Luck jamais mereceu vaias e deixa a NFL com seu nome na história dos Colts
“Para vocês é um jogo no final de semana. Para nós é algo maior. É o nosso corpo que está lá, correndo riscos”.
A afirmação que ouvi de Russell Wilson em março, quando perguntei sobre a importância de dinheiro garantido em contratos, parece óbvia, mas não é muito lembrada pelos torcedores – principalmente aqueles que vaiaram Andrew Luck no Lucas Oil Stadium.
Se uma lesão do quarterback pode estragar nossas expectativas para a temporada, mas podem trazer danos para o resto da vida dele.
Além disso, como confiar que você poderá doar o máximo de si em campo sem voltar a ter problemas, sem voltar a conviver com as dores, sem deixar os companheiros na mão mais uma vez?
Tivesse se aposentado antes da última temporada, ninguém se surpreenderia. Mas Luck foi muito bem em 2018, eleito para o Pro Bowl, levou o Comeback Player of the Year, e tinha potencial para brigar pelo MVP e o Super Bowl neste ano. Mas seu corpo não conseguia garantir que poderia se entregar 100%.
Um dos maiores talentos disponíveis nos últimos drafts, a ponto de fazer uma franquia abrir mão de Peyton Manning, Luck poderia ter conseguido mais não fossem tantos anos sem que os Colts dessem atenção para a linha ofensiva.
Luck se aposenta com 86 jogos e os números mostram que nesta mesma amostra ele superou Manning, com 53 vitórias contra 47 de Payton, 171 passes para TD e 83 interceptações (150-105 para Manning), e mais de mil jardas a mais passadas (23.671 contra 22.211).
Ele encerra a carreira como o terceiro em passes completados na franquia, atrás apenas das lendas Peyton Manning e Johnny Unitas.
Definitivamente não merecia as vaias que ouviu.
Em 2016 ele foi um dos quarterbacks mais pressionados em toda a NFL, mas a coisa mudou sob o comando de Frank Reich, quando teve a menor média de sacks sofridos na carreira, também sofrendo menos blitz e pressão.
Mas já era tarde demais e os problemas físicos cobram um preço grande. A recente lesão na panturrilha virou um misterioso problema no tornozelo e muitas dúvidas sobre seu retorno.
“Ninguém teve de passar pelo que ele passou. Ninguém passou pelas reabilitações, as lesões. Todos olham para os jogos, mas não as offseasons, o que acontece de segunda a sexta, quando ele fazia de tudo para deixar seu corpo pronto para o jogo”, disse J.J. Watt.
Ninguém duvida que Luck sonhava em ganhar um Super Bowl, ser MVP, colocar seu nome entre os maiores de todos os tempos. Mas será que seu corpo permitiria que ele estivesse 100% focado no jogo? Será que ele poderia se entregar completamente?
Não se trata de algo egoísta, mas só ele poderia ter essa certeza e tomar esta decisão. Para nós, só resta lamentar ver o adeus prematuro de um dos maiores talentos da liga nos últimos anos.
Luck jamais mereceu vaias e deixa a NFL com seu nome na história dos Colts
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