Atlético quebra retranca de Mourinho, dá show contra o Chelsea e confirma final madrilenha

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Veja os gols de Chelsea 1 x 3 Atlético de Madri

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Veja os melhores momentos de Chelsea 1 x 3 Atlético de Madri

A criticada retranca do Chelsea que parecia invencível, enfim, cedeu. Nesta quarta-feira, o Atlético de Madri mostrou poder de reação, venceu o adversário de virada por 3 a 1, em pleno Stamford Bridge e se classificou à final da Uefa Champions League. Na ida, houve empate sem gols no Vicente Calderón.

Após Fernando Torres abrir o placar para os mandantes e não comemorar em respeito ao seu clube formador, Adrián López empatou para os visitantes ainda na etapa inicial, que ficou marcada pelo mesmo jogo truncado e de poucas emoções da ida.

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Na volta do intervalo, os espanhóis acabaram com a postura defensiva do adversário e consolidaram não só a vaga como o triunfo com gols de Diego Costa (pênalti) e Arda Turan.

Dessa forma, o Atlético fará contra o arquirrival Real a primeira final entre clubes da mesma cidade na decisão do principal torneio europeu. A final da Champions ocorrerá em 24 de maio (sábado), em Lisboa.

Enquanto os Colchoneros vão à segunda final do torneio na história (a primeira fora em 1974, quando perderam para o Bayern) e tentam o primeiro título, os merengues, que são os maiores vencedores, buscam a décima taça.

Por outro lado, o Chelsea vê a chance de disputar sua terceira final em sete anos acabar. A equipe foi vice em 2008 diante do Manchester United e campeã em 2012, sobre o Bayern, na Allianz Arena.

Além disso, José Mourinho passa a viver um trauma na principal competição de clubes da Europa. Afnal, o técnico português cai na semifinal pela quarta vez consecutiva. Antes, tinha sido eliminado com o Real Madrid nas três temporadas anteriores para Barcelona, Bayern de Munique e Borussia Dortmund.

Reuters
Diego Costa deixou sua marca na vitória sobre o Chelsea
Diego Costa deixou sua marca na vitória sobre o Chelsea

O jogo

A escalação que Mourinho mandou a campo - com três zagueiros, três laterais e um volante - até parecia que o Chelsea repetiria a retranca imposta no Vicente Calderón, e foi isso o que aconteceu. Porém, o duelo não foi tão truncado quanto o primeiro.

A equipe casa se arriscava pouco e mostrava cautela, mas segurou bastante a bola no começo à procura de espaços. Já o Atlético adotava postura similar e chegava ao ataque - sem perigo - em jogadas com Diego Costa.

A primeira oportunidade de gol do jogo veio logo aos quatro minutos, graças a um lance de sorte. Koke cruzou da esquerda, mas mandou muito fechado, surpreendeu Schwarzer e viu a bola acertar duas vezes na trave. Willian respondeu com cobrança de falta da entrada da área, aos 15, sobre o alvo.

O cenário se manteve ao longo da primeira etapa, com as duas equipes marcando forte e saindo pouco. Cenário ideal para o eficiente Chelsea de Mourinho, que, sem correr riscos, só esperava uma oportunidade para marcar, e ela viria aos 36 minutos.

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Fernando Torres marcou aos 36 minutos, mas não comemorou em respeito ao Atlético
Torres marcou, mas não comemorou em respeito ao Atlético

Willian fez bela jogada individual entre dois marcadores na ponta direita e tocou para Azpilicueta, que cruzou rasteiro para Fernando Torres mandar à rede do clube que o revelou para o futebol. Por conta disso, não comemorou o gol.

Tudo levava a crer que o time londrino faria sua tática excessivamente defensiva e seguraria o adversário. No entanto, os espanhóis precisariam de seis minutos para empatar o jogo. Tiago mandou na pequena área para Juanfran tocar para o meio, a zaga do Chelsea foi mal e Adrián completou para o fundo da rede, deixando o Atlético na condição de classificado até o intervalo.

Na volta para a etapa final, o ônibus dos ingleses mostrou estar com o pneu furado. Em sete minutos, Schwarzer precisou intervir para defender conclusões de Arda Turan e Tiago. Percebendo a queda de seu time e precisando de um gol para se classificar, José Mourinho adotou uma estratégia mais ofensiva e mandou o atacante Eto'o a campo na vaga do lateral esquerdo Cole.

Porém, seria justamente o camaronês quem complicaria ainda mais a situação dos Blues. Aos 14 minutos, ele chegou atrasado em disputa de bola, derrubou Diego Costa na área e cometeu o pênalti. O próprio brasileiro naturalizado espanhol bateu e mandou para o fundo da rede.

Na sequência, como não poderia deixar de ser, os mandantes sairiam mais ao ataque. A pressão, porém, não seria tão incisiva, e o Atlético controlou bem o jogo.

Aos 27, veio o golpe de misericórdia. Tiago fez belo lançamento na direita, e Juanfran cruzou na medida para Arda Turan, que cabeceou para boa defesa de Schwarzer. No rebote, o próprio meia turco completou para a rede.

Precisando de três gols para se classificar, o Chelsea estava entregue em campo. O seu estilo defensivo, pelo qual ficou conhecido por ‘colocar um ônibus' na área, estava trucidado. Assim, o Atlético só esperou o apito final para sentir após 40 anos o gosto de estar na final da principal competição de clubes da Europa.

FICHA TÉCNICA:
CHELSEA 1 X 3 ATLÉTICO DE MADRI

Local:
Stamford Bridge, em Londres
Data: 30 de abril de 2014
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Assistentes: Renato Faverani e Elenito Di Liberatore (ambos da Itália)
Cartões Amarelos: Cahill (Chelsea); Diego Costa e Adrián (Atlético)
Gols: CHELSEA: Fernando Torres, aos 36 minutos do primeiro tempo
ATLÉTICO DE MADRI: Adrián, aos 44 minutos do primeiro tempo, Diego Costa (pênalti), aos 15 minutos do segundo tempo e Arda Turan, aos 27 minutos do segundo tempo.

CHELSEA: Schwarzer; Ashley Cole (Eto'o), Cahill, Terry, Ivanovic; David Luiz, Azpilicueta, Ramires, Hazard, Willian (Schurle); Fernando Torres (Demba Ba)
Técnico: José Mourinho

ATLÉTICO DE MADRI: Courtois; Juanfran, Miranda, Godín, Filipe Luís; Tiago, Mario Suárez, Arda (Rodríguez) Turan, Koke; Adrián (Raúl Garcia) e Diego Costa (Sosa)
Técnico: Diego Simeone

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