Duelo de quarterbacks, corredor insano e possível tri de Oklahoma: quem são os candidatos ao prêmio de melhor jogador universitário
Os apaixonados por futebol americano poderão acompanhar o início do College Football na ESPN 2 e no WatchESPN, quando a Universidade de Florida recebe Miami às 20h deste sábado.
E a temporada deste ano promete ter uma das batalhas mais acirradas para o Heisman Trophy (o prêmio dado ao melhor jogador do ano no college). Apesar disso, ser o melhor não é o suficiente para levar o troféu, sendo necessário ter a maior narrativa da temporada. Importância dentro do elenco, desempenho em jogos difíceis e decisivos, viradas histórias e inesperadas, tudo isso é contabilizado na hora de entregar o troféu.
E, essa ano, a batalha de dois quarterbacks, que também representam os dois melhores times universitários, pode gerar uma das disputas mais interessantes pelo Heisman.
Tua Tagovailoa entra como favorito a levar o prêmio individual, após terminar em segundo colocado na briga pelo Heisman de 2018 - perdendo para Kyler Murray de Oklahoma.
Na última temporada, o QB impressionou. Foram 3,966 jardas áreas, com 43 TD e 6 interceptações. Com um aproveitamento de 69% dos passes, Tagovailoa registrou um passer rating de 199,5 - e esse ano o esperado é que ultrapasse a marca de 200.
Logo atrás dele, vem outro atleta com muita precisão dentro do pocket. Mesmo sendo primeiro anista, Trevor Lawrence impressionou com sua leitura de jogadas e calma, tomando a posição do titular Kelly Bryant - que depois se transferiu para Missouri.
Os números foram impressionantes. Ao todo, o QB registrou um passer rating de 157,6, acertando 65,2% dos passes e 3,280 jardas, para 30 TDs e apenas 4 interceptações. Apesar de números menos expressivos do que o rival, Lawrence deu o último sorriso da temporada, e liderou Clemson ao National Championship, batendo Alabama por 44 a 16.
Além de dividirem favoritismo para o Heisman, os dois QBs também representam a grande rivalidade da próxima temporada e os favoritos para chegarem à final do College Playoffs.
Se tudo acontecer como as previsões, veremos os dois melhores signal callers de volta à final. Mas, antes disso, as narrativas dominarão a temporada: Tua Tagovailoa querendo a revanche, Trevor Lawrence querendo manter o título em Clemson.
OUTROS CANDIDATOS PARA FICAR DE OLHO
Tua e Trevor são favoritos, mas não são os únicos que podem levar o prêmio. Nos últimos anos, o favoritismo não teve vez e jogadores que não eram cotados inicialmente para vencerem o Heisman, acabaram levando o troféu para casa.
Kyler Murray em 2018, Baker Mayfield em 2017, Lamar Jackson em 2016 e Derrick Henry em 2015 surpreenderam e ganharam contra todas as expectativas. Em 2019, outros candidatos podem roubar a cena.
Jonathan Taylor, RB - Wisconsin
Os últimos anos do Heisman foram dominados por QBs, sendo que a última vez que um running back venceu foi em 2015, quando Derrick Henry de Alabama levou o prêmio. Mas, mesmo sem ser o favorito, Taylor pode trazer o troféu de volta para a posição.
Com muita explosão no backfield, Taylor se destaca como o melhor running back na atual temporada. No ano passado, foram 307 corridas, registrando 2,194 jardas e 16 TDs. O jogador deve evoluir ainda mais e, se isso acontecer, se tornará a principal ameaça a Tua e Trevor pelo Heisman.
Apesar disso, só estatísticas não serão suficientes. Além de evoluir, Taylor precisa garantir as vitórias de Wisconsin e melhorar em relação à 2018, quando a universidade conquistou apenas cinco vitórias.
Justin Herbert, QB - Oregon
Com 1,98 metros, mobilidade no pocket e um braço muito forte, Justin Herbert é um dos melhores QBs do College Football.
Após 29 TDs e 3,151 jardas em 2018, o jogador não se declarou para o Draft da NFL (onde provavelmente seria selecionado na primeira rodada) e decidiu retornar a Oregon em busca de uma vaga nos Playoffs.
Os números do QB devem evoluir muito esse ano, mas para fazer um caso no Heisman, Herbert precisa garantir que seu time se mantenha em primeiro lugar na PAC-12 e ganhe partidas contra times de outras conferências, principalmente na estreia contra Auburn.
Jalen Hurts, QB - Oklahoma
Após perder a posição para Tua Tagovailoa em Alabama, Hurts se transferiu para Oklahoma. Agora, com três anos de experiência e sob o plano ofensivo de Lincon Riley, o melhor quarterback universitário correndo com a bola caminha para um ano sensacional.
Além disso, os Sooners produziram os últimos dois Heisman em Baker Mayfield e Kyle Murray, que também viriam a ser a primeira escolha do Draft de 2018 e 2019, respectivamente. Para aqueles que se agarram em superstições, outro fato caminha a favor de Hurts: tanto Baker quanto Kyle se transferiram de outras universidades antes de chegar a Oklahoma.
O grande desafio para Hurts é mostrar uma evolução na precisão de seus passes. Se isso acontecer, as suas pernas farão o resto.
Sam Ehlinger, QB - Texas
Levar os Longhorns ao topo de novo. Foi isso que Ehlinger conseguiu na última temporada, ao bater Georgia por 28 a 21 no Sugar Bowl. Em 2018, as estatísticas do jogador foram impressionantes, conseguindo ferir os adversários tanto no jogo aéreo, quanto no corrido.
Ao todo, foram 3,292 jardas áreas, com 25 touchdowns passados e apenas cinco interceptações. No chão, Ehlinger teve 482 jardas e 16 TDs. Apesar disso, uma melhora nos seus números não será suficiente. Se quiser lutar pelo Heisman, o quaterback precisa levar o time para os Playoffs. A tarefa, porém, não é fácil.
Fonte: Bruno Nossig
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