208

Depois de quatro anos e quatro meses sem vitória, os fãs do MMA viram a mão de Anderson Silva voltou a ser erguida no octógono. Acabou o jejum de uma das maiores lendas do UFC, que, aos 41 anos, superou Derek Brunson na madrugada deste sábado para domingo (de Brasília) pelo UFC 208 no Barclays Center, no Brooklyn, Nova York.

Logo após sua vitória ser anunciada por decisão unânime (29-28, 29-28 e 30-27), o brasileiro foi às lágrimas. Então, vieram as palavras.

"Antes de mais nada, obrigado a todos por estar aqui. Obrigado pelo apoio. Estou muito feliz. Venho trabalhando duro há muito tempo para lutar aqui. Eu coloco sempre meu coração, às vezes tenho uma dor nas pernas, nas costas, às vezes procuro minha família e digo que vou treinar por três ou quatro meses, e agora, quando venho para uma luta, venho para proporcionar isso a todo mundo e dar o meu melhor. Me desculpem, sei que estou muito velho para lutar, que os novos caras são muito fortes, muito rápidos, mas eu coloco meu coração, porque a luta é a minha vida", afirmou.

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Anderson Silva não vencia desde outubro de 2012, quando derrotou Stephan Bonnar por nocaute técnico e manteve o cinturão dos médios. Desde então, foram dois reveses para Chris Weidman - o primeiro custou o título, e o segundo lhe trouxe a grave fratura na perna que o deixaria longe dos octógonos por mais de um ano.

Em sua volta, em janeiro de 2015, ele até ganhou de Nick Diaz, mas a luta ficou sem resultado, uma vez que os dois foram pegos no exame antidoping. Na sequência, o Spider se preparou por menos de dois meses para encarar Michael Bisping e perdeu por decisão unânime. O mesmo tempo que teria para enfrentar Uriah Hall no UFC Curitiba, não fosse um problema que teve na vesícula biliar, que fez com que a luta fosse cancelada.

Em julho do ano passado,  Anderson decidiu lutar com Cormier na quarta-feira de noite, depois de Jon Jones ser pego no doping. Na quinta, já estava em Las Vegas. No sábado, lutou e perdeu para o campeão dos meio-pesados. E tudo isso depois de passar pela cirurgia na vesícula biliar.

Mesmo assim, conseguiu fazer uma luta equilibrada e levar para a decisão dos jurados, deixando até um ‘gostinho de quero mais'. E o quero mais se concretizou neste sábado.

Na luta deste final de semana, Anderson tomou mais iniciativa diante de um adversário cauteloso e encaixou mais golpes em um primeiro round de muito estudo e equilíbrio. A situação foi parecida no segundo assalto, no qual o brasileiro se soltou e até deu uma gingada à la capoeira, depois de ter conseguido bons golpes.

No último round, o Spider procurou administrar mais a luta, se preocupando em absorver os golpes. Assim, seu adversário chegou a ficar por cima dele no final do assalto e atacou mais, mas não foi o suficiente para impedir a vitória de Anderson.

Até a luta contra o brasileiro, Derek Brunson vinha de sete vitórias e duas derrotas em nove lutas no UFC. Antes de perder para Robert Whittaker por nocaute técnico em um combate no qual adotou uma estratégia equivocada, ele vinha de cinco resultados positivos.

Veja os resultados do UFC 208:

Card preliminar
Ryan LaFlare venceu Roan 'Jucão' Carneiro por decisão unânime (30-26, 30-27 e 29-28) - meio-médios
Rick Glenn venceu Phillipe Nover por decisão dividida (29-28, 27-30, 29-28) - penas
Islam Makhachev venceu Nik Lentz por decisão unânime (30-25, 30-25, 30-27) - leves
Wilson Reis venceu Ulka Sasaki por decisão unânime (29-28, 29-28, 29-28) - moscas
Belal Muhammad venceu Randy Brown por decisão unânime (30-27, 30-27 e 29-28) - meio-médios

Card principal
Dustin Poirier venceu Jim Miller por decisão majoritária (28-28, 30-27 e 29-28) - leves
Glover Teixeira venceu Jared Cannonier por decisão unânime ((30-26, 30-26 e 30-26) - meio-pesados
Ronaldo 'Jacaré' Souza venceu Tim Boetsch por finalização - médios
Anderson Silva venceu Derek Brunson por decisão unânime (29-28, 29-28 e 30-27) - médios
Germaine de Randamie venceu Holly Holm por decisão unânime (48-47, 48-47 e 48-47) - penas

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