Títulos, mas com explosão da dívida, do prejuízo e do custo de futebol: os anos Gilvan no Cruzeiro
O final da gestão de Gilvan de Pinho Tavares no Cruzeiro mostra um clube em dificuldades financeiras. O time mineiro admite que teve que se desfazer do lateral esquerdo Diego Barbosa por não ter como cobrir a oferta do Palmeiras. Segundo o site Superesportes, o clube tem dificuldades para pagar salários neste final de temporada e é cobrado na Fifa por falta de pagamentos em valores que já chegam a R$ 50 milhões.
Situação que deve deixar ainda pior as finanças cruzeirenses em relação a 2016, quando o cenário já era assustador. Com Gilvan, a equipe ganhou o Brasileiro duas vezes e acaba de conquistar a Copa do Brasil deste ano. Mas viu sua dívida e seus gastos com o futebol explodirem e o prejuízo acumulado disparar.
Dados compilados pelo especialista Amir Somoggi mostram como o cartola faz as finanças cruzeirenses ficarem corroídas.
Entre os 12 times mais tradicionais do país, nenhum viu sua dívida aumentar tanto em relação a 2011, o último ano antes de Gilvan assumir, até 2016. O valor passou de R$ 120,3 milhões para R$ 363,1 milhões, ou estratosféricos 202%. O segundo no ranking fica bem distante: o São Paulo, com com 143%.
Computando o grupo dos 12 grandes, só o Botafogo, com receitas muito mais modestas e com curva positiva hoje nas finanças, perdeu mais dinheiro do que o Cruzeiro nos anos Gilvan. Entre 2012 e 2016 o clube mineiro sempre ficou no vermelho, com um déficit acumulado de R$ 147,6 milhões.
Tudo isso mesmo com um desmanche do time bicampeão brasileiro em 2013 e 2014 que rendeu cerca de R$ 100 milhões para o clube.
Antes de Gilvan, o Cruzeiro era um dos times em que as despesas de futebol tinham a menor fatia no total de receitas do clube: 69%. Em 2016, a equipe era em que os gastos com seu time mais comiam suas receitas: 81% (no flamengo esse percentual é de apenas 39% e no 74% no rival Atlético-MG). Em números brutos, isso significa que o Cruzeiro gastava R$ 88,1 milhões por ano com seu futebol antes de Gilvan e passou a gastar R$ 193 milhões com ele.
Fonte: Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
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