Eliminação cara no Flamengo: Bandeira sofre derrota ao buscar empréstimo para fechar contas de 2018
A eliminação da Copa do Brasil 28 dias depois da queda na Libertadores abalou as estruturas financeiras do Flamengo. O clube esperava contar com as premiações destinadas aos finalistas e campeões, mas fracassou em ambas. Assim, em final de mandato, a gestão Eduardo Bandeira de Melo enfrenta dificuldades para fechar as contas de 2018 no azul, e busca antecipação de receitas do ano que vem, quando ele não mais será o presidente. Mas o pedido foi rejeitado pelo Conselho de Administração na noite desta quinta-feira por 27 a 13. Dos 102 integrantes do COAD, pouco mais de uma dezena marcou presença para apoiar o pedido, o que evidencia o quão em baixa está o mandatário.
Antes, integrantes do Conselho de Administração do Flamengo receberam documento onde se lê: "Ficam convocados os senhores membros (...) para a reunião extraordinária que se realizará no próximo dia 27 de setembro de 2018, quinta-feira (...)". Entre os itens em pauta a "apreciação e votação da proposta de readequação ao orçamento de 2018(...)".
Mais: "apreciação e votação da proposta da Captação de Recursos através de Cessão de Recebíveis com o Banco BMG S/A tendo como garantia os recebíveis da Adidas de Abril de 2019 (...)". E ainda "apreciação e votação da proposta de Captação de Recursos através de Cessão Definitiva dos Direitos dos Recebíveis com o Banco BGB Westton, referente a (sic) venda do atleta Felipe Vizeu para o Clube Udinese (...).
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"Se não entrar a final da Copa do Brasil, terei um problema", Márcio Garotti, diretor financeiro do Flamengo, em entrevista ao jornal O Globo.
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Em entrevista ao jornal O Globo quatro dias antes da derrota para o Corinthians, o diretor financeiro do Flamengo, Márcio Garotti, revelou o déficit causado pelas contratações de jogadores, que não deram retorno: "A balança é negativa. Tínhamos previsão que fosse positiva em R$ 5 milhões. Mas se gastou mais para contratar os reforços. Temos R$ 16 milhões negativos em relação a saída e entrada de jogadores este ano" — clique aqui e leia na íntegra.
Garotti falou ainda sobre as possíveis premiações por resultados nas competições: "Não tenho a passagem para a final da Copa do Brasil projetada. A Libertadores havíamos projetado as quartas de final. Mas estamos na semifinal da Copa do Brasil. Nessa readequação, coloquei alguns riscos que a gente tem e oportunidades. Se não entrar a final da Copa do Brasil, terei um problema. E vou ter que contar com outras coisas".
Cláudio Pracownik era o vice-presidente de finanças e administração, deixou a diretoria há pouco mais de dois meses e apoia a chapa oposicionista, de Rodolfo Landim, na eleição presidencial de dezembro. Pela situação o candidato é Ricardo Lomba, atual vice de futebol, apoiado pelo presidente Bandeira de Melo. Procurado pelo blog, Pracownik preferiu não se manifestar a respeito.
A matéria de O Globo explica ainda que "o clube contará, no empréstimo previsto, com R$ 14 milhões do contrato de 2019 da Adidas e R$ 7,4 milhões referentes a parcelas antecipadas da venda de Vizeu". Justamente temas em pauta na reunião do Conselho de Administração. Ao final, o diretor financeiro diz ao jornal carioca que "a fábrica do Flamengo é fazer títulos". Se isso fosse verdade, na atual gestão ela teria falido.
Fonte: Mauro Cezar Pereira, jornalista da ESPN
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