Suspeito de participar da máfia de ingressos da Copa, Fofana é solto no Rio

ESPN.com.br
YASUYOSHI CHIBA/AFP/Getty Images
Máfia de ingressos da Copa foi desarticulada
Máfia de ingressos da Copa foi desarticulada

Preso por ser suspeito de participar de um esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo, o franco-argentino Mohamed Fofana foi solto nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro.

Após a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) receber o alvará de soltura, ele deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

Além de Fofana, também foram beneficiados com o habeas corpus outros nove réus da Operação Jules Rimet, feita pela Polícia Civil do Rio. Marcelo Pavão da Costa Carvalho já tinha sido libertado nesta quinta.

Raymond Whelan, diretor da Match Services AG e acusado de comandar venda ilegal de ingressos para a Copa, também já havia sido solto no início de agosto.

Esquema ilegal

A Polícia chegou ao nome dos suspeitos graças à gravação de 900 registros telefônicos autorizada pela Justiça na 'Operação Jules Rimet'.

As ligações e mensagens eram originárias ou tinham como destino o número de um celular oficial da Fifa. Nas chamadas rastreadas, foi feita a associação de Whelan com o franco-argelino Lamine Fofana, que até então era tido como o principal líder do esquema

A operação Jules Rimet é resultado de pelo menos um mês de investigações da polícia e do Ministério Público e apreendeu mais de cem ingressos, além de dinheiro e máquinas para pagamento com cartão de créditos.

As entradas eram destinadas a patrocinadores da Fifa, membros de comissões técnicas das seleções e clientes de camarotes.

Segundo a Polícia Civil, o lucro da quadrilha chegava até a R$ 1 milhão por jogo, podendo totalizar R$ 200 mi ao final do Mundial. Todos os envolvidos e presos no caso vão responder por crimes de lavagem de dinheiros, associação criminosa e cambismo.

A Match tem ligação com o sobrinho do presidente da Fifa. Phillipe Blatter é CEO da Infront Sports & Media AG, empresa que detém 5% de participação na Match. Os dois filhos de Ray Whelan são sócios da Match, mas não foram presos.

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