Felipão se sentiu 'fritado' por vazamento de custo de R$ 1 milhão da comissão técnica

Marcus Alves, do ESPN.com.br
Luciano Leon/Raw Image
Felipão e Ivo Wortmann, um de seus auxiliares, durante treinamento do Grêmio
Felipão e Ivo Wortmann, um de seus auxiliares, durante treinamento do Grêmio

Ao deixar o Grêmio, Luiz Felipe Scolari citou um clube "com problema de facções", "muita gente dividida em relação a muitas coisas" e "ruídos com a direção". O pentacampeão mundial se deparou nesta temporada com um cenário em que a política ‘invadia' cada vez mais o futebol no vestiário e identificou tentativas de minar o seu trabalho internamente.

Uma delas aconteceu em reunião recente do Conselho Deliberativo.

Na ocasião, ainda como um dos últimos atos da gestão Fábio Koff, foi revelado que Felipão e toda a sua comissão técnica receberam aumento no fim do ano passado e passaram a custar aos cofres do clube R$ 890 mil por mês.

Com uma diretoria que defende a austeridade financeira e o corte de custos desde que assumiu, o vazamento da informação para conselheiros foi visto como uma maneira de deixar sob pressão ainda maior o trabalho do treinador e seu homens de confiança - os auxiliares Murtosa e Ivo Wortmann e o preparador físico Darlan Schneider.

A partir de então, entre conselheiros e membros da diretoria, Scolari passou a ser contestado até mesmo por não ter conduzida de maneira "mais cordial" o caso Kleber Gladiador, em que o time se vê agora na mira de um processo de R$ 30 milhões na Justiça, e teve criticados supostos ‘superpoderes' mantidos no departamento.

As cobranças públicas do comandante nas últimas partidas foram enxergadas como uma forma de ‘bater de volta' nos cartolas.

Ele pediu Alecsandro, do Flamengo, e recebeu Vitinho, artilheiro do Catarinense com o Guarani de Palhoça, por exemplo.

"O Grêmio de hoje não é o mesmo ambiente do Grêmio de dez anos atrás, ou cinco anos atrás. O Grêmio com problemas de facções. Muita gente dividida em relação à muitas coisas. E aí fica um pouco mais difícil de dirigir. Foi isso o que aconteceu", disse o técnico, em trecho de nota divulgada por sua assessoria de imprensa.

"Pelo que eu saiba não (havia problema no vestiário). Mas havia sim sempre notícias de que tínhamos problemas de vestiários, ou que tínhamos problemas disso ou daquilo. Porque muitas das situações não eram vividas por pessoas que passavam informações que não eram corretas. Os jogadores sempre souberam daquilo que iria acontecer", prosseguiu.

Ele assegurou que a sua saída não terá custos para o caixa tricolor.

O Grêmio convidou Cristóvão Borges, ex-Fluminense, Vasco e Bahia, para substituir Felipão e trabalha para anunciá-lo nas próximas horas. O presidente Romildo Bolzan Jr. é o principal entusiasta de seu nome.

Comentários

Felipão se sentiu 'fritado' por vazamento de custo de R$ 1 milhão da comissão técnica

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.